25| Decisão Ruim

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(Conteúdo sexual explícito)

A praia estava deserta, silenciosa, exceto pelo som das ondas quebrando nas rochas. Era uma noite fria, e a lua cheia pairava alta no céu, lançando sua luz prateada sobre a areia. Embry estava sozinho, sentado em um tronco caído, olhando para o mar. Aquela parte específica da praia era um refúgio, um lugar onde os outros raramente iam, permitindo-lhe um momento de paz longe da bagunça que sua vida tinha se tornado.  

Dois meses. Era quanto tempo havia passado desde que tudo mudara, e parecia que a cada dia que passava, a situação só piorava. Ele se perguntava como tudo tinha chegado àquele ponto, mas não encontrava respostas.  

_ Perdido? - A voz dela veio de repente, suave e ao mesmo tempo provocativa. - Parece que sim...  

Embry endureceu no mesmo instante, sem desviar os olhos do horizonte.  

_ O que você está fazendo aqui? - perguntou, mantendo o tom neutro, mas carregado de desconfiança.  

_ Ah, eu estava entediada. - Chloe respondeu casualmente enquanto se aproximava, os passos leves sobre a areia.  

Ele finalmente olhou para ela, relutante. Os cabelos longos e ondulados brilhavam sob a luz da lua, caindo suavemente sobre os ombros. O sorriso que ela exibia era enigmático, quase provocador, mas havia algo diferente naquela noite. A forma como a luz a envolvia, quase etérea, fazia Embry sentir um nó na garganta.  

_ Chloe... - murmurou, mais para si mesmo do que para ela.  

Ela sorriu, aquele sorriso que sempre o desarmava, mas que agora parecia mais suave. Sem pedir permissão, sentou-se ao lado dele no tronco. Ele tentou não encará-la, mas falhou miseravelmente.  

_ Sabe, Embry... - começou, a voz dela mais baixa, sem o sarcasmo que ele estava acostumado. - Preciso te contar uma coisa.  

Embry arqueou a sobrancelha, desconfiado, mas a expressão no rosto dela era diferente. Não havia arrogância, nem provocação. Apenas sinceridade, algo que ele nunca esperou ver nela.  

_ Então conte. - A voz dele saiu mais áspera do que pretendia.  

Chloe suspirou, esfregando os braços como se o frio a incomodasse. A lua brilhava sobre o rosto dela, destacando cada linha de sua expressão séria.  

_ Eu mudei muito desde que cheguei aqui. Meus objetivos... eles não são mais os mesmos. - Ela hesitou, olhando para o mar antes de encará-lo diretamente. - O motivo pelo qual Max e eu viemos para Forks... foi para te procurar.  

Embry sentiu o coração apertar.  

_ E...?  

_ E... - Chloe desviou o olhar novamente, sua voz tremendo levemente. - Para te matar.  

O silêncio que se seguiu foi sufocante. Embry ficou estático, o olhar preso nela, tentando processar o que acabara de ouvir. 

A raiva subiu em sua garganta como fogo, mas morreu ao ver a expressão no rosto dela. Chloe parecia arrependida. Não, mais do que isso. Ela parecia vulnerável, e aquilo mexeu com ele de um jeito que ele não queria admitir.  

_ Por quê? - Ele finalmente encontrou sua voz, levantando-se de repente. - Por que todo mundo me quer morto, porra?  

Chloe se levantou também, a tensão entre os dois quase palpável.  

_ Porque você é especial, Embry. Você é...  

_ Foda-se! - Ele gritou, interrompendo-a, a raiva finalmente transbordando.

_Nao grita comigo. - Ela disse o encarando - Tô dizendo a verdade agora…

_ Você esperava que eu reagisse como? "Ah, legal, Chloe, obrigada por me avisar que veio pra cá com o plano de me matar"? É isso?  

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