Nunca mais coloco uma gota de álcool na boca.
Juro!
Cheguei em casa e fui correndo direto para o banheiro, vomitar.
Minha cabeça parecia pesar uma tonelada e eu só queria deitar em minha cama e dormir o resto do dia, mas antes precisava passar pela seção de esporro da minha mãe e pelo típico olhar de reprovação do meu pai.
Tinham mais de 30 chamadas não atendidas dela em meu celular e, segundo meu pai, se fosse por ela, eles já teriam chamado a polícia para comunicar meu desaparecimento há tempos, mas ele a impediu.
Afinal, Deus nos livre do escândalo que um filho desaparecido traria para a sua campanha política de merda!
— Achei que alguma coisa de grave tivesse acontecido com você, Jason. — Minha mãe berrou, fazendo minha cabeça latejar ainda mais. — Onde estava e por que não atendeu minhas ligações?
— Sai para beber com alguns colegas depois do expediente, mãe. Ficou muito tarde, eu estava bêbado demais e acabei apagando no sofá de um amigo do trabalho. — Menti. — Esqueci de avisar, foi mal.
Esfregava as têmporas tentando fazer a dor de cabeça diminuir, mas sem sucesso.
— Foi mal? — Meu pai bufou. — Viu, falei que ele estava bem, Margareth. — Ele deu uma de suas risadinhas sarcásticas — É apenas egoísta demais para pensar que você ficaria preocupada com ele. — Falou, fazendo questão de dar ênfase na palavra "você" para deixar bem claro que ele não estava nem um pouco preocupado comigo.
Sinceramente, sinto falta do período em que estive fora daqui. Longe de todo o drama e da superproteção da minha mãe e do constante olhar de julgamento do meu pai.
Confesso que, quando o intercâmbio acabou, eu não tinha pretensão nenhuma de voltar para essa casa. Só voltei, pois minha mãe insistiu que as coisas estavam diferentes e eu acabei cedendo às suas chantagens emocionais.
Fiquei mal de verdade depois que Madison terminou comigo, tentei reatar várias vezes, mas ela estava irredutível. O Senhor Madeiro ainda tentou convencê-la a me dar mais uma chance, porém nem isso adiantou e olha que Madison fazia tudo que os pais mandavam.
Após muita insistência da minha mãe, apesar de saber que ela apenas queria que eu partisse, na esperança de que eu esquecesse Madison uma vez que ela nunca gostou dela. Aliás, nenhuma das minhas namoradas parecia ser boa o bastante para mim, segundo a minha mãe, então resolvi aceitar a proposta do reitor Smith para representar a faculdade no projeto de intercambio em Londres.
Imaginei que esse tempo que ficaríamos longe um do outro a faria repensar sobre nosso término e seria mais fácil reconquistá-la, mas pelo visto eu estava errado. O intercambio só terminou muitos meses após a morte de seus pais e Madison não pareceu nem um pouco feliz em me rever, pelo contrário das vezes em que nos encontramos, ela pareceu querer se livrar logo de mim.
Honestamente, ainda achava que Madison estava sendo um pouco injusta comigo.
Caramba! Sempre fui louco por ela desde a primeira vez que a vi, sentada, quietinha, em uma das aulas que tínhamos juntos na faculdade.
Ela era nova ali e logo me chamou a atenção com seu jeitinho fechado e marrentinho de ser. Tentei a todo custo chamar sua atenção, mas só conseguia fazer com que ela me achasse ainda mais idiota.
Eu tinha todas as garotas do campus de Direito aos meus pés, mas eu a queria e ela não me dava a mínima, então aquilo se tornou um desafio para mim e se tem uma coisa que adoro são desafios.
Então, bastou mostrar para ela que eu não era apenas um idiota, mas também poderia ser interessante, além de ser o cara mais inteligente daquele lugar que logo ela estava na minha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
I'll Stand By You
RomansaMadison é uma jovem universitária que tem seus pais brutalmente assassinados no que parecia ser um atentado. Depois disso ela se vê mergulhada em um pesadelo. A polícia parece não ter novas pistas, mas ela não desiste de descobrir o que aconteceu. A...