Eduarda Hermann sempre foi uma garota reservada, vivendo uma vida discreta entre os estudos faculdade que faz de TI. Porém, ao se mudar para Nova York, ela se vê envolvida em um jogo perigoso e sedutor, onde o que é proibido se torna irresistível.
Q...
"Você nunca sabe o quão forte você é até que ser forte seja sua única escolha."
— Bob Marley
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A manhã chegou lentamente, como se o mundo tivesse conspirado para me deixar tempo suficiente para reorganizar meus pensamentos. Mas, por mais que eu tentasse, uma parte de mim ainda estava presa na noite anterior. Naquele olhar dele. Naquela intensidade.
Sempre gostei de homens mais velhos, talvez porque sempre senti falta de uma figura paterna na minha vida. Não que eu pensasse sobre isso com frequência, mas era algo que, de certa forma, me fazia gravitar em direção a homens que exalavam autoridade e controle. Com ele, porém, era diferente. Não era só admiração ou respeito. Era um magnetismo inexplicável, uma atração que me deixava desconfortável de tão forte.
Eu sabia que era errado. Ele era o pai da minha melhor amiga, anos mais velho, e, claro, estava noivo. Bianca, a mulher elegante que conheci na primeira vez que vim aqui, era um lembrete claro de que pensar nele dessa forma não fazia sentido.
Mas havia algo nele — talvez a presença imponente, talvez o olhar que parecia enxergar além. Era o tipo de magnetismo que fazia meu coração disparar sem explicação. Mesmo assim, não passava disso: um momento de fascínio. Eu era apenas a melhor amiga de sua filha, e ele era... inalcançável.
Decidi que enterraria esses pensamentos antes que eles fossem longe demais. Afinal, eu tinha coisas mais importantes em que focar — como o estágio que poderia mudar minha vida.
Com esse novo propósito em mente, me levantei da cama, do quarto de hospedes, onde tinha passado a noite e fui até a cozinha. Anastasia já estava lá, sentada à mesa com o celular em mãos.
— Bom dia, dorminhoca. — Ela brincou sem desviar os olhos da tela. — Dormiu bem?
— Sim, dormi. — Menti, porque a verdade era que minha mente não havia me deixado descansar nem por um segundo. Não preguei o olho, pois não gosto de dormir fora de casa, e principalmente porque... bem, o homem sexy da noite anterior ainda estava na minha mente.
Ela me lançou um olhar desconfiado, mas não perguntou nada. Por um momento, a tensão pairou no ar, até que ela deu um suspiro e colocou o celular de lado.
— Ei, sabia que vai ter uma festa incrível no fim de semana? — Anastasia mudou de assunto rapidamente, percebendo que algo estava me incomodando. — Vai ser na casa do Lucas. Estão todos falando sobre isso.
— Festa? — Perguntei, tentando me distrair da sensação de nervosismo que me envolvia.
— Sim, você tem que ir! Vai ser animado, com gente nova, música boa... vai ser ótimo. — Ela sorriu, claramente empolgada. — E, quem sabe, você até conhece alguém interessante lá.
Eu ri sem vontade, tentando focar na conversa, mesmo que ainda estivesse com a cabeça em outro lugar.
— Não sei... Estou tentando focar em umas coisas, sabe? O estágio e tal...
