Conexão entre os feiticeiros de Valdrens

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Primavera, maio.18
95 d.C

Uma bruxa vivera numa cabana em meio a floresta de Valdrens — Uma vila pequena — Ninguém da vila já havia visto a bruxa, ela não tinha intenção alguma de se expor para nenhum deles. E, dessa forma, ela conviveu por ali, bastante tempo.
Uma certa manhã, enquanto a bruxa guardava as ervas e frutas que coletou, uma inesperada batida em sua porta a despertou.

A bruxa guarda as ervas e então cautelosa e intrigada, vai em direção a porta.

Bruxa: — Sim. Posso ajudar?

Homem desconhecido 1:  — Estamos perdidos, sabe o caminho de volta? — Ele pergunta, sua voz insegura.

Bruxa: — Eu...eu — Ela hesita mas abre a porta — Venham, podem entrar.

Ela abre a porta e vê dois homens, magros e parecem cansados. Seus olhos gritavam por comida.
A bruxa dirige-se à cozinha e traz uma sopa em duas tigelas para os homens, enquanto os observava discretamente.

Homens desconhecidos: — Obrigado! — Eles agradecem.

Os homens comem e a bruxa faz perguntas.

Bruxa: — Vocês se perderam há quanto tempo? Estavam voltando de onde?

Homem desconhecido 2: — Desde ontem. Entramos para buscar lenha, mas nos desorientamos. Só tivemos sorte de encontrar sua cabana hoje.

Homem desconhecido 1: — Isso porque o mané do Augusto errou o caminho! Se eu tivesse guiado o mapa não estaríamos perdidos! — Exclama ele, enfurecido.

Augusto: — Mané? Você nunca disse que queria guiar o mapa?

Homem desconhecido 1: — Eu disse. Várias vezes ainda.

O clima esquentava entre os dois.

Bruxa: — Ah...eu posso ajudá-los a sair da floresta. Eu sei o caminho pra vila. — Ela encerra o clima que começara.

Eles terminam de comer a sopa e a bruxa lhes entrega um mapa, para não se perderem de novo.

Bruxa: — Há uma linha vermelha traçando o caminho que devem seguir. Boa sorte!

Homem desconhecido 1: — Não vem conosco?

Bruxa: — Prefiro ficar. Não se preocupem comigo.

Homem desconhecido 1: — Mas você sabe que existe uma bruxa nessa floresta? Ela pode te matar, eu jamais iria me perdoar por isso...

Bruxa: — Não se preocupe, vivo aqui a minha vida inteira. Nunca me deparei com essa bruxa. Vou ficar bem! — Ela conteve um sorriso.

Homem desconhecido 1: — Ao menos me diga seu nome.

Bruxa: — Meu nome é Ravel

Prench: — Prench, esse é meu nome. Prazer em conhecê-la Ravel.

Ravel: — Prazer, Prench! — Ravel acena para os dois. — Adeus!!

Os dois homens, Augusto e Prench, voltam para a Vila de Valdrens em algumas horas, em segurança e salvos. São recebidos pelos seus pais que estavam desesperados. Foi uma boa ação feita pela bruxa que o povo tinha tanto medo.
Mais tarde, Prench pensava em Ravel incessantemente.

Ele e sua família se sentavam para jantar. A tensão entre Augusto e Prench era compreensível.

Marie: — Que bom que você voltou filho. — Passa a mão em seu queixo.

Louis: — Nao sei como não morreram pela bruxa. — Louis, pesa o clima.

Augusto: — Eu vou me deitar.

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