Cap. 011 - A Floresta dos Sussurros

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A estação era outono, as folhas das árvores caíam sem parar, o vento soprava bem forte nos rostos do grupo que acabara de sair do túnel. Kyera admirava ao seu redor, nunca achou que pisaria no lado de fora das grades um dia, Bryan, Arthur e Elliot também estavam admirando a bela natureza que os rodeavam.

Isso realmente tá acontecendo, eu estou do lado de fora e mais, eu sei sobre tudo que aconteceu ou que está acontecendo ou quase isso...o que será da gente agora?

- Eu tenho uma coisa para todos vocês, para sua própria proteção, é um amuleto que os protegerá dos espíritos vingativos que vagam por ai, não vão querer ouvir o que eles tenham a dizer...

O professor tira em sua mochila cordões com um pingente de madeira com um símbolo que ninguém os vira antes, o grupo olham entre si e decidem colocar em seus pescoços.

- Meu aconchego fica a 2 km a oeste, vamos em frente por favor

- Pra que serve esses amuletos "P.S."?

- Kyera eu já não gosto quando a pessoa do outro lado do rádio me chama assim então não decide ir na onda disso.

- Na onda? O que significa?

- Esquece, é só uma gíria. Algum de vocês já ouviram falar sobre o sussurros da floresta?

Nessa hora o grupo se olham um para o outro e depois a atenção dos olhos foram diretamente para o Arthur.

- Vi que vocês estão olhando para o Arthur, e então senhor inteligentinho tem algo a me dizer sobre?

- E-e-eu moro perto de uma torre de vigilância, as vezes ouço algumas histórias vindo dos guardas, mas acho que são só rumores... né?

- Eu inveja sua inocência Arthur quem me dera fosse apenas histórias...Deixa eu te contar o porquê dessa floresta tem os "Sussurros da morte". Alguns guardas iam pra fora tomar cerveja e zuar com os outros no turno da madrugada, eu tinha acabado de fazer 2 meses de infiltrado aqui, o plano deles para não ser pego era brilhante e bem poucas pessoas suspeitavam...Depois da primeira semana um dos guardas teve uma aparência de velhice e exaustão num estalar de dedos, na semana seguinte o segundo guarda só falava sozinho as vezes olhando pra parede ou então enquanto olhava para o vazio da floresta a noite, o terceiro guarda chorava em silêncio na maioria das vezes e o quarto e o último guarda não piscava por nada em nenhum momento, seu olhos avermelhados já sem vida o dominavam por completo... Até que uma madrugada específica eles saíram novamente e não voltaram do lado de fora, os superiores com medo de que eles tivessem fugido enviou um grupo em busca de pistas que os levassem até o paradeiro deles, isso logo de manhã e eu fui escalado para a procura.

- Eles conseguiram escapar?

- Sim e não...

- Como assim "Sim e não"? Da pra ser mais específico?

- Deixo te explicar Kyera, Não, eles não conseguiram escapar da Ilha e Sim, conseguiram escapar do que estavam atordoando eles durante das últimas semanas...

- Como?

- Encontramos todos os quatro guardas enforcados alguns quilômetros da base e na mesma árvore, seus olhos e ouvidos não paravam de sangrar...foi assustador...

Nesse momento Arthur deu uma tonteira e parou de correr junto ao grupo, abaixou a cabeça dizendo que estava passando mal.

- Seu idiota nem pense em vomitar aqui se não vai deixar rastros, se for fazer algo que seja nessa sacola.

O professor entregou a ele uma sacola, o Arthur nem esperou agradecer e largou todo seu vômito dentro dela.

- Entendo que pra alguns de vocês isso tenha sido um pouco pesado mas é a realidade que Graytown evita mostrar para vocês, todos seus pais são militares treinados para evitar que vocês desconfiem de algo.

Elliot olha pra baixo com sinal de tristeza pois era única coisa que ela não queria ouvir, a verdade dos seus pais.

- Estamos quase lá, vamos antes que escureça, não quero ver o que acontece nessa floresta a noite.

- Espera professor, se minha mãe não é minha mãe de verdade, então quem é?

- Eu não sei Elliot, ela pode tá sendo mantida por algum governo ditador ou por alguma outra base experimental da SCP, já disse que o sangue de vocês são valiosos né? Vamos deixa o resto da nossa conversinha pra mais tarde, agora vamos!

Depois de 20 minutos correndo e andando pela floresta sem parar todos avistam uma caverna perto da beira de uma praia, nenhum dos quinteto tinha visto o mar antes, era como olhar para uma ambiente de fantasia. Ao pisar na areia pela sua primeira vez, Kyera sente um conforto em seus pés como se estivesse caminhando em travesseiros, já era tarde quase anoitecendo e os olhares dos 4 que estavam de pé naquele momento em direção ao lindo pôr do sol avermelhado que se despejava no horizonte...

Kyera: Agora que eu sei da história toda, finalmente tenho um objetivo, destruir a SCP!

Elliot: Eu quero encontrar meus pais de verdade!

Arthur: Quero achar uma cura para esse tal vírus...

Bryan: Eu só espero que a gente saia todos nós 5 vivos dessa situação, não importa o que o Marcoh tenha feito, deve ter uma boa explicação! Somos um quinteto, sempre fomos, certo?

Todos afirmam com a cabeça e dão um leve sorriso respondendo ao mesmo tempo.

- CERTO!!!



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⏰ Última atualização: Nov 22 ⏰

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