Capítulo 13: O baile de inverno- part 1

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Boa leitura!

O quarto estava iluminado pelas velas dispostas sobre os candelabros de prata

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O quarto estava iluminado pelas velas dispostas sobre os candelabros de prata. O cheiro suave de rosas e camomila flutuava no ar, vindo de um incensário próximo à penteadeira.

Estava sentada ali, estática, diante do grande espelho oval. Respirei fundo enquanto olhava meu reflexo, meus olhos vazios e meu rosto mais pálido sob a luz reluzente, tentando absorver cada detalhe e coisas que aconteceriam nesta noite.

Rose trabalhava com dedicação nos últimos detalhes de meu cabelo, enquanto Clair estava sentada no divã, segurava um copo de vinho e tagarelava distraída sobre os preparativos do baile.

Eu ouvia apenas fragmentos da conversa das duas. - "As flores nos arranjos são magníficas", "o duque trouxe a esposa com aquele colar horrível, de novo"... - mas eu nem ao menos conseguia me concentrar nas palavras que saiam de sua boca.

Meus dedos estavam brancos de tanto que eu apertava o colo do vestido com força, o tecido azul-claro como o céu limpo se moldando perfeitamente ao meu corpo. O decote acentuado e as mangas cumpridas bordadas com fios prateados, brilhando suavemente, me davam a imagem de uma princesa prestes a ser coroada.

Ainda assim, eu me sentia pequena.

Fixei o olhar em meu reflexo. Não era mais uma garota me encarando, era uma mulher que parecia confiante, forte até. Mas eu sabia que aquela imagem não passava de um véu.

Será que eu estava fazendo a coisa certa?

O pensamento veio como uma punhalada, interrompendo o silêncio que preenchia minha mente. As lembranças das últimas semanas, dos segredos sussurrados e descobertas. Tudo me fazia questionar as decisões de hoje.

Louis, o homem com quem iria casar no dia seguinte, escondia algo. Algo grande o suficiente para que até mesmo os aliados mais fieis de seu pai estivessem em alerta.

A insegurança e incerteza se era o certo o que iria fazer, assim que eu me lembrava do vampiro de olhos intensos e hipnotizantes que vinham constantemente em minha mente. Drystan era real e existia, estava em algum lugar.

Abaixei os olhos, lutando contra o nó que se formava em minha garganta. Se eu soubesse o que fazer... se houvesse outra saída...

Mas havia meu pai. Sua expressão severa veio à tona, como uma âncora que a puxava de volta à minha realidade nada agradável. Ele esperava isso de mim. Esse casamento não era apenas um acordo entre famílias poderosas; era uma aliança de proteção, de poder.

Uma escolha que ele acreditava cegamente ser a melhor para o reino. E eu... bem, eu não podia decepcioná-lo. Era tarde demais para voltar atrás, eu decidi isso e seria feito, mesmo que custasse minha felicidade.

Segredos de Sangue e AlmasOnde histórias criam vida. Descubra agora