MY GIRL [Lesbico-Bissexual]

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Passado...

"Alice,faz comida,arruma à casa,lava banheiro,louça,varrer a casa,lava roupas! É vc?! Faz porra,nenhuma!"--
Gritou sua mãe,em plenos pulmões, irritada.

       Novamente, ali estava ela,sendo comparada com a filha da colega de sua mãe. Ela odiava isso. Odiava ser comparada.

"Cada um têm seu tempo..."--Disse a garota cabisbaixa.

   Mas sua mãe, apenas a olhou com raiva e desprezo:

"Isso é só uma desculpa para você não fazer as coisas!"--Diz Sua mãe, olhando no fundo de seus olhos.

   Mas se ela visse o quanto a garota se esforçava para comprir os deveres corretamente,ainda diria a mesma coisa? Ela só tinha onze anos.

    Sua mãe só enxergava aquilo que ela queria ver. É no momento,ela via sua filha mais velha como um fracasso,um estorvo ou uma inútil que não conseguia fazer nada direito.

  Dois anos mais tarde...

  A garota amava a arte de escrever, mas após,ver sua mãe destruir seu caderno a qual ela usava para escrever, ela enterrou esse desejo.

Enterrou seu sonho de ser escritora.

É como sua mãe diz:

"Ser escritora,não dá dinheiro."

   Talvez ela tivesse razão,no final das contas.

Agora,ela estava no sétimo ano, eles moravam em outro estado. Um mais desenvolvido. As suas notas eram boas,mais como sempre,ela era a típica aluna "esquisita" que ninguém queria fazer amizades.

   Mas ela não ligou para isso,ou ao menos tentou. Uma máscara escondia metade de seu rosto,o moletom escondia seu corpo. Ela não tinha amigos,apenas colegas.

   É no fim das contas,ela sempre estava ali,sozinha.

      Sozinha chorava.

     Sozinha enxugava suas próprias lágrimas.

      Ela se tornou entorpecida o suficiente para não se importar com as pessoas ao seu redor,com sentimentos delas. 

Dia após dia,ela assistia documentários de casos criminais, torturas,sangue,mortes,criatividades, logística é até mesmo ela analisava os erros as quais fizeram os criminosos serem pegos. Dos menores aos mais perversos.

  Foi nesse dia que ela descobriu que preferia o vilão ao herói.

   Ela sempre tinha que fazer alguma coisa ou sua mãe,lhe chamaria de preguiçosa,inútil,imprestável. Mas se seu irmão do meio não fizesse nada,ela não dizia um "a" dele. Mais quando era ela,sua mãe dizia tudo de ruim.

   "Você não deveria ter nascido!"--Gritou sua mãe,para a garotinha de quatro anos,enquanto apertava sua garganta.

     Mesmo que sua mãe tenha se arrependido e pedido desculpas,suas palavras nunca saíram de sua cabeça. Eram cruéis de mais para uma garotinha de quatro anos.

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424 palavras

23/Nov/24

15:47 pm