xxxxxxxxxiv. NEVER TEAR US APART

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RHOE

I was standing, you where there
Two worlds collided
And they could never, ever tear us apart
Tear us apart
And they could never, ever tear us apart

O frenesi que se seguiu após Lyria aceitar a nossa parceria era algo que palavras mal podiam capturar.

Ela tinha me explicado que isso acontecia, que essa vontade avassaladora de tomá-la para mim a cada segundo era normal para feéricos de Prythian.

Ela era minha. Só minha.

Eu não saberia dizer quantas vezes tinha chegado no ápice apenas naquela noite, e eu não podia me importar menos com a guerra lá fora enquanto estávamos naquele quarto de hóspedes que eu a tinha atravessado.

O único momento em que sai daquele quarto foi quando atravessei para o meu, sentindo uma dor de espalhar pelo meu ombro, para pegar o colar com o anel de Aelin. Eu o tinha deixado na caixa intocável do Livro Negro antes de irmos dormir para descobrir o que diabos tinham feito com os nossos nascimentos.

Lyria se movia com hesitação, mas sua vulnerabilidade apenas a fazia mais forte aos meus olhos. Seus cabelos dourados estavam em desalinho, caindo sobre os ombros, mas havia algo de indomável nela. Algo que fazia meu coração acelerar cada vez que eu a olhava, que me deixava excitado.

Depois de alguns momentos em silêncio, tirei do bolso o pequeno anel que Aelin tinha me dado no Dia da Memória.

— Quero te dar isso — murmurei, sentindo um nó formar na garganta — Meu pai, seu pai, Rowan, tanto faz — Lyria soltou uma risada abafada com aquela confusão — Deu esse anel para Aelin durante a guerra, quando ela fugiu de Doranelle. Eles sempre falaram que queriam que um filho deles desse para a parceira, então você quem deveria me dar na verdade — brinquei, mas Lyria arregalou os olhos, os dedos tremendo levemente ao aceitar o anel.

— Rhoe... eu não sei se posso...

— Não é uma obrigação. É... apenas para simbolizar algo mais humano. Algo que eu queria que fosse nosso, além do laço de parceria feérico.

Ela sorriu, aquele sorriso lindo e incerto que me fazia querer proteger cada pedaço dela do mundo.

— Então é humano? — brincou, tentando aliviar a tensão.

— Tanto quanto você é uma cozinheira decente — rebati, arrancando uma risada dela.

Era isso. Aquela risada. Algo entre a luz de um amanhecer e o calor de um lar perdido. Quando nos deitamos juntos, sentindo o peso do dia escorrer para longe, eu soube que nada no mundo poderia se comparar à paz que eu encontrava nela. Meu corpo relaxou, o som de sua respiração tranquila me guiando para um sono que parecia finalmente livre de pesadelos.

*

Um batido na porta me despertou. Levantei-me com cuidado para não acordar a minha parceira, cujo rosto franzido mostrava que ela estava sonhando.

Eu queria estar no sonho com ela, queria entrar na sua mente nesse exato momento para fazê-la sonhar comigo e com a minha língua percorrendo todo o meu corpo, mas mais uma batida soou na porta.

A silhueta de Aelin estava na entrada, Rowan logo atrás. Ambos pareciam tensos, suas expressões uma mistura de cansaço e algo que eu não conseguia identificar.

Eu mal falei com eles desde que descobri que eles não eram os meus pais, desde que a minha vida mudou de cabeça para baixo. Sinceramente, eu não queria conversar agora também, não queria sair do lado de Lyria e ter que enfrentar uma discussão que partiria o meu coração.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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DARK PARADISE; tog + acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora