LYRIA
Oh, you think I'm gone 'cause I left
But I'm in the trees, I'm in the breeze
My footsteps on the ground
You see my face in every place
But you can't catch me now
Through wading grass, the months will pass
You'll fell it all around
I'm here, I'm there, I'm everywhereEu estava sonhando.
Sempre me contaram sobre como era o frenesi após a confirmação de um laço de parceria, mas eu nunca imaginei que seria capaz de atingir o meu ápice tantas vezes seguidas. Tantas. Vezes.
Eu não sabia que era possível sentir alguém dentro de você, ou sentir a falta daquele membro poderoso te preenchendo, em um sonho.
O frenesi te dá uma certa energia, mas ninguém é de ferro. Quando inclinei a minha cabeça no travesseiro por alguns segundos para respirar, para tentar colocar o meu corpo e a minha mente em um lugar que não fosse Rhoe, eu adormeci.
E então eu sonhei.
Aquilo só podia ser mais um daqueles meus sonhos que Sam tinha falado serem invasivos, que o Livro disse que acontecia por algo maior queria que eu visse aqueles momentos.
Eu era apenas um fantasma de quem eu era naquele sonho. Mas mesmo sendo um fantasma eu reconheceria aquele lugar de olhos fechados.
A maneira que o som dos tambores eróticos soava errada, não desarmônica mas realmente errada, sempre estaria entalhada no fundo da minha alma. Cada cicatriz pelo meu corpo pulsava na vibração daqueles tambores.
Porém, como eu conseguia ver, as tapeçarias elegantes cobrindo as paredes de pedra e o teto que imitava o profundo universo me confirmava onde eu estava.
Eu estava em Prythian. Estava na Corte Noturna. Na Cidade Escavada.
A Corte dos Pesadelos.
Nenhuma felicidade que eu senti durante essa última noite poderia impedir a sensação ruim que se espalhou pelo meu corpo fantasmagórico. O medo natural que surgiu em minha mente.
Eu não teria medo. Repeti para mim mesma. Não me permitiria ser quebrada.
Aquilo era só um sonho, não tinha como eu me ferir em um sonho. Não tinha como me verem.
Respirei profundamente, mas nenhum ar entrou pelas minhas narinas, afinal eu não estava verdadeiramente ali. Aquilo foi o suficiente para que eu conseguisse dar um passo para a frente naquele salão do trono, onde agora apenas um trono de ébano estava exposto no altar.
Uma traidora estava sentada nele.
Tinha um certo alívio em saber que Clare não era a minha irmã, em saber que ela não fez mal ao próprio irmão enquanto ele estava aqui. Ela podia ter matado os próprios pais, mas não tocou no irmão. Não tocou em Rhoe.
Ela sabia desde o momento em que me viu, isso estava bem claro agora.
Porém o alívio maior era saber que não dividíamos sangue algum. Que eu não tinha relação nenhuma com um monstro como ela.
Aquilo me fez sorrir.
Clare estava sentada no trono que antes pertenceu a Rhys, aqueles olhos violetas iguais aos de Rhoe mostrando o mais puro tédio. Ela estava usando um dos vestidos de Feyre e aquilo fez o meu sangue ferver.
Eu podia estar em um sonho, mas a minha magia me acompanhava em qualquer lugar.
O vestido preto estendia por todo o corpo de Clare, expondo as suas curvas e cobrindo apenas algumas partes do seu braço, o que deixava exposta uma tatuagem que cobria o seu braço esquerdo. Eu nunca tinha visto aquela tatuagem. Era uma linha que se enrolava por todo o seu braço, terminando no dedo indicador, como se estivesse se ligando a linha de uma outra pessoa.
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DARK PARADISE; tog + acotar
Hayran KurguDARK PARADISE ───── seu preço é inominável. Um plano, uma vingança. Uma guerra dada como vencida, mas que mal havia começado. Dois bebês recém-nascidos são trocados como o símbolo de que ele era quem estava no controle, de que tudo que eles viram...