The power of my words or yours?

You're everywhere but by my side. It hurts.

★ recomendo ler no modo escuro.

【ーPor que tu pegou sem minha autorização?!- Hugo vociferou irritado  contra o mineiro mais alto, que apenas olhava para o chão.

Eimi o olhou com cara de cachorrinho abandonado, ele usava essa típica expressão quando eram mais jovens, ela funcionava melhor quando ele era menor e mais inocente que hugo. Isso normalmente amolecia um pouco o coração do—agora menor—garoto.

Mas isso não iria funcionar agora, não com o Hugo que ele via a sua frente, o Hugo cego de raiva, que o loiro mais alto sinceramente, não sabia a motivação tanta irá. Ele entendia os motivos de Hugo ser muito ciumento com sua varinha, mas realmente precisava daquilo?

ーTambém ocê' não precisa gritar assim  comigo...-Eimi falou magoado voltando seu olhar para o chão.

Já tinha apelado para todas as suas armas emocionais, mas nada funcionava.

O olhar do garoto queimava sobre ele como o sol, quase tão quente quanto a cabeça do menino, e quase tão áspero quanto as palavras do mais baixo a sua frente. Hugo realmente precisava usar aquele tom de voz com o mineiro?

–Desculpa tá bom?! Eu realmente não queria te deixar com raiva, se eu soubesse que você ficaria assim, nem teria mexido nisso!– eimi profere, ainda manso, mas não por muito tempo, o loiro estava prestes a explodir junto, os dois estavam cansados, a escola estava cada vez mais puxada, Hugo estava completamente louco com isso, mesmo sendo um dos, e provavelmente, o mais inteligente daquela escola, ele não descansava, aprendendo matérias dos anos a frente do seu, estudando do mundo bruxo ao azemola, estava com mais cede de conhecimento do que nunca! Porém, isso estava custando algumas coisas, essas incluem seu tempo, sono e saúde, e consequentemente, a saúde mental que ele nunca teve o prazer de ter. Esse fato estava preocupando todos a sua volta, até os que não eram muito próximos dele. Esse cansaço estava sugando a suas energias, e a muito tempo os dois estavam se segurando para não descontar nós seus próximos.

Mas eles aguentaram tempo de mais, e agora era visível as consequências de todas as noites mal dormidas. Eles iriam explodir.

No caso do carioca, já estava explodindo.

ーDesculpa uma ova! Você deveria ter pelo menos me falado, caramba! Você precisava pegar sem a minha autorização?!- O carioca menor disseria as suas palavras contra o loiro, que já estava de saco cheio disso tudo.

O mineiro levantou a cabeça, olhando para o garoto de cima, por conta da altura. Mesmo ele sendo consideravelmente mais alto que Hugo, com Hugo não se brincava, e muito menos se discutia... Mas ele iria mudar isso. Ele não ouviria aquilo calado. Não mesmo.

Eimi explode, sua cabeça cansada não raciocinava muito bem, ele tentou lembrar algo aleatório que mexesse com o menor que ele sinceramente, amava muito, porém Eimi não estava pensando em como aquilo poderia machucar o carioca a sua frente, em sua cabeça rodava tudo que machuca ou já machucou Hugo, apenas para não deixar barato.

Que assunto machucava Hugo?

Seu pai. Foi a primeira coisa que eimi lembrou.

ーHugo! Eu já pedi desculpas! O que mais ocê' quer?! Que eu peça desculpas de joelhos?! Que eu vá atrás do seu pai?! Esse não é o poder da SUA vontade?! Quem sabe seu pai volte! E compense todo o tempo perdido, já que você não tem amor paterno, né?! Só conhece o amor próprio. Talvez nem isso você tenha. Só ego e esse seu orgulho de merda! Que te impede de ver o quanto todos te amam! De perceber o quanto *_Eu Te amo_*- Eimi falou, sem nenhum rancor ou magoa.

Hugo estava em choque... _"Ele realmente falou aquilo?!"_ O menino pensou abismado. Ele realmente se declarou com aquelas palavras? Palavras mais cortantes que uma lâmina sendo usada em má fé...

Hugo suspirou de forma pesada, o ar do seu nariz saiu quente, quase tão quente quanto o lacrimejar que deveria sair do seu olho em pouco tempo caso o mesmo não saísse de lá. Hugo levanta a cabeça olhando para cima. Seu olhar se volta para o garoto alto, pronto para devolver a lâmina ácida que o cortou, talvez essa lâmina cortou tanto por ter vindo de quem veio.

As palavras que falavam sem pensar, vagariam no subconsciente dos que as espirraram para fora da suas gargantas sem arrependimento imediato, por muito tempo, como fantasmas de culpa vagando sobre esse mar de memórias assombrosas, arrastando suas correntes e sussurrando o quão ruim foram aos que não mereciam.

－Melhor não ter um pai do que ter um que não se importe comigo de verdade! E me jogue para os outros!  Apenas pensando em trabalho, trabalho e trabalho! Ah vai pra puta que pariu!- Hugo continuaria se não tivesse levado um tapa do mineiro. O som da batida ecoou pelo dormitório. O Lugar que antes tinha o barulho de brigas e discussões violentas, agora era o palco onde o silêncio gritava e dançava, fazendo festa em meio riacho do arrependimento alheio. Hugo poderia lançar um feitiço de morte como o Avá-Îuká contra o mineiro? Poderia, mas seu amor por ele era muito mais forte. Eimi percebeu o que fez, mas antes que pudesse se explicar, Hugo pegou a sua varinha da mão do mineiro, e seus materiais, com um semblante sério, e falsamente inescrutável.

Sem olhar para o garoto mais alto a sua frente.

Antes que Hugo pudesse sair, Eimi agarrou seu pulso.

ーHugo... Desculpa…- Eimi falou, já com a voz embargada e com o peso da culpa atracando sua garganta.

antes que pudesse completar, Hugo se desvencilhou do mineiro.

Emiliano  ficou parado, sem reação, sua cabeça girava de tanto vazio que a preenchia.

Até que  ouviu a batida da porta... "Eu deveria ir atrás?" Aquela frase ecoava na mente do mineiro, que resolveu deixar-ló ir. Sabia como Hugo agia quando colocavam lenha na fogueira que já queimava em chamas escaldantes como a de seu coração irado.

Melhor não tomar atitudes tão impulsivas. Ele conversaria e pediria perdão depois.

Se esse depois existisse.

Hugo ouviu alguém o chamar, e suas memórias foram interrompidas abruptamente.

ーégua man, bora ali!?- Barbara o chamou, interrompendo suas memórias com o mineiro.

Esse passado não tão distante não o deixava em paz.

ーTu tá muito pensativo hoje, Idá. Tem certeza que ta bem? -A manuara perguntou, preocupada com o amigo.

ーEu to sim. -Ele falou, aquelas três simples palavras que, formavam uma frase completamente falsa. O garoto sabia esconder o que estava passando, mas não para a garota a sua frente. E mesmo se não fosse ela, o semblante cansado e pensativo do garoto o denunciava.

ーTá pensando naquele teu mineiro, é?- Ela perguntou novamente, contendo a risada curiosa.

ーSendo sincero, não.- Hugo mentiu de novo.

Aquilo ainda o machucava.

ーMais é mentiroso, hein!- Barbara falou rindo.- Vou julgar tu não, seu leso. Mas vocês namoravam mesmo?

Hugo sentiu seu rosto esquentar... Eles não eram nada depois da briga......certo?

ーNão...- Hugo falou, eles apenas trocavam carícias... Ou até mesmo beijos calorosos, acompanhadas de palavras e risadas bobas, que Hugo amava poder ter com ele.mas nenhum dos dois assumiram um  namoro.....ou era isso que Hugo queria acreditar.ーMas ele nunca quis nada a mais!- Hugo completou, mentindo. O mineiro faltava come-lo com os olhos. O loiro nunca foi a pessoa de contar tudo para os outros. Mas era bem óbvio seus olhares com segundas intenções.