Secret | L.S. - Concluída

Capítulo 8

- "Bom dia linda." - vejo Amanda sentada no sofá mexendo no celular.

- "Hoje não ok?" - nem olhei em sua face e fui para a cozinha.

- "Vish, preciso pedir para o Luan te pegar de jeito para ver se esse seu mau humor acaba." - ela ria e a campainha toca.

- "Linda, já se faz dois meses que ele se foi e a saudade ficou ok? E eu não quero falar nisso." - a escuto rindo enquanto vai em direção a porta - "Quem é?"

"Kate vim te buscar para ter um choque de realidade." - Emily entra na cozinha acompanhada de Bruna, Gemma, Louis, Harry, Liam, Zayn e Niall.

- "Invasão logo de manhã?" - mordo a minha torrada.

- "Hey, me dê uma, por favor."

- "Niall você é um famigerado da seca, sem dúvidas." - lhe entreguei uma torrada e ele pegou o pacote todo e foi para o sofá - "Menino te amarraram e te deixaram sem comida foi?"

- "Não." - ele berra da sala.

- "Kate, o foco aqui agora é outro ok?" - Emily me encara.

- "Sabe o que eu não entendo?" - escuto a doce voz da Bruna - "Por que ficar se corroendo pelo o meu irmão. Não entendo isso."

- "Bru, eu não estou me corroendo pelo seu irmão." - revirei os olhos em reprovação ao que ela disse.

- "Não, imagina. Eu quem estou." - escuto uma voz rouca com um tom de ironia pairar naquela cozinha - "Se você ama ele, faz igual a Emily fez comigo."

- "E o que ela fez com você?" - cruzei os braços.

- "Esnobei e depois disse que o amava." - ela beijou a bochecha dele e Harry deu um sorriso que mostrava suas covinhas.

- "Emy, o tempo é precioso e acho que você como uma conselheira está perdendo tempo demais aqui beijando o rostinho feio do Harry." - Niall gritou da sala e quanto devorava as minhas torradas.

- "Você vai me comprar torradas novas Niall." - berrei.

- "Compro, mas eu irei comê-las depois fofa." - guinchou.

- "Amanda Laurent, o que você está aprontando?" - olhei-a intrigada.

- "Hey, só a Emily ia vir aqui para falar com você. O resto veio de intruso." - levantou as mãos para o alto em rendição.

Louis deu um berro e a olhou boquiaberto - "Vou embora também." - fez drama.

- "Não amor." - exasperou - "Não estava falando de você." - o beijou.

- "Ai, vão para o quarto." - tapei os olhos e ouço um coral de risos.

- "Ju, vem comigo anjinha."

- "Eita, quando começam a me chamar assim lá vem bomba." - revirei os olhos e ela saiu me puxando enquanto ria.

- "Sabe, antes de namorar com o Harry, nós éramos como cão e gato. A Gemma sempre dizia que todo esse ódio era uma forma de mascarar um amor lindo e forte que estava a prevalecer." - nunca havia escutado a história deles - "Ela e a Bruna viviam voltando sempre na mesma história e aquilo me irritava. Mas quando eu o beijei pela primeira vez eu percebi que a minha vida mudou e que eu não conseguiria viver mais nenhum segundo sem olhar para aquelas esmeraldas ou aquele sorriso que me prende por inteira."

Ela parou de falar por um instante, parecia procurar as palavras certas para dizer naquele momento. Ela olhava para o teto do elevador e quando escutamos um apitar ela saiu me puxando para fora do prédio onde eu morava - "Ju, você é como eu sabe? Extrovertida e bem irônica, uma coisa que não posso ser assim como você é esperançosa."

- "Por que diz isso?" - estava perdendo o fio da meada.

- "Por que depois que o Luan voltou para New York você mudou Ju. Parece que as brincadeiras não fazem mais sentido para você." - juntou nossos braços e saímos andando por Londres - "Querida, o que você sente quando pensa nele?" Poxa Emy, assim você quebrou as minhas pernas. Uma voz paira em minha mente me fazendo fugir da realidade - "Kate? Planeta terra chamando."

- "Desculpa." - olhei em seus olhos - "Sabe, eu sinto tudo aquilo que essas gurias de livros de romance sent..."

Ela me interrompe - "Elas sentem as pernas ficarem bambas, o coração disparar ao ouvir o nome da Pessoa que amam, sentem também as famosas borboletas no estômago, os arrepios e calafrios e até mesmo o nó na garganta. Seus pensamentos não te obedecem, e isso é o sinal de quem ama entende?"

- "Como pode alguém amar tanto em menos de dois meses?"

- "Ah meu anjo, o amor não escolhe na porta em que vai bater. Ele simplesmente acontece, e se é correspondido algo mágico acontece."

Apoiamo-nos na ponte que havia ali e observei o dia que estava frio, o céu era cinza e não havia cor. O Big Ben continuava com seu tom de luzes douradas como se fosse a única coisa que deixava o dia mais bonito ali - "O que sente quando ouve o nome dele?"

- "Que o meu coração vai sair pela boca a qualquer momento."

- "Que um conselho de alguém que não acreditava que seria possível namorar uma pessoa totalmente diferente de você?" - assenti e ela sorriu vitoriosa - "Liga para ele e diz o que sente, joga para fora todo esse sentimento que está aí dentro. Não pense que pode ou não ser careta tudo isso, só pensa no futuro e se isso vai te fazer bem. Vão ter pessoas que irão querer jogar todo esse amor para baixo e afundar vocês no fundo do poço, mas se você não tentar agora, pode perdê-lo e se afundar sozinha. E se alguém os afundar, juntos irão se levantar." - seus brilhavam ao dizer aquilo - "Pense assim "Se eu o amo, é isso que importa, e se ele amar a mim melhor ainda e caso não ame paciência." Mas em minha opinião ele ama e muito."

- "O que você quer dizer com isso Emily?"

- "Nada meu anjo. Só espere o tempo certo." - dizia entre o riso.

- "Se um dia isso der certo eu serei eternamente grata a ti." - ela me abraçou sorrindo.

- "Só vai dar certo se vocês deixarem isso acontecer e não ter medo de nada." - Ela olhou para o céu - "Agora vai para um lugar onde se sinta bem e ligue para ele. Mas não deixa o partido escapar."

- "Isso é loucura Emy." - sorri.

- "Há quem te chame de louco, mas não existe ninguém capaz de fazer suas loucuras." - ela sorriu vitoriosa - "Tchau Kate." - me abraçou forte e saiu andando me deixando ali sozinha.

"O que eu faço agora meu Deus!?" - a indecisão tomou conta de mim.

***