𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟔 - 𝐎 𝐌𝐈𝐒𝐓É𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐓𝐑𝐈𝐋𝐇𝐀

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A manhã seguinte chegou com a promessa de novas aventuras, mas, como sempre, havia algo me inquietando

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A manhã seguinte chegou com a promessa de novas aventuras, mas, como sempre, havia algo me inquietando. O clima estava mais ameno, as árvores ao redor do acampamento se balançando suavemente ao vento, e eu estava prestes a embarcar em mais uma atividade com a turma. O plano do dia era uma trilha por uma área isolada do acampamento, um lugar famoso por suas belas vistas, mas também por seus segredos escondidos.

A turma estava animada. Eu, Mason, e o resto dos amigos, todos prontos para explorar, conversar e quem sabe encontrar algo interessante no caminho. Apesar de tudo, ainda me sentia estranha desde a noite anterior. As histórias sobre Jonathan Crowley, o velho que desapareceu nas trilhas, me perseguiam. Eu não acreditava, mas não conseguia ignorar a sensação de que algo estava errado. Algo nas sombras da floresta que nos cercava.

— Cooper, você está bem? — Mason perguntou, me olhando com aquela expressão preocupada.

Eu o olhei rapidamente e dei um sorriso forçado.
— Claro, só pensando em como essa trilha vai ser legal.

Mason assentiu, mas não parecia convencido. Ele sabia que eu estava disfarçando meus sentimentos, mas, ao invés de insistir, ele apenas deu um pequeno suspiro e pegou minha mochila.

O grupo estava formado por pelo menos quinze pessoas, todas animadas com a ideia de se perder um pouco pela mata. Os monitores eram jovens, pareciam estar na nossa faixa etária, o que gerava uma sensação de proximidade, e todos estavam prontos para o desafio.

A trilha começava logo ao lado de um riacho, com um caminho largo que se estendia por entre árvores altas e folhas secas. O som dos pássaros e o cheiro de terra molhada preenchiam o ar.

Andávamos todos juntos, o grupo misturado em risos e conversas, enquanto o guia nos falava sobre a fauna e flora local. Eu caminhava ao lado de Mason, sempre tentando não olhar para os lados com receio de ver algo... fora do lugar.

— Cooper, você tá em algum lugar distante, hein? — Mason riu, me fazendo sair dos meus pensamentos.

— Só pensando nas coisas que aconteceram ontem à noite... as histórias, sabe?

Ele franziu a testa.
— Sério? Você está acreditando naquela história sobre o Crowley?

Eu balancei a cabeça.
— Não, é só... não sei. Algo me diz que há mais coisa aqui do que parece.

Mason parou de caminhar por um momento, me olhando com aquele olhar fixo.
— Eu sei o que você quer dizer. Mas, sério, não vamos começar a pensar nessas coisas agora. Não vale a pena.

Eu sorri, tentando afastar os pensamentos.
— Tem razão, Mason. Vamos aproveitar a trilha.

Continuamos nossa caminhada, com ele me contando sobre uma série de piadas que ele tinha ouvido no acampamento. Os minutos foram passando, e a trilha parecia não ter fim. A cada passo, a floresta ficava mais densa, com as árvores se entrelaçando como se quisessem nos prender ali.

Foi quando, sem perceber, me distrai.

Eu estava olhando para as árvores, ouvindo a risada de Mason quando uma sensação estranha tomou conta de mim. Era uma pressão no peito, uma força, algo que me puxava para longe do grupo. A sensação era familiar, como se algo tivesse me chamado, uma voz suave e distante. Não era uma voz audível, mas um chamado que vinha do fundo da minha mente.

Olhei para Mason, que estava distraído conversando com alguns outros do grupo.

Então antes que ele pudesse ver, comecei a caminhar em direção ao que me chamava. Sentia meus pés se movendo sem querer, como se eu não tivesse controle sobre eles. O som da risada de Mason foi ficando distante, e, quando olhei para trás, ele já estava muito longe.

Eu não sabia o que estava acontecendo, mas meus passos foram cada vez mais rápidos, e logo me vi dentro da mata. A vegetação estava mais fechada, as árvores mais altas, como se o lugar estivesse tentando me esconder. A sensação de estar sendo guiada por algo só aumentava.

Passei por arbustos, troncos caídos e raízes, e logo percebi que estava sozinha. Não consegui ver mais o caminho, e tudo ao meu redor parecia ter uma névoa estranha. A luz do sol já não penetrava tanto, e o som do vento nas folhas parecia mais abafado.

De repente, percebi o quanto estava perdida.

O pânico começou a se instalar em meu peito. Eu tinha saído sem avisar a ninguém, sem fazer ideia de onde estava indo. Olhei para os lados, tentando encontrar algo familiar, mas tudo parecia igual. Eu estava cercada por árvores e mato.

Eu precisava voltar.

Tentando encontrar o caminho de volta, meu coração batia acelerado. Eu sabia que algo estava errado. Como havia sido tão fácil me perder ali? Eu precisava de ajuda.

Foi quando ouvi algo.

Uma risada.

Não era de alguém do grupo, não. Era uma risada que vinha de dentro da floresta. Eu congelei.

Era uma risada baixa, quase abafada, como se alguém estivesse zombando de mim.

Eu me virei rapidamente, tentando ver de onde vinha, mas não havia ninguém. O som da risada desapareceu tão rapidamente quanto apareceu, e um calafrio percorreu minha espinha.

Eu não estava sozinha.

No fundo, eu sabia que alguém ou algo estava me observando. O medo tomou conta de mim, e comecei a correr em direção à trilha, mas tudo ao meu redor parecia escuro demais, as árvores mais fechadas do que antes. Eu estava completamente perdida.

O que tinha acontecido comigo?

Onde estava Mason?

Onde estavam os outros?

A noite estava começando a cair, e eu estava sozinha na floresta, sem saber para onde ir. A sensação de que não deveria estar ali era quase palpável.

E, em algum lugar na escuridão, uma voz sussurrou o meu nome.

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⏰ Última atualização: 4 hours ago ⏰

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Acampamento Beverly - Mason ThamesOnde histórias criam vida. Descubra agora