RETALHOS - Bask

Trinta e um. - "Eu e minha dama pelo mundo, fazendo dinheiro"

(Alguns bons anos depois)

Os anos passaram como um piscar de olhos, cada conquista e momento compartilhado com Jorge só reforçava o quanto nossas vidas estavam conectadas e o quanto o nosso amor era forte e bonito.

Depois do pedido de namoro, nossas rotinas se ajustaram rapidamente, realmente vivendo uma vida a dois. Jorge e eu estávamos em sintonia, vivendo nossas conquistas pessoais mas que fazíamos de comemorar juntos, como por exemplo, ele lançou um álbum que deu a ele grande visibilidade e atingiu marcas pessoais que ele se quer sonhava e eu, voltei ao poucos para o estúdio e lancei algumas músicas que tiveram marcos nacionais e grande reconhecimento, nas batalhas eu continuava como figurinha carimbada toda semana e quando não ia rimar, assistia o Jorge dando um show com as palavras. No meio disso estavam nossos amigos nos fazendo feliz, comemorando cada vitória conquistada e vice versa.

Azyel se tornou o amor da minha vida, quase seis anos depois, ele era uma criança cheia de vida, que sempre corria pra me abraçar como se eu fosse sua heroína, me chamava para jogar bola com ele e amava passar um tempinho com agora, tio Jorge. Levei ele ao seu primeiro dia de aula, vi sua evolução com o passar do tempo e o quanto ele faz bem para a Nina e toda a família.
O batismo dele foi um dos momentos mais especiais, me derreti de chorar. Aquilo era só mais uma das inúmeras demonstrações de amizade que eu e Nina tínhamos.

Foi pouco depois disso que Jorge e eu decidimos morar juntos, ele veio morar comigo na verdade. O quarto da Marina estava desocupado por causa daquele episódio da Itália e ela nunca mais quis voltar a morar aqui por causa do Azy, então terminei de desmontar o quarto dela e aos poucos Jorge foi colocando suas coisas e logo fizemos um estúdio apenas dele, onde ele poderia criar tudo o que quisesse. Além disso, tinha o quartinho do Azyel, que quando vem ficar com a gente ou quando a Marina precisa fazer alguma coisa deixa ele aqui em casa, ele ama o quartinho dele e diz que é o lugar favorito dele no mundo. E então aquele apartamento que era apenas para mim, acabou ganhando novos integrantes, muito amor, risadas, músicas e café.

[...]

Era o dia dos meus sonhos, o mar fazia a trilha sonora e trazia vento para aquele clima típico tropical. Sim, eu estava me casando na praia e com o amor da minha vida.

Fui pedida em noivado em uma viagem que fiz com ele até o Rio de Janeiro, depois de um dia longo de visita a casa dos meus pais e um belo churrasco em família, nós tínhamos decidido tomar um banho de mar e foi ali, naquele momento tão nosso que ele me pediu em casamento, sem tanto glamour mas o necessário para ser do jeito que eu sonhava.

O sol se punha ao fundo, tingindo o céu com tons alaranjados e rosados. Jorge e eu tínhamos decidido nos casar ali, de forma íntima, cercados pelos nossos, pessoas com a melhor intenção possível.

Azyel e Guilherme, meu sobrinho mais velho, foram os pajens, eu chorava apenas de observar a entrada deles, cada um com o seu jeitinho era isso que deixava a cerimônia ainda mais linda. Ambos vestidos lindamente, andavam pelo corredor segurando as alianças. Mikaela, minha sobrinha de sete anos, era a daminha de honra, seu vestido rodado rose e as flores em seu cabelo a deixavam mais linda.

Os padrinhos e madrinhas estavam alinhados, cada um deles escolhido a dedo. Apollo, Tavin, Barreto, Jotapê, Sain, BK, Orochi Henrique e Yago do meu lado. Marina, Mirella, Kakau, Giovanna, Ravena, Helena e Bianca do lado. Era gratificante ver todas aquelas pessoas importantes ao nosso lado, cada um torcendo por nós e pelo nosso sucesso assim como nós torcemos pelo deles.

Quando a música começou a tocar, eu mal podia acreditar que aquele era meu casamento. Jorge me esperava no altar e já tinha lágrimas nos olhos, assim como eu disse que só casaria com ele se ele chorasse no nosso caso no dia do nosso reencontro. Elegante em um terno claro, o sorriso dele era o que mais brilhava, tudo nele estava deslumbrante, as tranças sempre feitas, o bigode que deixava ele mais lindo ainda e a roupa alinhada com o seu tamanho.