Jeiciane estava dando pulinhos de alegria quando encontrou Raiane na praça da cidade.
— O que foi, louca? Tá saltitando por quê? — Perguntou Raiane.
Jeici agarrou as duas mãos dela.
— Dayane me ligou.
— Aquela menina linda que você mostrou um dia desses?
Jeici assentiu.
— Ela quer me ver, ela quer sair comigo. VOCÊ OUVIU ISSO? ELA QUER SAIR COMIGO. Ninguém acreditou que eu tinha chance, mas tá acontecendo. Vou ligar pro Ismael e passar na cara dele. — Disse, pegando o celular.
— Mas ela não namorava?
— Namorava dois dias atrás. Mas descobriu que o namorado dela a traiu com uma prostituta. Agora ela quer sair comigo.
— A fila já andou tão rápido pra ela, que estranho. Então, vocês vão se ver quando?
Jeici se sentou no sofá ao lado dela.
— Não sei, vamos marcar ainda.
— Por que não chama ela pra minha festa hoje à noite? — Raiane disse.
Jeici franziu a testa.
— Vai fazer uma festa? Desde quando?
— Desde hoje.
— Teve hoje a ideia de fazer uma festa... pra hoje? — Indagou Jeici confusa.
Raiane concordou.
— Isso.
— Mas, por qual motivo?
— Vamos comemorar a morte daquela pick me girl desgraçada. Vai ser uma homenagem.
Jeici não acreditou no que estava ouvindo e começou a rir de forma histérica.
— Que homenagem maravilhosa, Raiane. Que garota incrível você é.
Raiane sorriu.
— Eu sei que você está sendo sarcástica, mas ainda assim não mentiu em nada.
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Aquela tarde enquanto maratonava uma série muito boa chamada Sandman pela quinta vez, Ismael ouviu a campainha de sua casa tocando. Ele teve que pausar a série e se levantar para atender a porta. Estava sozinho em casa. Você deve estar se perguntando onde estavam seus pais? Bem, quem liga.
Ismael abriu a porta, mas não encontrou nada a sua frente.
— Olha pra baixo. — Ordenou uma voz irritada.
Ismael abaixou os olhos e deu de cara com um garoto baixinho, vestindo um terno cinza e usando um chapéu preto que escondia os cabelos castanhos bem curtinhos.
— Oi, eu sou o detetive Chase, estou aqui para investigar um caso.
Ismael não conseguiu levar isso a sério e acabou rindo.
— Alysson, é você? — Alysson era um garoto excêntrico do colégio, gostava de fingir ser outras pessoas, tinha vários alter egos na internet. E, como ficou obvio, não tinha sido beneficiado com uma boa altura. — O que tá fazendo bancando o detetive?
Ele levantou a sobrancelha direita.
— Alysson? Não sou Alysson, e não conheço nenhum Alysson.
Ismael revirou os olhos.
— Deixa de ser sonso.
— Deixa você de me acusar de ser alguém que claramente não sou.
— Então tá, detetive Chase. — Ismael deu o braço a torcer. — Sobre o que você quer falar?
— Sobre um serial killer à solta.
— Serial Killer? A solta? Onde? Tá maluco? Não tem serial killer na cidade.
O detetive o encarou.
— Você não é ligado nas notícias?
— Sim, ouvi falar da morte dos dois jovens.
— Então, tá difícil pra entender?
Ismael acabou caindo na gargalhada mais uma vez.
— Alysson, ele não é um serial killer até ter matado várias pessoas. Por enquanto é apenas um assassino.
O detetive Chase explodiu.
— Eu não sou o caralho do Alysson. — Gritou ele. — E como pode ter certeza? Quem sabe ele matou várias pessoas nesse período de 10 horas desde o assassinato de Manu e Pedro.
— Se matou mais, ninguém sabe.
Alysson trincou os dentes.
— Você vai me deixar entrar?
Ismael abriu um sorriso folgado.
— Sabe, Alysson... opa, quer dizer, detetive Chase, é que eu estou ocupado. — Disse, começando a fechar a porta. — Eu tenho uma série pra maratonar, depois respondo suas perguntas, amigo.
E fechou a porta na cara dele.
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Frustrado, Alysson caminhou de volta até seu carro, pois acreditem ou não, era maior de idade e habilitado. Já havia sido parado várias vezes pela polícia após ser confundido com uma criança.
Ele tirou o chapéu da cabeça, abriu a porta e se sentou em frente ao volante.
— Então vou ter que ir atrás de outros suspeitos.
Ele ouviu um som estranho vindo do banco de trás. Desconfiado, pegou o celular e abriu no twitter.
Escreveu: Vocês já teve a impressão de que tem alguém escondido no banco de trás de seu carro?
Ouviu uma risada maníaca.
— Detetives dificilmente sobrevivem quando metem o nariz onde não são chamados... — Sussurrou uma voz robótica atrás dele...
Alysson chegou a se virar para encarar o mascarado, mas a faca foi mais rápida. Sua garganta foi rasgada e sangue esguichou, sujando o vidro do carro. Alysson começou a gorgolejar e levou as mãos ao pescoço. Muito, muito sangue jorrava para fora. Ele iria acabar se afogando naquele sangue todo.
Ele tentava gritar desesperado, mas nada saia de sua garganta.
E atrás dele, assistindo bem sentado com um saco de pipoca, estava o ghostface. Ele confortavelmente viu Alysson perder as forças e morrer com o terno cinza todo sujo de sangue.
Mais uma vez o mascarado limpou a faca, e então tirou o corpo do banco do motorista. Agora ele iria ocupar o lugar do falecido detetive Chase e dirigir para bem longe em direção a sua próxima vítima.
Uma notificação surgiu brilhante em seu celular.
Era um convite.
Aconteceria uma festa. Hoje à noite.
Um sorriso enorme surgiu no rosto do assassino. Infelizmente você tem que confiar em minha narração, pois é incapaz de ver por causa da máscara,
A festa era o lugar perfeito para um banho de sangue e o ato final dessa Fanfic de terror.
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Fanfic de terror
HumorPrimeira historia de uma franquia de parodias de terror, o enredo acompanha um grupo de jovens enquanto tentam sobreviver a um assassino mascarado. A contagem de corpos é longa (E algumas mortes são engraçadas), mas temos uma protagonista determinad...