103 - Max Verstappen

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"Dinheiro não compra felicidade, mas compra bolsas, o que é quase a mesma coisa

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"Dinheiro não compra felicidade, mas compra bolsas, o que é quase a mesma coisa."

***

Estava uma tarde tranquila em nosso apartamento. O sol começava a se pôr, lançando tons dourados pela sala enquanto eu estava confortavelmente instalada no sofá, folheando uma revista de moda. Era um momento raro de paz, já que a rotina de Max era sempre agitada. Aproveitei o silêncio até que ouvi um resmungo vindo do escritório.

Ignorei. Max sempre reclamava de algo relacionado a corridas ou contratos. Mas, desta vez, sua voz saiu clara e carregada de incredulidade:

— SN!

Levantei os olhos, piscando inocentemente. Max apareceu na porta da sala, o celular em mãos e uma expressão que misturava surpresa e diversão.

— Você gastou cinco mil euros na Louis Vuitton?!

O quê? Revirei mentalmente a memória. Ah, sim, isso. Fingi naturalidade enquanto deixava a revista de lado.

— Cinco mil? Não, deve ser um engano.

— Um engano? O recibo tem seu nome!

 — Ele se aproximou, segurando o celular na minha direção. Na tela, uma fatura detalhada exibia um valor absurdo, bem ao lado do meu nome: S. N. Verstappen.

— Tá vendo isso aqui? — perguntou, com um misto de incredulidade e diversão.

Mordi o lábio, tentando não rir.

— Ah... esse detalhe.

— Detalhe? Sn, isso é o preço de um jogo de pneus! — Ele parecia querer rir, mas tentava manter a pose de indignado.

— Calma, Max. Foi só um conjuntinho básico.

— Básico?! Por cinco mil euros?! O que você comprou? Uma bolsa que te leva pra viajar no tempo?

Comecei a rir, mas Max ainda estava sério — ou pelo menos fingindo estar.

— Você disse que eu podia usar o cartão, Max. Disse que confiava em mim!

— Confiar em você, sim. Mas não pra gastar o equivalente ao orçamento de uma equipe de kart! — Ele cruzou os braços, mas os olhos brilhavam de diversão. — Vamos lá, me explica. Que conjuntinho é esse?

Suspirei, fingindo indignação.

— Era um conjunto exclusivo. Clássico. Elegante. E... tá, talvez eu tenha me empolgado um pouco.

— Um pouco? Sn, por esse preço, a bolsa devia trazer café da manhã na cama e ainda lavar os pratos depois.

Eu gargalhei. Não conseguia levar aquela conversa a sério. Ele se jogou no sofá ao meu lado, ainda segurando o celular como se estivesse avaliando a gravidade da situação.

— Então? Vai me contar o que comprou ou vai me deixar imaginar que você voltou pra casa com um unicórnio?

— Max, você precisa entender — comecei, tentando parecer dramática. — Eu precisava. Foi amor à primeira vista. Não era apenas uma compra, era uma experiência de vida.

— Experiência de vida, hein? Por esse preço, espero que a bolsa venha com um diploma em psicologia pra me ajudar a superar o choque.

Eu gargalhei de novo, e ele finalmente cedeu, rindo comigo.

— Você é inacreditável, sabia?

Dei um beijo rápido em sua bochecha, tentando amenizar o impacto da fatura.

— Você me ama mesmo assim.

— Amo. Mas da próxima vez, me avisa antes de tentar quebrar o banco, tá?

— Prometo. — Pausei e completei com um sorriso travesso. — Ou não.

— Sn...

Ele balançou a cabeça e puxou minha cintura, me acomodando debaixo de seu braço.

— Você tem sorte de ser tão irresistível. Mas se isso se repetir, vou te colocar pra pilotar kart nos fins de semana.

— Pilotar? — Arqueei as sobrancelhas. — Você sabe que eu faria isso só pra te vencer, né?

Max explodiu em risadas.

— Quero só ver. Você mal consegue estacionar o carro direito, imagina me vencer.

— Ah, é assim? — Fingi indignação. — Agora você mexeu no meu ego.

— Mexi mesmo. Quem sabe isso te impede de gastar outro salário em... sei lá, lenços de seda.

Ambos caímos na gargalhada novamente. Ele deixou o celular de lado e me puxou mais para perto.

— Agora, que tal esquecer essa fatura e aproveitar o fim do dia?

— Ótima ideia. — Deitei a cabeça em seu ombro. — Mas por via das dúvidas, Max, você devia considerar aumentar meu limite.

Ele revirou os olhos, mas não conseguiu conter o sorriso.

— Você não tem jeito.

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