Nightmare Além da Floresta

Verdades Expostas

Nightmare: Além da Floresta

Capítulo 22: Verdade Expostas

O xerife Trevor Grace ajeitou o chapéu sobre a cabeça enquanto observava os veículos de reforço se alinharem na entrada da floresta. Soldados armados, acompanhados de cães farejadores, preparavam-se para a incursão. Ele apertou a alça de sua arma, tentando disfarçar o nervosismo, enquanto tomava um longo gole de café amargo. O som do grito que ele havia ouvido noite passada ainda ecoava em sua mente como um prenúncio de algo terrível.

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Na sala de aula, Jonny, Jim e Akira trocavam sussurros rápidos.

"Você ouviu de novo, não é?" Jim perguntou, o tom preocupado.

Jonny assentiu. "Sim, os mesmos gritos. E parece que está ficando mais frequente."

Akira olhou pela janela, observando os movimentos das viaturas e militares. "Algo grande está acontecendo. Olha só, eles estão cercando a floresta."

Jim, curiosa e inquieta, seguiu o olhar de Akira. "Isso não parece bom."

Sem trocar mais palavras, os três se levantaram de repente e dispararam em direção à porta.

"Ei! Aonde pensam que vão?" O professor protestou, mas a voz dele se perdeu no barulho das cadeiras arrastadas e passos rápidos.

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Na Entrada da Floresta

Quando chegaram à entrada da floresta, o local estava um caos organizado. Oficiais e militares se movimentavam, verificando equipamentos e mapas. Trevor estava de pé ao lado de Whitney, sua expressão endurecida.

"Pai! O que está acontecendo aqui?" Jim perguntou, ofegante.

Trevor franziu o cenho ao vê-la. "Jim, o que você está fazendo fora da escola? Volte agora!"

"Isso não importa agora," ela respondeu, determinada. "Você vai entrar na floresta?"

Trevor suspirou, passando a mão pelo rosto. "Sim, mas vocês não deviam estar aqui. É perigoso demais."

"Então me deixe ir com você," Jonny se pronunciou, seu tom firme.

"Nem pensar," Trevor respondeu de imediato.

"Xerife," Akira interveio calmamente. "Eu também vou. Há coisas que você não entende."

Trevor bufou. "Garoto, você tem ideia do que está pedindo?"

Antes que Akira pudesse responder, Jonny levantou o pulso, revelando o símbolo carmesim que agora brilhava sob a luz do dia. "Eu fui atormentado por anos por essa floresta. Não posso mais fugir disso."

Trevor ficou imóvel, seu rosto uma mistura de surpresa e desespero. "Por que você nunca me mostrou isso antes?"

Jonny hesitou, mas antes que pudesse responder, Jim levantou o braço, revelando sua própria marca alaranjada. Akira fez o mesmo, mostrando o símbolo esverdeado.

O xerife ficou pálido. "Jim... você também?"

Whitney tocou no ombro de Trevor. "Não temos tempo para isso. Se vamos fazer algo, tem que ser agora."

Trevor fechou os olhos por um momento e então assentiu. "Tudo bem. Mas, Jim, você não sai do meu lado. Entenderam?"

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Dentro da Floresta

O grupo avançou, os militares liderando o caminho com armas em punho. A atmosfera ficou mais densa a cada passo, como se a floresta os observasse. O silêncio era absoluto, quebrado apenas pelo farfalhar das folhas sob seus pés.

Quando chegaram ao acampamento abandonado, o cenário era pior do que esperavam. As barracas estavam rasgadas, o chão coberto de manchas escuras e pegadas desordenadas. Havia roupas rasgadas e objetos espalhados.

Mas o que chamou atenção foi um celular, ainda funcionando, jogado próximo a uma árvore. Whitney o pegou com cuidado e percebeu que ele estava gravando.

"Olhem isso," disse ela, ao reproduzir o vídeo.

A câmera estava virada para o céu, mostrando apenas as copas das árvores, mas o áudio era claro.

"Meu Deus, o que é aquilo?!" uma voz masculina gritava.
"Corram! Saiam daqui!" outra voz feminina implorava, antes de ser engolida por um grito agudo.

Então, um rugido bestial ecoou, seguido pelo som de carne sendo rasgada e gritos desesperados.

Whitney pausou o vídeo, os olhos arregalados. "Isso não é humano..."

Trevor engoliu em seco. "Precisamos sair daqui. Agora."

O grupo avançou, os militares liderando o caminho com armas em punho. A atmosfera ficou mais densa a cada passo, como se a floresta os observasse. O silêncio era absoluto, quebrado apenas pelo farfalhar das folhas sob seus pés.

Os cães farejadores começaram a puxar suas guias, latindo baixo e alertando os oficiais.

"Achamos alguma coisa," disse um dos militares, sinalizando para o xerife.

Trevor aproximou-se lentamente, seguido de Whitney. Quando chegaram ao ponto indicado, o ar pareceu ficar mais pesado. No meio de uma pequena clareira, entre raízes retorcidas, havia um corpo. Era de uma garota, aparentando cerca de 12 anos, em avançado estado de decomposição.

"Meu Deus..." sussurrou Whitney, cobrindo o nariz e a boca.

Trevor se ajoelhou, analisando o local com cuidado. "É a menina desaparecida. Os pais dela vieram à delegacia há duas semanas."

Jim desviou o olhar, visivelmente abalada. Akira permaneceu em silêncio, mas seus olhos estavam fixos na cena. Jonny sentiu um nó no estômago.

"Isso não foi obra de um animal," Trevor afirmou, a voz grave. "Isso é algo muito pior."

Um dos militares fez uma breve inspeção no corpo. "Sem sinais de luta. Mas... há marcas estranhas nas árvores ao redor. Como garras, mas maiores."

Todos olharam ao redor, notando os cortes profundos nos troncos. As marcas pareciam formar padrões incompreensíveis, quase como símbolos antigos.

Whitney trocou um olhar preocupado com Trevor. "Precisamos levar o corpo de volta. E Trevor... talvez devêssemos sair antes que escureça."

Trevor assentiu. "Concordo. Preparem tudo. Vamos sair daqui em quinze minutos."

Enquanto os oficiais trabalhavam, Jonny não conseguia afastar a sensação de que estavam sendo observados. Ele olhou para Akira, que parecia igualmente desconfortável.

"Você sente isso também?" Jonny sussurrou.

Akira apenas assentiu, seu olhar vagando pelas sombras entre as árvores.