Por conveniência - Jensoo.

16. Quem diria, um mês.

Por nossas aulas terem voltado essa semana, nos adaptamos rapidamente a uma nova rotina, ela anda estudo no período da manhã, tendo a tarde livre e só indo trabalhar a noite, o que ela parece ter adorado, enquanto eu tenho que me contentar apenas com a faculdade e com a preparação para o TCC, embora meu pai queria que eu continue o ajudando, mas nosso acordo só diz respeito ao período das férias.

Pensei em fazer o que normalmente faço, mas algo em meu coração me fez jogar aquela ideia fora, pensando a risco em algo especial para essa noite. Acabei perdendo a noção do tempo e não fui encontrá-la como fiz ontem e percebi amar fazer, então quando ela chegou eu estava colocando os pratos na mesa

— Uau.

— Aproveitei o tempo livre pra fazer isso.

— Você é.... - Ela agarrou meu pescoço. - Inacreditável, Kim Jisoo.

Eu sou boa com datas, seja todas elas, de aniversário, comemorativas ou eventos marcantes. Lembro nitidamente o dia em que a Lisa passou na auto escola e lembro ainda mais do dia em que meu pai me passou esse lugar. Então seria impossível esquecer da data de hoje.

Nove de Agosto, nosso primeiro mês juntas. Foi por isso que meu coração me impediu de fazer algo simples, logo, havia kimbap entre os pratos e vinho como bebida.

Comemos em silêncio, cada coisa, mas fizemos um brinde, um brinde a nós e ao que estivesse acontecendo. Quando o jantar acabou ainda nos restava meia garrafa de vinho e foi ela que bebemos no sofá, naquele mesmo sofá em que a tive pela segunda vez.

— Vai monitorar quantos cursos? - Perguntei.

— Estou pensando em três, já mandei o formulário e perguntei ao meu coordenador sobre.

— E o que ele disse?

— Que eu deveria esperar o resultado.

Rimos. Eu não conhecia seu coordenador, mas ela já havia me contado coisas e cheguei a conclusão que ele é a pessoa mais seca que já conheci.

— Já monitorou algum? - Ela me perguntou.

— Só no segundo ano de gestão, peguei três como você, mas quando comecei a pós pensei em me dedicar totalmente às matérias, embora tenha recebido uma proposta no semestre passado.

— E não cogitou aceitar?

— Definitivamente não, era a minha pior matéria.

— Mas se recebeu proposta é porque era boa.

— Mas não ao ponto de explicar a alguma turma e só não reprovei na matéria porque passei noites acordada estudando, o que foi extremamente cansativo.

Depois do último gole e de tê-la puxado para o meu colo, intercedendo para que não corresse de lá, ela se soltou, prometendo que iria voltar o mais rápido que pudesse, me beijando um pouco mais antes de escapar.

Ela realmente não demorou, mas não veio sozinha, em sua mão havia uma bolsa de papel, como se fosse um presente e de fato era um.

— Toma. - Ela me entregou assim que sentou.

— O que é? - Perguntei.

— Só abrindo para descobrir.

Dentro da bolsa havia um caixinha e dentro dela um colar, um lindo colar prata, sem pingente, o que é lindo já que amo coisas minimalistas e uma vez ela me perguntou porque tiro os pingentes dos meus colares, bem no comecinho quando ainda não éramos nada.

— Uau. - Falei depois de algum tempo olhando.

— É ouro branco, achei que seria mais a sua cara do que algo de aço ou prata.