Capítulo 11

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Drew acordou com a luz do sol filtrando-se pelas cortinas, um pouco confuso e com a cabeça pesada. Ele se espreguiçou, um sorriso bobo surgindo em seu rosto ao lembrar da noite anterior. A conexão que sentira com Yara parecia mágica, e ele se pegou pensando em como tudo tinha sido intenso e perfeito. O calor do corpo dela ainda parecia gravado em sua pele.

Porém, ao olhar para o lado, a realidade o atingiu como um balde de água fria. O lençol ao seu lado estava vazio. Ele se levantou rapidamente, o coração disparado, e começou a procurar por ela. Suas roupas estavam espalhadas pelo chão, mas Yara e suas coisas não estavam em lugar nenhum. Ele chamou seu nome, mas a única resposta era o eco de sua própria voz.

Um nó se formou em seu estômago enquanto ele tentava processar o que estava acontecendo. "Ela deve estar no banheiro ," pensou, tentando se convencer. Mas no momento que ele percebeu o vazio do banheiro,tudo pareceu morrer,como uma rosa sem vida.

Drew se sentou na beira da cama, sentindo uma mistura de confusão e desilusão. O que tinha acontecido entre eles parecia tão real, tão promissor. Como ela poderia simplesmente desaparecer assim? Ele tentou lembrar se havia dado algum sinal de que não estava gostando,mas ele lembrava exatamente das expressões de prazer que Yara fazia.

Levantou-se e começou a se vestir, a mente correndo a mil por hora. Ele se lembrava do olhar dela, da forma como se entregara àqueles momentos. Havia algo especial ali, algo que o fazia acreditar que isso poderia ser o início de algo maior,de algo que ele sempre quis.Mas agora, vendo que Yara o abandonou,a frustração e a tristeza se misturavam.

"Daqui a pouco ela aparece,eu sei que ela gostou" disse para si mesmo,mesmo sabendo que as chances era poucas.

DREW STARKEY

Eu estava tentando me convencer de que tudo estava bem, que Yara tinha gostado e que finalmente eu poderia gritar pro mundo que estávamos juntos. Mesmo acordando sozinho no dia seguinte, eu não conseguia deixar de pensar que aquilo era só um detalhe passageiro. Ela provavelmente tinha se afastado para dar espaço, pensar no que tinha acontecido, e eu respeitaria isso. Ela sempre foi assim, um pouco distante, mas isso só fazia com que eu quisesse mais, que a necessidade de tê-la perto fosse ainda mais forte.

Enquanto me levantava da cama, ainda bagunçada com os vestígios da noite anterior, a memória de cada detalhe dela me invadia. O perfume que ficou impregnado nos lençóis, o calor da sua pele contra a minha, a forma como seus lábios se moviam enquanto sussurrava coisas que agora soavam como promessas. Eu sabia que Yara não era de demonstrar muito, mas o jeito que ela olhou para mim naquela noite... parecia tão real, tão diferente. Como se, pela primeira vez, ela estivesse se permitindo sentir algo.

Quando a lembrança da noite passada invadiu minha mente, eu senti um calor no peito. O modo como ela me olhou, o jeito que se entregou... parecia claro para mim que estávamos em sintonia. Ela não seria capaz de me usar daquele jeito, não com a intensidade que ela demonstrou, não com o jeito que me fez sentir importante,eu sabia que ela tinha gostado, que ela não queria que fosse só uma noite. Ou, pelo menos, eu queria acreditar nisso.

"Eu só preciso dar um tempo para ela se acostumar com isso", eu pensei, como se fosse uma justificativa válida para os minutos intermináveis que passei olhando para o celular, esperando uma mensagem, um sinal, qualquer coisa que me confirmasse que ela ainda pensava em mim.

O silêncio do quarto parecia aumentar a ansiedade, mas eu me forcei a não pressioná-la. Yara era diferente. Ela precisava de espaço, de tempo. Eu acreditava que, em algum lugar, ela estava tentando entender o que sentia, mas que, no fundo, sabia que seria comigo que ela estaria.

O que tínhamos vivido não era algo comum, eu tinha certeza disso. Ela tinha sido tão carinhosa, tão próxima, como se aquilo fosse só o começo de algo. Mas então, por que ela não tinha ficado? Por que não havia deixado nem uma mensagem? Talvez ela só não quisesse parecer vulnerável. Era isso, tinha que ser isso. Eu me convenci de que era o jeito dela lidar com o que sentia, de proteger algo que estava apenas começando a se formar.

Passei o dia me distraindo com coisas banais, mas, no fundo, tudo me levava de volta a ela. Cada música que tocava, cada rosto que eu via na rua. Tudo era um lembrete. Eu queria acreditar que ela sentia o mesmo, que estava tão confusa quanto eu. Talvez, naquele exato momento, ela também estivesse pensando na gente, tentando encontrar uma maneira de se aproximar.

À noite, ainda sem qualquer mensagem, peguei o celular mais uma vez e abri nossa última conversa. Era algo trivial, quase impessoal, mas para mim aquilo significava tanto. Digitei uma mensagem, apaguei. Digitei outra, apaguei de novo. Não queria parecer desesperado, mas, ao mesmo tempo, não aguentava mais o silêncio. Finalmente escrevi algo simples: "Espero que esteja bem. Pensei muito em você hoje."

Enviei. O som da mensagem saindo foi quase um alívio, mas o peso que veio logo depois era insuportável. Agora, tudo o que eu podia fazer era esperar. Esperar e me convencer, mais uma vez, de que aquilo não era um fim, mas apenas o início do que seria a história mais importante da minha vida.




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Eu tava meio desmotivada esses dias,por isso não postei tanto amigas 😔

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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