Teruel - Jikook

Capítulo Vinte - Casais 🌒

N/a: eae? voltei!

o capítulo tem milhões de explicações, então prestem atenção, por favor kkk

meta do capítulo: 60 votos e 70 comentários!

tenho recebido muito hater e isso me desanima às vezes, é complicado... tô dando o meu melhor, mas tem sempre comentário ruim ou maldoso. enfim, fazer o que né?

boa leitura e perdão qualquer erro.

🌒

Em algum momento do passado, Lunaris

O sol pincelava o céu com tons quentes de laranja, iluminando a manhã que avançava em direção ao horário do almoço. Jin saiu de casa, o vento brincando com seus cabelos castanhos e desordenando alguns fios. Hoje, ele estava certo de que conseguiria realizar os feitiços de projeção com perfeição.

Caminhando pelo centro de Lunaris, Jin cumprimentou os moradores conhecidos com um sorriso suave. Evitou a feirinha local, desviando por becos mais afastados das casas coloridas, onde o silêncio parecia maior e as sombras mais longas. Ao atravessar uma das últimas vielas, um som estranho quebrou a tranquilidade.

Era um ruído pesado, abafado, como socos e pontapés desferidos contra algo — ou alguém. Jin hesitou por um instante, mas a curiosidade o venceu. Preparou-se para usar seus poderes, pronto para apartar qualquer briga, mas ao alcançar a origem dos sons, sentiu o ar escapar de seus pulmões em um suspiro de incredulidade.

No fundo daquele beco estreito, na penumbra, Joon espancava Namjoon sem qualquer remorso aparente. Os olhos do pai reluziam com um brilho cruel, assassino, enquanto seus golpes caíam impiedosos. Namjoon, por outro lado, permanecia imóvel, absorvendo a violência sem qualquer reação. Não ergueu os braços, não gritou, sequer olhou para o pai. A figura alta e robusta parecia ter encolhido, tornando-se pequena e frágil diante da brutalidade.

Por longos segundos, Jin ficou paralisado, incapaz de processar o que via. A cena diante de seus olhos era como um soco no estômago. Só conseguiu se mover quando, em meio ao caos, os olhos de Namjoon encontraram os seus. Um olhar profundo, cheio de algo que Jin não soube nomear.

— Nam! Aí está você. Por onde andou? — Jin chamou, sua voz carregada de uma tranquilidade ensaiada enquanto se aproximava lentamente, ignorando deliberadamente a barbárie diante de si.

Em Lunaris, por mais que fossem adultos, a hierarquia familiar era algo quase sagrado. Interferir nos assuntos alheios, especialmente entre pais e filhos, era algo impensável. Jin sabia disso. Mesmo assim, continuou:

— Te procurei por toda parte... Vamos? Estamos atrasados. — Ele se abaixou para ajudar Namjoon, as mãos cuidadosas, mas firmes.

Joon encarou a cena com olhos furiosos, mas o álcool que o dominava não lhe deu forças para reagir. Resmungando algo ininteligível, recuou, permitindo que Jin levasse Namjoon embora.

Enquanto caminhavam pelo labirinto de vielas em direção ao campo aberto onde os sete bruxos de Lunaris treinavam, Namjoon manteve a cabeça baixa. Não disse uma palavra, sua presença era um silêncio que pesava mais do que qualquer som. Jin, porém, não o apressou.

Deixou que o caminho fosse feito no tempo que precisavam, cada passo afastando-os da sombra daquela violência que os marcava, ainda que nenhum deles quisesse mencioná-la.

— Você quer conversar? — Jin perguntou finalmente, deixando os equipamentos que carregava sobre o tronco de uma árvore próxima.

— Sobre o quê, bruxo? — Namjoon rebateu, a voz carregada de irritação e cansaço.