Quando eu deixar seus olhos,
sem lamentos, sem amor,
você saberá o que aconteceu.
E tudo que poderia tê-lo atingido antes,
irá atingi-lo então
como flechas em chamas.
Quando fechar as portas,
e não houver mais lágrimas,
quando a alma não ansiar
como já não anseia,
não pense duas vezes.
Não torne a ligar.
Por si só, esse texto é um lamento,
pela alma enraivecida
que paira sobre mim hoje.
Sobre, porque domina.
Sob, quando eu a destruir,
outro dia.
Boca seca, rostos pálidos,
dentro de mim
as ondas sucumbem num iceberg,
alimentando o ódio, alimentando as dores.