Trinta e dois. - Fim!

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Já se passaram dois anos desde o nosso casamento, e parece que o tempo voou. Existem coisas que não mudam, como por exemplo, meu amor por crianças. E então a vida nos pregou uma peça, decidimos adotar dois irmãos, Heitor e Cecília.
E agora nossa casa está ainda mais cheia pois de repente, se tornaramos pais. As coisas estavam boas, muito boas, mas como sempre, a vida nos surpreende, e a cada dia eu me sentia mais grata por tudo o que estava acontecendo.

Já faziam seis meses que eles estavam conosco, se adaptaram muito bem e amavam estar com a gente. Cada dia mais o amor crescia dentro de nós e de pouco em pouco a nossa rotina foi se adaptando mas valia cada segundo ao lado daquelas criaturinhas bagunceiras.

Quando contamos aos nossos familiares e amigos gerou muita alegria, todos ficaram contentes com a ideia de ter crianças na família e no convívio. Com certeza renovaria os ares.

Hoje era um dia muito especial para a nossa família, após esse tempo de adaptação nós decidimos levar eles para a batalha. Heitor e Cecília já conhecem nossos amigos por conta da convivência quase diária, então não causaria tanta estranheza para eles.

Para mim, isso era mais do que uma simples performance. Era a chance de mostrar para os meus filhos a energia da nossa vida antes deles, de como o rap e a batalha nos definem, de como a nossa história é feita de superação e amor.

Tivermos uma recepção um tanto quanto calorosa e repleta de amor entre os fãs, todos olhavam com muito carinho para os dois. Eu e Jorge tentamos preservar ao máximo os dois de todo o fuzuê dos fãs conosco.

Os olhos de Heitor brilhavam com a nova descoberta, ele estava muito animado com a novidade e queria explorar cada detalhe do local. Cecília por outro lado, mais tímida tinha um sorriso meigo nos lábios e a cada declaração de fã para mim e para seu pai ela nos olhava com mais admiração e carinho. Confesso que estava ansiosa para o tal momento, era uma mistura de alegria, ansiedade e muita felicidade por estar naquele lugar com as pessoas que eu mais amava.

- Mãe, quando começa? - Heitor perguntou impaciente enquanto Jorge segurava ele em cima de seu pescoço para que pudesse observar tudo

- Calma ansiosinho, daqui a pouquinho começa. - brinquei com ele que fez uma carinha de frustração mas logo se alegrou com algo que viu

- Olha quem chegou! - gritou e rapidamente começou a se mexer e apontar pra sair do colo de Jorge

Olhei para onde ele apontava e lá estava Marina e Azyel, o pequeno corria agilmente pela praça até vir nosso encontro. Heitor desceu do colo de seu pai e pulou no chão para abraçar seu melhor amigo, aquela cena era uma das mais fofas que eu poderia ver. Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar isso.

Entramos na tenda dos mc's e todos receberam as crianças super bem e com muito carinho. Alguns começaram a puxar assunto com eles que riam e se divertiam com o jeito engraçado de cada um. Ajota contava piadinhas que faziam eles gargalharem.

- Amores do tio Apollo! - ele entrou na tenda com um sorriso largo e os dois correram na direção do Apollo, abraçando-o com força - Saudades de vocês. - deu um beijo em cada um e me abraçou e abraçou Jorge

Todos os mc's se derreteram com aquela cena, era engraçado ver o Apollo todo meloso com as crianças. Ele falou com Azyel também que ama o Rogério.
- Deixa eu contar um segredo pra vocês, vem aqui. - ele falou baixinho se agachando em frente as três crianças, como se fosse contar um segredo - Hoje o tio vai ganhar, querem ver? - Heitor riu baixinho e olhou desconfiado para nós

- A tia que vai ganhar. - Azyel soltou essa pérola e todos caímos em gargalhadas

- Eu que vou ganhar. - olhou para mim como se tivesse me desafiando e eu encarei de volta rindo

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⏰ Última atualização: 12 hours ago ⏰

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