Capítulo 30

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Os Piratas

Capítulo 30 – Preparações para o Fim

A luz do amanhecer banhava a ilha, mas a calmaria era enganosa. Félix, Astrid e o resto da tripulação do Espírito Livre estavam ocupados no pequeno vilarejo, reunindo o máximo de suprimentos e informações possíveis. Cada um sabia que, em breve, enfrentariam novamente o terror do Almirante Senjuro.

No centro do vilarejo, uma taverna modesta servia como ponto de encontro. Félix estava sentado em uma mesa com Akira e Astrid, discutindo estratégias enquanto observavam o movimento ao redor.

✏️ Astrid (apontando para o mapa sobre a mesa):
— Se quisermos evitar ser pegos de surpresa, precisamos reforçar o navio e planejar uma rota que nos mantenha fora do alcance da frota da Marinha.

✏️ Félix (balançando a cabeça):
— Não podemos continuar apenas fugindo. Precisamos encontrar uma forma de enfrentá-lo, ou isso nunca vai acabar.

Akira, encostado na cadeira, estava mais introspectivo. Seus olhos fixavam o mapa, mas sua mente estava distante.

✏️ Akira:
— Enfrentar Senjuro agora seria suicídio. Eu não consigo usar meus poderes em plena força, e mesmo que conseguisse... ele é uma força da natureza.

✏️ Astrid (séria):
— Então o que sugere? Ficarmos parados e esperar ele nos encontrar?

✏️ Akira (dando de ombros):
— Talvez a única solução seja encontrar algo que equilibre a balança.

✏️ Félix (pensativo):
— Como o quê?

Antes que pudessem continuar, o velho pescador que os havia alertado no dia anterior entrou na taverna. Ele se aproximou lentamente, olhando ao redor com cautela antes de se sentar na mesa com eles.

✏️ Velho Pescador (baixando a voz):
— Vocês precisam sair daqui antes que seja tarde demais.

✏️ Félix (fixando os olhos no pescador):
— Já sabemos que Senjuro nos encontrará. A questão é como estaremos preparados quando ele chegar.

O velho suspirou, seus olhos cheios de preocupação.

✏️ Velho Pescador:
— Não é apenas Senjuro. Esta ilha está amaldiçoada... há algo aqui que nem mesmo a Marinha ousa enfrentar.

✏️ Astrid (erguendo uma sobrancelha):
— Amaldiçoada? Do que você está falando?

O pescador hesitou por um momento antes de responder.

✏️ Velho Pescador:
— Há uma lenda sobre uma antiga criatura que habita as águas ao redor desta ilha. Dizem que ela foi despertada antes, mas nunca se mostrou completamente... até agora.

✏️ Félix (interessado):
— E o que isso tem a ver conosco?

✏️ Velho Pescador:
— Se essa criatura for despertada novamente, nem mesmo Senjuro será capaz de controlá-la. Mas para isso... vocês precisarão encontrá-la antes.

O grupo trocou olhares, tentando processar a informação.

✏️ Astrid (cética):
— E como exatamente vamos "encontrar" uma criatura que nem sabemos se existe?

O velho puxou de dentro de sua túnica um pedaço de pergaminho antigo, coberto de símbolos estranhos e um mapa rudimentar.

✏️ Velho Pescador:
— Este é o mapa das águas internas da ilha. Sigam-no e encontrarão o covil da criatura. Mas aviso: o caminho é perigoso, e muitos já pereceram tentando chegar lá.

Félix pegou o mapa, examinando-o com atenção.

✏️ Félix (com determinação):
— Se há uma chance de equilibrar essa batalha, precisamos tentar.

Akira inclinou-se para frente, um brilho de curiosidade finalmente cruzando seu rosto.

✏️ Akira:
— Se essa coisa realmente existe... pode ser nossa única esperança.

---

No dia seguinte, Félix, Akira, Astrid e um pequeno grupo de tripulantes partiram para o interior da ilha, seguindo o mapa antigo. A densa floresta logo os envolveu, e cada passo era acompanhado pelo som distante de águas correndo e o sussurro do vento entre as árvores.

✏️ Astrid (olhando ao redor, desconfiada):
— Isso parece tranquilo demais.

✏️ Félix:
— Fique alerta. Se as lendas forem verdadeiras, estamos entrando em território desconhecido.

Akira, mancando ligeiramente, observava as sombras ao redor. Ele não gostava da sensação de estar sendo observado.

✏️ Akira:
— Alguém mais está sentindo que estamos sendo seguidos?

Antes que alguém pudesse responder, um rugido profundo ecoou pela floresta, seguido por um tremor leve no chão.

✏️ Astrid (sacando sua espada):
— Parece que nossa recepção chegou.

De repente, árvores começaram a balançar violentamente, e uma criatura gigantesca emergiu da vegetação. Era uma mistura de serpente e dragão, com escamas brilhantes e olhos ferozes que brilhavam no escuro.

✏️ Félix (segurando firme sua espada):
— Então é isso... a criatura da lenda, que estranho...ela apareceu mais rápido do que eu imaginei.

A criatura rugiu novamente, suas mandíbulas afiadas gotejando saliva venenosa. Mas antes que atacasse, Akira deu um passo à frente, levantando a mão.

✏️ Akira (em tom firme):
— Espera. Acho que essa coisa não está aqui para lutar.

A criatura hesitou, seus olhos fixos em Akira. Então, lentamente, ela recuou, como se reconhecesse algo nele.

✏️ Astrid (surpresa):
— O que... o que está acontecendo?

✏️ Akira (com um leve sorriso):
— Talvez essa coisa saiba que não somos inimigos.

Félix guardou a espada, observando enquanto a criatura se movia para o lado, revelando uma passagem oculta que levava a uma caverna.

✏️ Félix (olhando para Akira):
— Parece que ela está nos mostrando o caminho.

---

Dentro da caverna, o grupo encontrou um vasto lago subterrâneo, com águas cristalinas que brilhavam com uma luz azulada. No centro do lago, uma estátua antiga de uma criatura semelhante à que encontraram na floresta.

✏️ Astrid (maravilhada):
— Isso... isso é incrível.

Félix se aproximou da estátua, examinando os detalhes.

✏️ Félix:
— Se as lendas forem verdadeiras, isso pode ser o que precisamos para virar a maré contra Senjuro.

Akira colocou a mão na água, sentindo uma estranha energia pulsar.

✏️ Akira (sussurrando):
— Espero que esteja certo, Félix. Porque nossa próxima batalha será a maior de todas.

Continua...

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⏰ Última atualização: 3 days ago ⏰

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