"Uma linda loucura"

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Já haviam se passado meses desde que Jinx e Ekko descobriram a gravidez , e agora ela estava com 9 meses. Sua barriga, embora grande para seu porte pequeno e magro, ainda parecia menor do que o esperado para uma grávida em estágio tão avançado. Mas não havia dúvidas: o bebê estava prestes a chegar, e ambos sentiam isso.

Ekko parecia ter elevado sua dedicação a um nível ainda mais intenso. Ele quase não saía do lado de Jinx, a não ser para buscar algo necessário para ela ou para as consultas regulares com Heimerdinger. Cada movimento dela era acompanhado por um olhar atento e cuidadoso.

— Você precisa relaxar, sabe? — Jinx provocou uma tarde, enquanto se sentava na cama com dificuldade, suspirando ao conseguir se acomodar. — Eu tô grávida, não morrendo.

— Relaxe você — respondeu Ekko com um sorriso, entregando a ela um copo de água antes de se sentar ao lado dela. — Só estou garantindo que você e o bebê fiquem bem.

— E garantindo que eu não me mova um centímetro sem supervisão — brincou ela, revirando os olhos.

Apesar das provocações, ela sabia que aprendeu a gostar daquela atenção. Ekko fazia tudo parecer tão seguro, mesmo quando ela se sentia um pouco perdida em meio às mudanças que seu corpo enfrentava.

Vi também era uma presença constante, embora à distância. Desde que descobrira sobre a gravidez, a irmã de Jinx parecia determinada a garantir que tudo corresse bem. Ela enviava mensagens regularmente, perguntando sobre o estado de Jinx e, claro, soltando suas ameaças habituais.

— Se você fizer alguma coisa errada, Ekko, eu juro que... — Jinx leu a carta da irmã, imitando a voz de vi.

— Eu sei, eu sei — respondia ele com paciência, ouvindo mais uma das mensagens de voz de Vi. — Vou tomar ainda mais cuidado.

Jinx ria dessas trocas de ameaça.

— Você é o único que ela ameaça com tanta frequência e ainda gosta disso.

— É o preço de amar a irmã dela, eu acho.

Enquanto isso, a ansiedade pelo nascimento crescia a cada dia. Heimerdinger já havia garantido que tudo estava bem com o bebê, e que Jinx estava saudável, mas ela não conseguia evitar a inquietação.

— Você acha que vai ser muito difícil? —  ela fala enquanto os dois estavam deitados na cama, com Ekko acariciando sua barriga suavemente.

— Difícil? — Ele refletiu por um momento antes de responder. — Talvez. Mas acho que vai valer a pena, sabe?

Jinx assentiu, sentindo os movimentos suaves do bebê sob a mão dele.

— Parece estranho. Tipo, eu nunca pensei que chegaria tão longe.

Ekko inclinou-se para beijar a testa dela.

— Você é mais forte do que acha, Faísca. Vai dar tudo certo.

Os dois compartilhavam esses momentos frequentemente agora, cada um encontrando conforto no outro enquanto aguardavam o dia que mudaria suas vidas para sempre. Embora houvesse preocupação e nervosismo, havia também algo mais forte: a esperança e a alegria de saber que estavam prestes a se tornar uma família completa.

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Ekko desceu as escadas silenciosamente, tomando cuidado para não acordar Jinx. A casa estava tranquila, mas ele sentia o peso da ansiedade em seus ombros enquanto caminhava até a cozinha para beber um pouco de água. Ele estava exausto, mas sua mente ainda estava inquieta.

Quando chegou à cozinha, notou um pequeno envelope sobre a mesa. Era um papel dobrado, com o nome dele rabiscado na caligrafia meticulosa de Heimerdinger. Ekko franziu o cenho enquanto pegava a "carta".

"Ekko, precisamos conversar. É urgente. Venha o mais rápido possível. — Heimerdinger."

Sem pensar duas vezes, ele colocou a carta de lado e se apressou a sair, queria voltar o mais rápido possível, não gostava da ideia de Jinx ficar sozinha. O tempo estava fresco, mas Ekko mal notou o clima enquanto corria pelas ruas desertas, sua mente cheia de perguntas. Quando finalmente chegou ao laboratório de Heimerdinger, ele entrou sem cerimônia, encontrando o velho cientista sentado calmamente, ajustando algumas ferramentas.

— O que foi tão urgente assim? — Ekko perguntou, tentando controlar a respiração. — Algum problema com Jinx ou o bebê?

Heimerdinger olhou para ele, ajustando seus óculos.

— Não é exatamente um problema... mas sim algo que você precisa saber.

Ekko cruzou os braços, claramente impaciente.

— Fale logo.

— A gravidez de Jinx... — começou Heimerdinger, escolhendo as palavras com cuidado. — Digamos que ela trouxe algumas consequências inesperadas.

— Que tipo de consequências? — perguntou Ekko, franzindo o cenho.

— Estourou a bolha, por assim dizer. — O cientista suspirou. — As buscas por Jinx diminuíram consideravelmente nos últimos meses. Parece que as pessoas acreditam que, com ela grávida, ela não representa o mesmo "perigo" de antes.

— Isso é... bom, eu acho — disse Ekko, embora houvesse preocupação em sua voz. — Mas e depois?

— Quando os bebês nascerem — disse Heimerdinger, colocando ênfase na palavra — a atenção sobre ela provavelmente vai voltar, e talvez de forma mais intensa.

Ekko congelou, piscando enquanto processava o que havia acabado de ouvir.

— Espera aí... você disse bebês?

— Sim, claro — respondeu Heimerdinger casualmente, como se fosse uma informação óbvia.

— Bebês? No plural? — Ekko repetiu, a voz subindo. — Você tá me dizendo que são dois?

Heimerdinger olhou para ele com uma expressão ligeiramente confusa.

— Oh, é verdade, eu devo ter esquecido de mencionar isso antes. Sim, são gêmeos.

A paciência de Ekko se esgotou naquele momento.

— Esqueceu de mencionar?! — Ele jogou as mãos para o alto, claramente irritado. — Como você esquece de dizer que são dois bebês? Isso não é uma informação pequena, Heimerdinger!

O yordle ajustou os óculos novamente, parecendo um pouco desconfortável com o tom elevado de Ekko.

— Eu sou um cientista ocupado, Ekko. Às vezes as coisas passam despercebidas. Além disso, achei que fosse óbvio pelas imagens das consultas.

— Óbvio? Você acha que eu sou médico ou algo assim? — Ekko balançou a cabeça, incrédulo. — Isso não é algo que você simplesmente deixa pra depois!

Heimerdinger abriu as mãos em um gesto apaziguador.

— Bem, agora você sabe. E isso é o que importa.

Ekko esfregou o rosto com as mãos, tentando acalmar os nervos.

— Dois bebês... — ele murmurou para si mesmo. — Jinx vai surtar quando souber disso.

— Ela é mais forte do que parece — disse Heimerdinger, sua voz voltando a ser calma e reconfortante. — E ela terá você ao lado dela. Isso faz toda a diferença.

Ainda frustrado, mas ciente de que precisava voltar para casa, Ekko deu um longo suspiro antes de se virar para ir embora.

— Isso ainda não tá resolvido, Heimerdinger — ele disse por cima do ombro, enquanto saía.

Heimerdinger apenas sorriu levemente, voltando ao seu trabalho.

Ekko correu de volta para casa, com a mente a mil. Dois bebês. Ele precisava contar a Jinx, mas... como ela reagiria? O peso da notícia se misturava com o alívio de saber que, apesar de tudo, eles estavam bem. Dois. Eles seriam pais de dois.

Quando chegou em casa, Ekko entrou silenciosamente, encontrando Jinx ainda dormindo. Ele se sentou ao lado dela, observando-a por um momento, e a única coisa que conseguia pensar era:

— Isso vai ser uma loucura. Uma linda, complicada e incrível loucura.

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Gente a próxima fic deles vai ser um enimes to lovers em outro universo!!

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⏰ Última atualização: 13 hours ago ⏰

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