Visão Duda
Sim, eu transei com a Luísa. E o pior? Eu fiz isso pensando nela. Naquela mulher linda, incrível, uma musa que encanta todos por onde passa. Isso só confirmou o que eu já suspeitava: eu estava apaixonada por ela. Como não estar, né? Ela é literalmente a Sofia Santino.
Mas, infelizmente, tudo o que aconteceu com a Luísa foi um erro. Além de tudo, ela começou a me tratar como namorada, querendo ir a todos os rolês comigo, e eu, como uma idiota, não consigo cortar isso. A única coisa que eu queria agora era estar nos braços de Sofia, beijando-a como se o amanhã não existisse.
Em todas as resenhas que meus amigos fazem, tento não ir com a Luísa, mas ela sempre acaba indo. E esse não é nem o maior problema. O pior é que, em todos os lugares que frequento, eu nunca cruzo com a Sofia. Nunca! Nos rolês em que vou, ela não vai, e nos que eu não vou, lá está ela. O destino, meu amigo, é uma merda.
Agora, enquanto me arrumava, pensei: "Hoje, as coisas vão ser diferentes." O pessoal da Hype Casa disse que todos confirmaram presença, e pela primeira vez eu teria a chance de ver a Sofia. Só que, claro, a Luísa não ia me largar.
Escolhi um look simples: saia preta e blusinha branca, maquiagem discreta com um delineado marcante. Ia sozinha de Uber, planejando me encontrar com o pessoal lá.
Quando cheguei na balada, uma nova energia tomou conta de mim. A música alta, a pista de dança lotada, o ambiente vibrante... Tudo me fazia querer dançar até o último suspiro. Pessoas lindas por todo lado e o balcão de bebidas estava repleto de opções. O barman, com um terno sem blazer, trocava algumas palavras com o Marcus — esse não perde tempo, sabia?
Me aproximei do grupo e meus olhos começaram a procurar a Sofia. Mas, como sempre, ela não estava lá. Só consegui me distrair quando Caick veio até mim, me dando um beijo na bochecha.
— Oi, amiga! – disse ele, com aquele sorriso que só ele tem.
— Oi, amigo! – respondi, retribuindo o gesto.
— E aí, Duds! – Pablo me cumprimentou, e não pude deixar de reparar nas mãos dadas dele com Caick.
— Oi, Pablete. Então, vocês voltaram, né? – perguntei, rindo.
— Ele vai, mas sempre volta, amiga – Caick disse, arrancando risadas de mim.
— Ei! – Pablo reclamou, batendo no braço de Caick. – Foi você que veio atrás de mim!
— Para a gravação – Caick disse, rindo e fazendo um gesto dramático com as mãos.
O clima estava leve, até que, de repente, o "espírito obsessor" da Luísa apareceu. Ela colocou a mão na minha cintura e me deu um selinho, como se tudo estivesse bem entre nós.
Mas não era. Tudo o que eu conseguia pensar era em Sofia. E, finalmente, ela chegou. A mulher dos meus sonhos. Ela estava deslumbrante. Usava um vestido vermelho colado, com um pequeno decote que deixava à mostra o que eu chamaria de "peito perfeito". O vestido realçava suas curvas de maneira única, e seu cabelo estava levemente ondulado. A maquiagem, simples, mas com um delineado que, honestamente, parecia ter sido feito por anjos.
Eu não conseguia disfarçar. Meus olhos a seguiam, loucos, sem saber se olhavam para seus olhos, sua boca ou para o decote que deixava o resto do mundo em segundo plano. Ela me enlouquecia com um simples olhar, sem sequer dizer uma palavra. Eu sentia como se minha imaginação estivesse sabotando cada parte do meu ser.
Prometi para mim mesma que não beberia, mas, a essa altura, se sóbria eu já queria agarrar seu pescoço e beijá-la até perder o fôlego, imagine quando eu estivesse bêbada. Eu sabia que, se isso acontecesse, não haveria volta.
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O que nós somos? - Soarda
FanficTudo o que esta escrito é oque basicamente queriamos que estivesse acontecendo. O ponto de partida da historia é quando a Sofia, em um pograma, coloca a mão por debaixo da mesa, na perna de Duda.