Eu, diabo

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Aviso: esse capítulo contém gatilhos de tortura e violência.

Aviso: esse capítulo contém gatilhos de tortura e violência

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Tom Kaulitz

Dou uma longa tragada no cigarro, terminando de analisar os documentos e conferindo as informações impressas na última página do amontoado de folhas. Informações que poderiam me levar a descobrir o que aconteceu com Gustav e onde ele estava escondido, ou melhor, quem o levou e onde o prenderam. Fecho a pasta e a coloco sobre a mesa de vidro posicionada entre mim e a mulher sentada na outra poltrona.

- Interessante. - digo, voltando a me recostar - Me questiono como você sempre consegue essas informações.

Seus olhos azuis se apertam preguiçosamente e covinhas aparecem nos cantos dos seus lábios vermelhos.

- Não estou aqui para discutir sobre os meus métodos, Kaulitz. - ela cruza as pernas, fazendo a barra do vestido subir até o topo de suas coxas bronzeadas - Apenas fique satisfeito pelo fato de conseguir tudo o que você me pede.

Sorrio fino enquanto a fumaça branca saía da minha boca. Estalo os dedos, dando permissão para o samurai parado ao lado da porta. Ele atravessa a sala, passando pela poltrona da mulher que nem se incomoda em virar o rosto quando o homem coloca a maleta preta na mesa. Ela já sabia o que significava.

- Seu pagamento.

- Se importa?

- Fique a vontade.

Com um sorriso provocador de canto, ela se inclina exageradamente para frente e minha atenção cai nos seios fartos que estavam bem encaixados na profundidade do seu decote. Ela pega a maleta e a coloca sobre o colo, com dois cliques, noto seus olhos brilharem quando vários bolos de mil dólares ficam avista, seus dedos finos deslizando suavemente pelo couro.

Enquanto ela contava o dinheiro, desvio o meu foco para a lateral da sala, vendo através da parede de vidro estrategicamente colocada naquele ponto. Meu escritório ficava em um andar mais elevado do piso da boate, onde eu tinha a visão de todo o perímetro. Uma visão deslumbrante da corrupção humana. Observo, com satisfação, a destruição silenciosa. Jovens perdidos em um mar de autodestruição, buscando meios para escapar da realidade. E eu oferecia esse meio. 

Visualmente eram pessoas com uma energia eletrizante mas, na verdade, eram somente mentes vazias, olhos opacos, sorrisos falsos e risos forçados. Elas dançam e bebem sem perceber o penhasco no qual eu estou as empurrando. 

Dou uma tragada mais forte, sentindo a nicotina devastar meus pulmões. A destruição era um espetáculo.

O click da maleta sendo fechada chama a minha atenção.

- É sempre bom fazer negócios com você, Kaulitz.

Me coloco em pé, sendo acompanhado por ela. Pego o cigarro entre os dedos.

- Entre em contato assim que descobrir mais alguma informação. - estendo a mão.

Franzindo a testa, seu olhar desce até a minha tentativa de cumprimento.

Body Guard | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora