No luxuoso internato Batchelor Boarding, Annelise Hinsley e Henry Radley são jovens herdeiros que dominam o campus com sua riqueza e ambição. Entre festas extravagantes e rivalidades intensas, eles travam uma batalha pelo controle absoluto. Henry, o...
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• ᴘᴏɴᴛᴏ ᴅᴇ ᴠɪsᴛᴀ ᴅᴀ ᴀɴɴᴇʟɪsᴇ •
Assim que saí do carro, a visão da mansão ao longe me encheu de uma nostalgia melancólica. A fachada impecável, com colunas imponentes e janelas de molduras douradas, brilhava sob a luz do sol da tarde. Caminhei pelo longo caminho de pedras, sentindo o leve aroma das rosas do jardim perfeitamente aparado.
Empurrei a porta principal, que se abriu com um rangido sutil. O hall de entrada era exatamente como eu lembrava: um lustre gigantesco de cristal pendia no teto alto, espalhando reflexos brilhantes pelas paredes decoradas com pinturas clássicas. No centro, um vaso de mármore sustentava flores frescas, que emanavam um perfume doce e acolhedor.
Segui para a sala de estar, onde os sofás de veludo azul e a lareira de mármore pareciam tão imaculados quanto sempre estiveram. Meus dedos roçaram a prateleira de livros raros ao passar, enquanto meus olhos procuravam qualquer sinal de meu pai.
Continuei pela sala de jantar, uma peça quase teatral com uma longa mesa de madeira escura, cercada por cadeiras com entalhes intrincados. Ainda nenhum sinal dele. A cozinha, um contraste moderno com eletrodomésticos reluzentes, estava vazia, exceto pelo leve cheiro de pão assado, provavelmente deixado pela cozinheira nova.
Subi as escadas, o eco de meus passos preenchendo o corredor silencioso. Passei pelo meu quarto, mas não entrei; precisava encontrar meu pai primeiro. Então fui até o escritório dele. Ao abrir a porta, o aroma de couro e madeira envelhecida me envolveu, e o sol que entrava pelas cortinas abertas iluminava os móveis luxuosos.
— Ella! — A voz de Elphaba me assustou. Ela estava ao lado da mesa, arrumando algumas coisas.
— Oi! Onde está meu pai? — perguntei, tentando esconder a ansiedade em meu tom.
Ela parou por um momento, parecendo desconfortável.
— Ele teve que sair para uma viagem de última hora. Não voltará neste final de semana.
Meu coração afundou. Era o meu primeiro final de semana em casa depois do internato, e ele sequer havia esperado por mim.
— Entendi. — Respondi com a voz firme, embora o nó na minha garganta ameaçasse me trair. — Obrigada por avisar.
Elphaba hesitou, mas acabou saindo, me deixando sozinha no escritório. Sentei na poltrona de couro, tentando absorver a decepção. A casa que deveria me acolher agora parecia grande demais, vazia demais, sem ele.
Mas que se foda.
Saio do escritório e caminho diretamente para o meu quarto, sentindo a decepção pesar em meus passos. Assim que empurrei a porta branca, fui recebida por uma onda de nostalgia. O ambiente parecia intocado, um reflexo do que eu havia deixado anos atrás. As paredes em um tom suave de rosa eram iluminadas pela luz suave que entrava pelas cortinas de seda. Em um canto, o enorme castelo de brinquedo chamava minha atenção, ainda imponente e encantador. Eu costumava me perder em histórias de princesas e heróis com ele.