- Olha para mim Juliette... - Rodolffo pediu quando a viu fechar os olhos.
Ela moveu-se e abriu os olhos, o encarando em seguida
- Eu quero muito mais de nós dois...
- Eu não sou uma cafajeste para você falar comigo daquele jeito... Não vou te usar.
- Só não quero que amanhã a gente acorde nessa cama e você diga que o sexo foi banal, continuando com a proposta de divórcio.
- Rodolffo eu te amo, mas doeu tanto ouvir você decidindo sobre a minha vida daquela maneira. Eu não sou um objeto seu.
- Eu sei... Sou plenamente consciente disso.
- O nosso jeito de começar foi muito errado, por isso que você me trata assim.
- Não foi, mesmo que pareça. O nosso encontro foi muito certo. Foi salvador. Mas realmente errei e confesso isso.
- Temos que amadurecer mais no nosso relacionamento... Se é que ainda temos um.
- Claro que temos. Para mim não terminou e quando eu vi você usar a nossa aliança hoje fiquei muito feliz.
Rodolffo segurou a mão de Juliette.
- Eu te amo e não vou desistir do nosso relacionamento. Enquanto eu viver...
- Você vai viver muito. Eu sei que não tenho muita credibilidade com Deus...
- Não diga isso...
- Mas eu peço a sua cura diariamente. Precisamos tanto de você.
- Eu também preciso tanto de vocês.
Rodolffo alisou a barriga de Juliette e depois beijou.
- Sou tão feliz por você ter me dado mais um motivo para viver.
Juliette segurou a mão dele e fizeram carinhos de dedos, sorrindo cúmplices. O beijo iria acontecer, mas o telefone de Rodolffo tocou, interrompendo o momento.
- É um dos meus médicos. - ele disse alarmado.
- Atende...
Rodolffo ficou uns dois minutos apenas no telefone e logo voltou para próximo de Juliette.
- O quê ele disse?
- Que precisa me ver o mais rápido possível. - a voz de Rodolffo ficou embargada.
- Não pense negativo.
- Eu quis saber o por quê e ele não me adiantou nada. Acho que não é uma boa notícia.
- Calma. Não adianta se precipitar. Amanhã vamos lá.
- Eu vou sozinho. Você está grávida e não quero que se abale.
- Não vou te deixar sozinho.
- Eu prefiro assim Juliette.
Rodolffo sentou na cama e logo começou a chorar. Juliette sentou por trás dele e lhe deu amparo.
- Eu não quero morrer. Não agora.
- Você não vai... - Juliette disse lhe cheirando. - O meu amor não vai morrer.
O choro dissipou-se e eles trocaram carinhos. Seguidos de beijos.
- No fundo eu sei que a minha família tem nojo de mim.
- Não diga isso, por favor.
- Mas eu sei que você não tem...
- Não há motivos para ter...
- Eu posso terminar muito mal...
- Shiii... Não fala. Não... Não.
Juliette foi abrindo a camisa que Rodolffo usava e ele sorriu. Com muito desejo e carinho eles se amaram enquanto a chuva ainda era intensa lá fora.
- Seja o quê seja, nós estamos juntos, como uma família. - Juliette disse enquanto se aconchegou no abraço de Rodolffo.
...
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Suíte N°150
FanfictionEssa história traz a vida de uma advogada renomada, mas que tem um trabalho alternativo nas noites cariocas.