Day three

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Eu estava com um mau humor inexplicável, nem mesmo Louis poderia fazer-me bem hoje. Suspirei fundo e levantei-me do sofá onde dormia, me espreguiçando e ouvindo minhas costas estralarem. Exatamente o barulho que você ouve quando está quebrando as costelas de alguém.

Sorri ao lembrar-me da cena tão boa que foi matar a minha primeira vítima, um homem muito mais velho, um pedófilo. Ajudou-me somente para abusar de mim. Ao menos consegui esperar os trinta dias, quando o homem tentou me beijar eu não pude segurar meu impulso e o matei. Tirando todos os seus membros foras, inferiores e superiores. Até mesmo o membro que ele queria pôr dentro de mim.

Ele gritava enquanto eu chutava suas costelas e as quebrava uma por uma, foram vinte e quatro costelas, doze de cada lado. Seu grito agonizante e ensurdecedor era como música para os meus ouvidos. Eu ia à loucura ouvindo-o gritar.

Então passei a levar isso para a vida, às vezes até mesmo ganhando dinheiro à custa de outra pessoa. Mandava-me matar alguém, eu fazia.

Não havia remorso, não havia culpa. Isso me fazia bem. Matar pessoas. As assistir gritando e implorando pela sua vida trazia uma paz para minha mente.

Uma paz que eu jamais havia sentido antes.

Olhei-me no pequeno espelho do banheiro e sorri. Quem diria que um menino com um rosto tão angelical se tornaria um serial killer, não é mesmo?

Bem, os que parecem santos são os que você mais deve temer.

Ninguém nunca imaginou que aquele menino chorando e largado em um circo abandonado seria quem acabaria com sua vida. Ninguém nunca imaginou que por baixo dessa faixada de bom moço, eu tinha planos e não eram bons.

Depois da quarta vítima acabei percebendo que o prazer é maior quando dura mais, então estipulei um tempo para ficar com a pessoa antes de mata-la. Comecei com quinze dias e aos poucos foram aumentando, até um mês inteiro.

Era sempre bom ver as pessoas acreditando que eu realmente as amava e que nós iriamos formar uma família juntos. Na verdade, era hilariante. No final todas sempre ficavam assustadas e surpresas, falando como pensavam que eu era um bom menino.

Mas ei, eu sou um bom menino. Para mim, é claro.

- Harry? - Bufei. Esse menino de novo não.

- Banheiro!

Louis foi a pessoa que me aproximou a um sentimento. Eu nunca havia amado alguém.

Meu pai era um cafetão viciado em jogos, minha mãe uma prostituta. Eu vivi com eles somente por apenas seis anos e depois comecei a me virar sozinho. Não foi uma infância boa.

Claro que eu não amava Louis, nem perto. Eu ao menos acredito nesse sentimento tão conhecido pelos outros. Para mim é algo idealizado, algo que as pessoas criam para fugir da realidade que tanto nos destrói aos poucos. É apenas uma idealização de que quando você achar o amor, você será feliz.

Eu não achei o amor. Eu achei a vingança. A vingança é, sim, algo real e concreto.

Mas ele havia me atraído e isso jamais havia acontecido. Todas as pessoas são entediantes e cansativas, repetitivas. Todas as meninas atiradas e os homens só querendo sexo.

Posso dizer que no momento estou me encaixando nessa definição de homens. Eu quero, loucamente, foder Louis Tomlinson. Quero sentir todo seu corpo e ouvi-lo gemendo alto meu nome. Quero aquela linda - e grande - bunda com meu membro dentro.

E mata-lo.

Talvez por um mês ele possa ser meu escravo sexual, já que com a Taylor nem tentei. A mulher me dava nojo, seus lábios me faziam querer vomitar.

Os lábios de Louis são tão beijáveis, seu beijo provavelmente é inesquecível, seus dedos são tão tocáveis. E seus olhos são irresistíveis.

Talvez esse menino me livrasse da tortura pela abstinência de sexo.

Ele só precisava se comportar bem e ele seria um príncipe na cama. Se ele se comportar mal e eu não esperarei os trinta dias.

Sai do banheiro e dei de cara com Louis usando nada mais que uma boxer.

Puta que pariu.

- Eu disse: sem atrapalhar minha vida. Eu andava assim antes, vou andar assim agora.

Meu queixo já estaria no chão se eu não soubesse muito bem como manter minhas emoções camufladas. Por dentro eu estaria surpreso e excitado, por fora apenas uma cara branca; nenhuma expressão.

- Não falei nada.

Voltei para o sofá e estralei minhas costas novamente.

- Dói?

- As costas? - Me virei para ele e o vi assentir.

- Sim.

O pequeno menino andou em minha direção, largando a xícara de chá na mesa central da sala e parou em minha frente.

- Deita. Barriga para baixo.

Fiz o que ele me mandou, um tanto relutante e ele subiu encima de mim. Meu corpo inteiro arrepiou-se quando suas mãos começaram a massagear minhas costas. Ele era bom no que estava fazendo, suas mãos eram ágeis. Talvez fossem para outra coisa também.

Mordi meus lábios para comprimir um gemido pensando em suas delicadas mãos massageando outro lugar sem ser minhas costas.

Seu membro acariciou minha bunda e novamente mordi - com mais força - meus lábios. Suas mãos iam a meus ombros e desciam até as covinhas que havia abaixo de minha espinha. Ele massageava com cuidado, como se eu fosse quebrar a qualquer instante. Mal sabia que o frágil dessa história não era eu.

Mas eu estava gostando de seu trabalho, estava me relaxando. Eu poderia dormir com Louis fazendo massagem em mim.

- Melhor? - Ele perguntou descendo de minhas costas.

Assenti para o menino e ele sorriu, levantei-me e ele sentou-se ao meu lado.

- Estou meio cansado. - Ele falou baixinho.

- Algum problema?

Por algum motivo, ainda não descoberto por mim, eu estava realmente preocupado.

Isso devia estar sendo apenas um teatro.

- Não sei, simplesmente não fechei os olhos.

Dei uma olhada nele e abaixo de seus olhos realmente tinham olheiras fundas, havia uma expressão cansada em seu rosto, como se ele houvesse chorado ao invés de dormir à noite.

Vi o pequeno menino levantar-se do sofá e colocar uma série na televisão para assistirmos. O nome era Friends.

- É boa? - Perguntei baixinho.

- Você nunca viu Friends? - Neguei com a cabeça. - Não vai se arrepender.

Ele sorriu novamente, dessa vez com mais convicção e as belas rugas abaixo de seus olhos ali estavam.

No meio do terceiro episódio da série - que era realmente engraçada - senti um peso em meu ombro e olhei para o lado.

Louis dormia apoiado em meu ombro, com sua boca entreaberta para melhorar a respiração, seus olhos levemente fechados e seus longos cílios à mostra.  O puxei para mais perto, colocando sua cabeça em meu peito. Ele soltou um leve resmungo e me abraçou com seus curtos braços, logo voltando a dormir.

E por um momento eu não pensei em mata-lo. Eu só queria curtir o momento de estar protegendo e não ameaçando uma pessoa. Então também dormi com Louis em meus braços e comigo nos braços dele.

N/A: O que eu tenho pra falar? Acho que nada! MAS CINCO A UM PRO GRÊMIO! Crush colorado está sofrendo em minhas mãos.

All the fucking love. Shuli, Xx.

circus » larryOnde histórias criam vida. Descubra agora