Olívia, herdeira de uma empresa em crise, é forçada a casar-se com Cristian, um homem enigmático com conexões obscuras. A pedido de sua mãe, ela sacrifica sua liberdade para honrar a memória do pai. No entanto, Cristian esconde segredos sombrios e s...
"...Minhas inseguranças me cercam como leões na cova
E eu sinto que estou perdendo o contato com o que sou novamente
Lentamente, eu me lembro porque não posso fingir
Que eu nunca penso em você
Em todo esse silêncio gritante...
Então você não vai se apaixonar por mim, você não vai se apaixonar por mim?
Através de uma existência fragmentada, você não vai se apaixonar por mim?..."
Aviso: Hot ❤️🔥
POV CRISTIAN.
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Às vezes eu me pego pensando quando tudo mudou, quando eu comecei a me importar tanto? No começo seus olhos verdes e assustados eram o que me deixavam extasiado e animado de alguma forma, algo como, "isso me divertirá até meu trajeto final", mudando para seu sorriso meigo e sua relutância em me ter por perto como se eu fosse uma doença contagiosa, até finalmente acontecer nossa primeira noite.
Acho que ali, de fato, eu senti como se tivesse girado uma chave dentro de mim, mas não totalmente. Eu ainda não tinha me dado conta.
Eu ainda estava disposto a continuar com todo o meu plano, negando com todas as forças que eu estava nutrindo sentimentos por ela. Todos os dias de alguma forma eu ainda tento dizer a mim mesmo que é ilusão, algo que inventei mas, ao vê-la, ao tocá-la e ver seu lindo sorriso, me faz ter certeza de tudo, de tudo e mais um pouco.
Então, vê-la quieta nesse instante há mais de meia hora no carro me deixa inquieto e preocupado.
Nem que fosse pra ouvir suas palavras carregadas de ódio, eu queria, assim eu estaria ouvindo sua voz. Mas eu não sei o que ela ouviu na porta daquele quarto, eu nunca a vi tão tensa, eu posso não a conhecer direito ainda, mas sei quando tem algo de errado, principalmente com ela. E naquele momento meu instinto protetor disse que algo estava errado e eu fiz o que era certo a se fazer.
Eu não a questionei, não ainda. Estou dando seu tempo, mas não gosto de ver seu olhar vazio, pensei que enquanto estivéssemos na estrada, poderíamos conversar mas ela está estática. Respiro fundo enquanto olho para a estrada reta que se segue em nossa frente, o breu da noite nos cerca e apenas as luzes de postes iluminam o caminho, mostrando uma leve chuva que se inicia. Finalmente levo minha mão até sua perna fazendo um leve carinho, no entanto, ela sequer se mexe.
— Olívia — Falei baixo — Quer me contar o que houve?
Silêncio foi tudo o que recebi, ela soltou apenas uma respiração pesada, quase dolorosa, sua mão pousou sobre a minha e ela balançou a cabeça em negativa, olhei rapidamente para seu rosto e vi quando uma lágrima caiu. Apertei o volante com força, detestava me sentir assim, inútil, eu queria ajudá-la, mas como ela não queria me dizer, apenas continuei o carinho em sua perna.
