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"Tudo o que eu quero é te conhecer de um jeito que ninguém mais já te conheceu. Quero saber o que você faz ao acordar e ao dormir, os rituais simples que tornam seus dias únicos. Quero descobrir o que você gosta de comer no café da manhã, o sabor que desperta o seu sorriso. Quero entender o tipo de roupa que te faz sentir confortável, ou poderosa. Quero mergulhar nos teus pensamentos, descobrir o que faz teu coração bater mais rápido, o que faz teus olhos brilharem, o que arranca o teu sorriso. Quero conhecer as pequenas coisas que te deixam triste e as que te fazem feliz, os detalhes que poucos percebem. Quero saber sua comida favorita, os lugares que te fazem sentir viva, e quem sabe, me tornar parte disso tudo."
HEITOR 🥷
Heitor: Eu acho que a gente já falou tudo que competia certo ?.- olhei pra ele empurrando o copo um pouco pra frente e engoli a saliva querendo meter o pé dali.
Aquela conversa já estava tomando outro rumo. Minha cabeça estava a mil com tudo aquilo e ao mesmo tempo eu temia ouvir o que ele podia falar. Tava bom do jeito que tava, a gente não precisava mais mexer nisso.
Zé: Tu acha que a gente já falou sobre tudo Heitor ?.- ele me olhou cruzando os braços e ele coloquei a mão na cadeira pra levantar olhando pra ele por alguns segundos.- Se tu quiser ir pode ir, não vou te segurar não. Mas a verdade é só uma, e uma hora tu vai ter que ouvir..
O que ele queria falar do meu pai uma hora daquela ? Ele num tinha moral pra falar porra nenhuma, e eu não ia ficar pagando de doido pra ele. A gente podia manter o respeito, a civilização e essas paradas, não por mim, mas pela branquela lá. Mas agora fingir que ele não é quem é e que não fez o que fez ? Não tenho esse sangue de barata.
Zé: Tu tem dúvidas sobre o que tu já ouviu.. se tu não tivesse tu já não tava mais aqui..- ele falou como se pudesse ler minha mente e eu engoli a saliva sentindo raiva. Filho da Puta!
Eu não tinha que ter dúvidas de porra nenhuma! E caralho, o que eu ainda tava fazendo ali...
Heitor: Tu quer falar ?.- olhei pra ele sentando de novo.- Então fala, tamo aqui não tamo ? Tu sempre soube onde eu tava, tu sempre soube o que eu sabia, minha irmã vivia na tua casa, e tu nunca me procurou pra falar nada. Então eu realmente acho que não tem o que falar. A verdade é uma, e a gente sabe qual é.- falei olhando no olho dele e senti os músculos do meu corpo contraírem.
Eu realmente não sabia o porque ainda estava ali. Porque de alguma forma eu queria ouvir o que ele tinha pra falar. Mas era como se alguma coisa lá dentro de mim me fizesse ficar, como se algo me segurasse ali. E não tinha nada, não tinha nada nem ninguém me prendendo ali. Eu sei o que eu sempre senti por ele depois de ouvir esse tempo todo que meu Pai morreu por causa dele. Isso sempre foi motivo o suficiente pra me manter longe, e agora eu tava ali.