—Meu Deus Bia, onde você se meteu. — Dona Lívia grita a me ver entrando pela porta do motel, o que ela estava fazendo aqui em pleno ao sábado. —Flavio, ela chegou. —Flavio entra no saguão correndo e me abraça e rodopia.
—Bia, Bia, o que a senhorita aprontou esta noite em, saiu com algum gostoso e nos deixou para trás né. Quem foi que disse que essa menina é bobinha.
—Não é brincadeira Flay, imaginei todo tipo de atrocidades com essa menina, e se ela tivesse sido assaltada, ou se perdido ou tivesse sido estuprada e morta. —Flavio e eu trocamos um olhar confidente quando Dona Lívia mencionou estupro. A senhora esta tão distraída e tagarelando que nem notou quando fiz menção de ir para o quartinho nos fundos.
—Mãe vou acompanhar a Bia até seu quarto, quando ela descansar te explica o que aconteceu.
—Esta certo meu filho, Bia não se esqueça que seu turno hoje começa as dezoito horas viu mocinha.
—Claro Senhora. —Com passos largos fui para o meu quarto, tirei os saltos que estavam matando os meus pés, e deitei.
—Pode começar a falar pequena. Não omita nenhum detalhe o que aconteceu com você. — Flavio estava empoleirado na cama ao meu lado, seu sorriso brilhante indicava que seu entusiasmo estava em alta naquele momento.
—Esta preparado para as novidades. —Fiz um gesto de calma para ele.
—Preparadíssimo, pode me contar tudo, te procuramos depois que disse que precisava de descanso, e não encontramos você.
—Flay, conheci um cara ontem.
—Isso é óbvio né gata, como você teria conseguido esse brilho no olhar se não fosse um homem.... a não ser se fosse outra mulher.
—Não é nada disso.
—Como assim, não saiu com um cara ontem.
—Deixa-me te explicar e fica quieto. —Comecei a narrar o que aconteceu na noite anterior, de como Thiago se aproximou de mim, de como fui idiota ao perguntar aonde ficava o banheiro e do homem nojento que tentou me beijar, da forma que ele me tirou dos braços dele, me levou para fora da boate e logo depois me levou para sua casa.
—Você entrou no carro dele, foi para casa dele e nem o conhece, menina louca.
—Na hora eu não pensei nisso, só queria sair daquele lugar, então aceitei a carona. E quando cheguei lá, nos conversamos, e acabou rolando.
—Puta merda Beatriz, quem te viu quem te vê.
—E posso ser sincera com você.
—Deve, pode não, você deve. — Ele me olha implorando por mais informações.
—Nunca pensei que transar seria tão gostoso assim.
Passamos mais alguns minutos conversando sobre como a noite tinha sido, Thiago havia me deixado na esquina, não quis que soubesse aonde eu estava morando, ele havia me pedido o numero do meu celular, e eu inventei que não estava com o meu no momento e não tinha gravado o numero de cabeça. Flavio foi embora logo depois que entrei no banheiro. Liguei o chuveiro e deixei a agua quente relaxar meu corpo.
Com o pensamento naquela manha, a vontade de sentir a explosão de sensações voltou, com um pouco de receio comecei a tocar meus seios, passei sabonete por eles sentindo a amacies do meu próprio corpo, aquela sensação estava voltando aos poucos, como se o vulcão estivesse despertando para a vida. Meu ventre se contrai pedindo por mais. Passo sabão na minhas pernas subindo até o meu sexo. Não gostei da sensação que os pelos causaram. Peguei uma Gillette dentro do armarinho e comecei a trabalhar para retira-los dali.
Recomecei o processo de me ensaboar, sem os pelos minha intimidade estava mais receptiva para mim.
—Ah. —Solto um gemido quando o prazer começa a ficar intenso. Faço movimentos circulares em meu clitóris, a agua quente ajuda a intensificar o prazer, aumento os movimentos até que chego ao clímax.
***
Alguns meses depois
Parada próxima a entrada da casa noturna observo Flavio e Juliana juntos, Juliana havia começado a frequentar as mesmas baladas que eu e Flavio, visto que os dois já eram conhecidos quando eu entrei para a turma, raramente saiam para os mesmos ambiente, Flavio sendo Gay, não costumava ir para balada GLS e Juliana sendo bissexual preferia baladas que pudesse encontrar uma menina para saciar seus desejos pelo mesmo sexo. Esta noite resolvemos ir para um lugar distante na zona sul, sinceramente nem me preocupei em saber o nome do lugar, basta saber que eu poderia me divertir e deixar o trabalho para trás, nas ultimas semanas tenho feito algumas entrevista de emprego, mais até agora nada de novo havia surgido.
—Bia vamos. Já compramos a nossa entrada. —Juliana me chama e eu os sigo para a fila da boate. Esta noite não estou tão animada quando as anteriores, Dona Lívia estava indo a falência, Denise havia pedido demissão e arrumará outro trabalho como recepcionista de um hotel quatro estrelas na parte mais nobre no bairro. E eu ainda estava no quartinho dos fundos por falta de oportunidade melhor.
—Ei terra chamando Bia, acorda menina, esta pensando em que. —Flavio me tira dos meus pensamento estalando os dedos em minha frente.
—Em nada meu lindo, vamos esquecer os problemas e nos divertir. — Disse há ele e fomos ao bar comprar bebidas, desde a minha primeira balada, Flavio Juliana e eu saímos todas sextas feiras, sabendo da minha condição financeiras, sempre procuramos lugares nas quais mulheres são vips até um determinado horário, e as bebidas ficam por conta deles, já que eu não sou de beber muito.
Toda vez que saio de alguma casa noturna, estou acompanhada por algum rapaz, sempre procurando uma forma de saciar meus desejos por sexo, nunca mais me encontrei com Thiago, na verdade estava evitando voltar para a mesma casa que nos conhecemos.
—Vamos dançar Bia.—Juliana se inclina para mim e grita para que eu pudesse ouvi-la.
—Claro Ju, Flay segura meu copo por favor.
—Enquanto vocês dançam eu procuro uma mesa vazia próxima a pista de dança.
Juliana e eu começamos a fazer o mesmo processo de sempre, dançávamos sem se preocupar com quem estava olhando, ela havia me ensinado alguns movimentos, como jogar o cabelo e ser sensual sem ser vulgar numa pista de dança. E eu tentava fazer tudo da maneira correta.
—Ora ora, senhorita vermelhinha, então é aqui que esta se escondendo.—Ouço uma voz atrás de mim, não precisei me virar para saber quem era, afinal, de todos que já dormi nestes últimos meses, somente um me chama de senhorita vermelhinha.
—Ola Thiago. —Viro-me para encara-lo e dou de cara com ele e uma mulher incrivelmente linda e loira, digna de capa de revista sorrindo para mim.
*****
Cap antecipado.... Próximo na sexta feira...
aguardando ansiosamente :)
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Diários secretos
RomansaOBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - PLÁGIO É CRIME! Beatriz não sabe o que significa amar, ou ser amada. Não sabe o que é uma família, depois de uma grave acusação é expulsa de casa e não sabe para aonde ir. Aos...