As vezes, um coração gelado somente precisa de um pequeno e brilhos sorriso.
Nova ciclo dos shifters....
1 Meu doce veneno
2 Nossa gatinha
3 Minha pequena
4 Minha
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Assim que chegamos na empresa, solto um suspiro e rezo baixinho pedindo que dê tudo certo e o contrato seja fechado. Olho em volta e vejo muitas mulheres brancas, loiras e olhos claros, sendo quase a maioria, se não tivesse mais homem que tudo nesse lugar.
Aqui é bem padrão e estava me sentindo estranha com tantos olhares na minha direção. Levo minha mão para cima na intenção de prender meu cabelo, mas Gustavo segura me impedindo.
-- Já disse que vai ficar careca de tanto que prende esse cabelo. – Resmungo. – Não é por mau que eles encaram.... Como pode ver, somente tem branquelos aqui. – Diz baixinho, mas acho que ele esquece que eles não entendem a gente.
-- O senhor é branco também, é loiro, olhos claros e ... – Tampa minha boca.
-- Esqueça esse fato. – Dou risada baixa.
Falamos com a recepcionista e subimos para o andar que foi dito a gente, e para não nós atrasar, fomo de elevador e fecho os olhos, mas os abro quando sinto segurar a minha mão.
-- Estou aqui. Se essa bagaça quebrar e parar, abro um buraco para você sair. Eu me sacrifico para o seu bem. – Rio e ele faz o mesmo, passando a mão em meu cabelo.
Quando a porta se abre, arregalo os olhos vendo o tanto de pessoa andando de um lado para o outro, falando um pouco alto, em pé atendendo telefonema e sei que se fosse na empresa do Gustavo, ele surtaria e daria uma palestra de bom comportamento para todos.
-- Perdeu uns pontos comigo já. – Reclama seguindo em frente. – Nem uma secretaria veio falar com a gente. Ainda bem que a minha é a melhor. – Me encara e pisca. – Acho que a gente mesmo terá que ir até o cujo. – Confirmo.
Seguimos reto e vejo um aporta preta escrita em dourado e alguns detalhes em branco o nome do empresário que iremos conversar, ou não, se tiver mais algum erro e Gustavo jogar todo para os ares. Não seria a primeira vez fazendo isso.
Ele já não assinou um contrato de milhões com uma empresa, pelo simples fato que não gostou do modo que o dono falou comigo, disse que foi grosso e me encarava muito de cima a baixo.
O outro foi por não gostar da decoração do prédio do moço e disse isso bem na cara dele. Disse que ele tem mau gosto, para alguém que trabalha naquele ramo.
Fiquei com dó esse dia.
Bato na porta e uma voz abafada manda entrar e quando abro a porta, vejo um homem grande e de cabelo branco, olhos claros e sentado, na verdade ele estava sentando e levantando com papeis na mão, analisando detalhadamente pelo que via e fazia umas caretas engraçadas.
-- Isso aqui está horrível, quem fez? Uma criança de cinco anos? – Pergunta para si só e joga a folha no chão e vejo que é um lindo desenho de um vestido. – Esse dá para o gasto. Esse faz minha querida avó se remexer no tumulo e .... O que você está fazendo aí parada, querida? É a nova estagiaria? Chegou na hora, gosto de pontualidade. Já que chegou, arrume aquela pilha de papeis ali para mim. – Manda ainda analisando os papeis e quando vê que continuo parada, olha para mim.
-- Ela não é estagiaria. É minha secretaria e pelo jeito que estou vendo, vim aqui para nada. – Gustavo diz bufando.
-- Você ééé..... – Mexe a cabeça em círculos e do nada estrala os dedos. – Ah, sim. É o Gustavo Salles. Me perdoe pela bagunça, hoje está impossível e a minha secretaria resolveu engravidar, estava muito enjoada e foi para casa, mas enfim. Sente-se por favor. – Pede e olho para o meu chefe, pedindo para ele ter paciência e escutar, somente com o olhar ele concorda e vai.
-- Podemos começar, né. – Abre o palito e se senta.
Arrumo o meu sobretudo que Gustavo comprou para mim e me sento no sofá que ali tem, observando os dois conversando.
(....)
Me levanto e aviso que irei pegar café para os dois e mesmo relutante de me deixar sair sozinha, Gustavo concorda e o senhor Liam me explica onde tem um lugar para comprar café.
Saio da sala, vendo que tudo estava menos barulhento e desço as escadas, não ligando de descer uns dez degraus, ou até mesmo mais. E quando chego na recepção, saio do prédio e olho em volta, vendo todos andando calmamente.
Ando alguns prédios a frente e vejo a confeitaria e assim que entro, vou direto no balção e peço dois cafés, um sem açúcar e o outro com adoçante.
Sorrio para moça quando ela me entrega, dou o dinheiro e suspiro ao sentir minha mão esquentar pelos conteúdos ali dentro estarem quentinhos. Minhas mãos já estavam congelando nesse frio. Quando sai da loja, começo a andar tudo de volta e tomando cuidado para não derramar em mim mesma, não prestando atenção a minha volta que já estava ficando vazio.
Sinto uma sensação estranha e ao me virar um pouco para trás, tomo um surto com um homem atrás de mim e sinto quando ele encosta algo em minha costa.
-- Grita que furo você todinha. – Diz e arregalo os olhos. Ele começa a me conduzir para um lado totalmente diferente do que estava indo e para em um beco, e vejo que tinha mais um homem ali fumando. – Falei que conseguiria. – Diz triunfante.
-- É mais gostosa de perto. – O outro se aproxima e coloca sua mão no meu rosto apertando.
Começo a sentir meus olhos lagrimejando e a primeira lagrima começa a rolar, o que faz o homem que estava atrás de mim puxar o meu cabelo para trás.
-- Não começa com essa choradeira. – Manda irritado e largo o que estava na mão, segurando o seu pulso para não puxar mais.
-- Po-por favor... – Peço e ele sai me arrastando mais para o fundo, abrindo uma cerca falsa que ali tinha e me passa com brutalidade.
Com um carro velho logo a frente, ele me joga dentro e entra, com o outro homem entrando ao meu lado e me puxa para si, me beijando a força. Bato nele para me soltar, o que não acontece e mordo seus lábios.
-- VADIA! – Me dá um soco no rosto e ouço o outro rir enquanto dirige. – Vamos aproveitar muito de você. – Sorri de lado.
-- Não .... Por favor. – Peço novamente, entrando em desespero e começando a falar alto, o que faz ele puxar o meu cabelo e tampar minha boca e nariz, me tirando o ar e bato em sua mão, perdendo as forças aos poucos.
No desespero, mordo a mão dele e o mesmo se irrita começando a me bater e tento me defender como podia, mas nada adiantava muito e me sentia começar a ficar tonta e liquido descer pelo nariz e lábio. Meus olhos vão se fechando, minha mão cai para o lado e piscava lentamente, sentindo ele me jogar para o lado e bato o rosto na porta do carro. O que eles vão fazer comigo?
(......)
Acordo me sentido dolorida, meu rosto ardia e estava me movimentando para cima e para baixo deitada, meu corpo estava gelado e algo adentrava em mim me machucando. Olho ao redor, vendo que parece um galpão e minhas roupas estavam ali jogadas, meu celular no chão tocando e conseguia ver, mesmo um pouco embasado, o nome do Gustavo brilhando.
Solto um gemido de dor, olho para frente e arregalo os olhos vendo o mesmo homem que me bateu em cima de mim, também nu. Quando abre os olhos e me nota acordada, segura minha mandíbula e aperta, descendo para o pescoço me sufocando novamente e tento me mover, mas doía muito, principalmente o meio de minhas pernas, onde ele estava enfiado e novamente.... Novamente, eu apago, vendo tudo turvo e escuro