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Sinopse
Não é sendo egoísta, mas eu quero você unicamente, exclusivamente, absolutamente só pra mim! E a ideia de que outra pessoa possa possuir você, é como uma faca perfurando minha alma ....
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Hayden Christensen
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O painel estava indo muito bem. Desde a pergunta inesperada sobre o beijo mais marcante de Maitê, o clima havia alternado entre algumas descontração e momentos de seriedade, algo típico dos eventos assim. O local estava cheio, e a energia do público era muito contagiante. Os risos das brincadeiras entre o elenco de Chicago PD, House of the Dragon e agora com a chegada de Matthew Gray Gubler ecoavam no espaço, como se cada pessoa ali estivesse conectada.
Em uma harmonia única.
Eu me mantinha mais reservado, como sempre. Não que eu fosse tímido, mas gostava de observar. Às vezes, é nesses momentos de silêncio que você percebe o quanto as pessoas são apaixonadas pelo que fazem e pelo que representam para os seus fãs. Maitê, por exemplo, tinha uma conexão única com o público. Era natural, quase como se ela os entendesse em um nível que poucos conseguem. Ela riu de mais uma piada de Matthew, um humor bastante peculiar.
Que parecia quebrar qualquer formalidade.
O público adorava.
Entre uma pergunta e outra, o tempo passava rápido. Parecia que mal tínhamos começado, e já estávamos nos aproximando do final. Foi então que chegou a vez da última pergunta. A equipe do evento entregou o microfone a uma jovem garota na plateia. Ela parecia hesitante, mas determinada. Havia algo em seus olhos que chamou minha atenção imediatamente. Talvez fosse a vulnerabilidade, ou talvez a força que emanava de alguém que enfrentou.
Tempestades e, de alguma forma, sobreviveu.
— Oi, eu queria dizer algo para a Maitê... — a voz dela tremia, mas continuou. — Eu não tenho exatamente uma pergunta. Eu só... Queria agradecer. — o silêncio na sala foi instantâneo. Todos os olhares se voltaram para a jovem, que segurava o microfone com as duas mãos, como se aquilo fosse o que a ancorava naquele momento. Eu me ajeitei na cadeira, sentindo a intensidade do que estava por vir. Ela respirou fundo antes de continuar, e suas palavras começaram a sair em um fluxo de emoção que não podia ser contido. — Eu passei por uma fase muito difícil. Tive depressão, e, por muito tempo, achei que não havia saída para mim. Então eu vi você, Maitê, no seu papel, e comecei a acompanhar as suas entrevistas, seus projetos, sua forma de falar sobre saúde mental e sobre como ninguém está sozinho. — a jovem fez uma pausa, tentando segurar as lágrimas. A plateia estava em um silêncio tão profundo que até a menor respiração podia ser ouvida. — Você salvou minha vida! — ela disse finalmente. — Não só com suas palavras, mas com o exemplo que você dá. Eu estou aqui hoje, de pé, por causa disso.
— Oh! Meu Deus! — disse Maitê. Olhei para ela, e vi que ela estava visivelmente emocionada.
Ela segurava as mãos juntas, como se quisesse conter a onda de sentimentos que as palavras daquela fã haviam despertado. Era impossível não sentir o peso daquilo. Era mais do que uma admiração comum. A garota enxugou suas lágrimas rapidamente e sorriu.
Ainda com o microfone nas mãos.
— Então, obrigada. De verdade. Você nunca vai saber o quanto isso significa.
Maitê levantou-se. Era raro ver alguém reagir de forma tão autêntica em situações como essa. Ela não hesitou; desceu do palco e caminhou até a jovem. A plateia irrompeu em aplausos, mas eu podia ver que, para Maitê, aquilo não era sobre o público ou sobre o momento. Elas se abraçaram, e foi como se o mundo inteiro tivesse parado por um segundo. Não havia nenhuma barreiras, nem títulos, nem distância. Apenas as duas pessoas conectadas por algo maior. Senti um aperto no peito, uma mistura de admiração.
E gratidão.
Às vezes, nos esquecemos do impacto que podemos ter na vida dos outros, mesmo sem saber. Como atores, contamos histórias, mas é raro perceber o quanto essas histórias podem realmente mudar vidas. Quando Maitê voltou ao palco, os seus olhos estavam vermelhos, mas ela ainda sorria. Pegou o microfone, e a sua voz, embora suave, carregava uma firmeza que só vem de experiências profundas.
— Obrigada... — disse ela, dirigindo-se à jovem. — Você é muito mais forte do que pensa. E eu sou apenas uma parte da sua história. O que você fez por si mesma é incrível. Nunca se esqueça disso.
O público aplaudiu de pé. Não era apenas um gesto de apoio; era uma celebração da resiliência, e da força e da humanidade que todos compartilhamos. Quando o painel finalmente terminou, as pessoas começaram a sair, mas aquele momento permaneceu no ar. Ele ecoava nas expressões de cada pessoa que deixou a sala, como se algo em cada um tivesse sido tocado. Enquanto caminhávamos para os bastidores.
Matthew comentou algo engraçado, provavelmente para aliviar a tensão, e todos riram. Mas eu sabia que ninguém sairia dali do mesmo jeito que entrou. Maitê me olhou, e eu apenas sorri. Há algumas coisas não precisam serem ditas. Nós dois sabíamos que aquele momento era o tipo de coisa que fazia valer a pena.
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