Parecia uma tarde calma naquela floresta, cercada por diversos tipos de árvores, de todos os tamanhos e folhagens das mais diferentes possíveis umas das outras. O sol brilhava forte em um céu límpido, azulado e coberto por nuvens branquíssimas, brilhava tão intensamente que desenhava sobre o chão, cheio de raízes e folhas secas, sombras enormes. A poucos metros dali, um rapaz alto, robusto, com vestes negras, calçava botas de couro escuro, encapuzado de modo que seu rosto não era visível, corria em um ritmo frenético, parecia procurar alguma coisa e carregava algo entre os braços com extremo cuidado para ninguém que estivesse ao redor o pudesse ver, apesar de que um lugar daquele não fosse opção certa para um passeio, o rapaz parecia bem preocupado e ofegante.
Passaram-se mais alguns minutos e ele continuava a correr, então parou em um local que tinha mais árvores próximas das outras que caminho a se percorrer, daí o rapaz se agachou defronte a uma árvore enorme, com tronco muito grosso, colocou ao seu lado direito no chão o pacote que estava segurando, e retirou do pescoço uma espécie de chave prateada em forma de raios cruzados, que brilhava muito por decorrência da luz solar, que mais parecia um amuleto. Logo abaixo da árvore começou a puxar as plantas a procura de algo.
– Onde está? Onde está? – falava o rapaz bastante ofegante e sempre olhando para trás. – Aqui, isso! Encontrei!
Logo abaixo, havia uma marca cravada no chão em forma de raios cruzados exatamente da mesma forma da chave do rapaz. Ele fixou a chave dentro da marca no chão e de repente uma abertura retangular se abriu do tronco da árvore, então ele pegou o pacote que estava carregando, desembrulhou e era uma espécie de livro antigo, porém bastante conservado. O rapaz abriu rapidamente, começou a folhear algumas páginas e ler algumas escrituras que havia no livro e era visível que fora escrito por alguém a mão, mas bem elaborado. Ele puxou de suas vestes um pergaminho e fez algumas anotações, rasgou a página que estava lendo, sussurrou algumas palavras, mas parece que não houve efeito algum então a guardou no bolso interior das vestes e colocou o pergaminho que escrevera no lugar e o fechou, então levando o livro até a abertura do tronco disse:
- Vai ser melhor assim. Por enquanto! Mesmo que o mundo não seja mais o mesmo. Ele girou a chave e a retirou, o livro se transformou em madeira pura, como a da árvore e já não era mais visível.
O rapaz retirou o capuz lentamente e tornou a colocar a chave no pescoço. Ele tinha um rosto muito branco, porém ruborizado por decorrência da correria, cabelos negros e lisos, olhos castanhos muito claros, estava suado parecia estar um pouco aliviado, mas ofegante ainda, todo tempo olhava na direção a que veio com medo que alguém viesse e o surpreendesse naquele local. Ele certificou se a página arrancada do livro estava segura e antes de sair, deu mais uma olhada para árvore que estava envolvendo uma aura verde no centro do tronco e com um pequeno suspiro e uma expressão triste no rosto, se retirou. Correu na mesma direção a que veio, enquanto seu vulto sumia nas sombras das árvores da floresta, a aura verde que se movia em torno do tronco da gigantesca árvore ia sumindo e já não se via mais livro algum só algo que estava escrito no centro da abertura retangular onde colocara o livro que também ia sumindo aos poucos: WAKANDA.
De repente as nuvens no céu começaram a se dispersar aos poucos e o céu a ficar azul escuro como se fosse anoitecer, do topo da árvore a qual o livro fora escondido brotou um raio de luz forte que disparou contra o céu e espalhou sete pontos de luz distintos de várias cores e para direções opostas. O ponto de luz amarelo foi em direção a uma formação que se assemelhava a um redemoinho, que se abrira no céu, entrou no centro da formação e se fechou. Com os pontos de luz negro, vermelho e lilás aconteceu à mesma coisa, o verde voltou para a terra e entrou como um fantasma dentro de uma árvore, o azul em direção a um lago, mergulhou e sumiu de supetão, e o marrom afundou na terra causando um terremoto e também sumiu. Depois disso o céu voltou ao normal.
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O Diário de Wakanda
RandomEm um paralelo ao nosso, sete guerreiros poderosos enfrentam uma grande ameaça que pode abalar a conexão entre os dois mundos. Victor tem uma ideia e precisará voltar no tempo através das dimensões, para modificar alguns detalhes que significarão m...