1 - Prologo

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Puxei seus cachos e envolvi as pernas na sua cintura, gemendo quando ele me penetra devagar. Harry começa a movimentar-se lentamente dentro de mim, nossos gemidos se confundiam no quarto escuro.

Seus olhos verdes, cheios de desejo, estavam cravados em mim e ele mordia o lábio inferior. O suor escorria pelo seu rosto e os cachos grudavam em sua testa. Seu perfume, uma mistura de sabonete de limão e loção pós barba, me deixava embriagada. Harry conseguia ser mais que perfeito.

Ele estocou forte e apertei mais as pernas em volta da sua cintura, gemendo alto. Puxei-o pela nuca e choquei seus lábios com os meus. Harry apertou minha coxa e levantou-a, indo mais fundo, seus lábios abafaram meu gemido. Senti ele aumentar o ritmo e ficar mais selvagem sobre mim.

Quem diria que o padre se tornaria esse homem maravilhoso?!

-Oh, Harry.- gemi e mordi seu ombro salpicado de pequenas sardas, fazendo-o gemer também. Já podia sentir a tão conhecida pressão em meu baixo ventre, estava chegando ao ápice.

Ele colocou as mãos na cabeceira da cama, pegando impulso, e aumentou o ritmo. Agarrei seus ombros, eu não aguentava mais. Cheguei ao orgasmo gemendo como uma vadia. Harry precisou de mais duas entocadas para derramar-se em mim, seu gemido rouco me fez arrepiar.

Nos deitamos lado a lado na cama, arfantes.

-Uau!- suspirei e olhei sorrindo pra ele que corou.- Por que corou?- perguntei com uma careta risonha.

-Força do hábito.- ele deu de ombros e não controlei a risada, joguei a cabeça para trás e coloquei as mãos sobre a barriga, rindo de me acabar.- Qual a graça?- ele me olha curioso.

-Você, tendo uma recaída de padre.- falo, enxugando as lágrimas de riso, enquanto um leve sorriso continua em meu rosto.

-Eu ainda sou um padre.- ele diz se sentando e apoiando as costas na cabeceira da cama.

-Errado.- retruco me sentando em seu colo e envolvendo sua cintura com as pernas. Coloquei meus braços em seus ombros.- Você deixou de ser padre desde a primeira vez que me desejou.

-Se você diz.- ele coloca fim na quase discussão e beija meu maxilar. Sua mão segue do meu queixo aos meus cabelos.- Você é tão linda, Lili.

Mordo o lábio quando ele diz meu nome.

-Harry...- chamo e ele me encara com seus lindos olhos verdes. Faço uma leve careta.- Me chame de Angel, por favor, é que...- tento me explicar, mas ele me interrompe.

-É seu verdadeiro nome, eu sei, Julie contou.

-Fofoqueira.- resmungo baixinho.

-Mas posso fazer um pedido?- os dedos dele ainda corriam pelo meu rosto. Fechei os olhos por um momento, apreciando a caricia que seus dedos quentes faziam em minhas bochechas, antes de fita-lo novamente.

-Pode.

-Posso te chamar de Angeli?

Franzo a testa.

-Angeli? Por quê?

Ele sorri, meio envergonhado. O que eu acho extremamente fofo. Adorava perceber que não conseguira tirar toda sua inocência. Pois, talvez, a inocência fosse uma das coisas que eu mais apreciasse em Harry.

-Angel de anjo e Li, Lilith, de demônio.- ele desvia o olhar por um segundo antes de voltar a me olhar.- Pois embora ame seu lado Anjo, foi seu lado demônio quem me conquistou primeiro, e eu não queria esquece-lo.

Sorrio. Ele era tão fofo.

-Eu gostei.

Harry sorri e sua mão, que antes estava em meu rosto, vai para minha nuca, trazendo meu rosto de encontro ao seu, colando nossas testas.

-Eu te amo Angeli.- ele fala e encaro seus olhos verdes, sabendo o que ele gostaria que eu dissesse agora, mas não sei se posso. Por isso, digo o que todo mundo diz quando não tem certeza.

-Eu também.

Versículo 15Onde histórias criam vida. Descubra agora