Meu nome é Maria, uma homenagem a minha querida avó Maria Eduarda, apesar de ter um nome antiquado considero ele um nome ideal pra mim, moro em uma cidadezinha até que moderna mas ainda sofria com o decorrer do dia com trânsitos e conflitos , apesar de morar com minha mãe, Lúcia e meu pai Lucas nós somos bem unidos, mas não costumo me abrir pra eles, acho que gosto de sofrer sozinha...
Tudo começou quando tive que mudar de série, entraria para o Ensino Médio. Eu já vinha sofrendo na escola mesmo no Ensino Fundamental , com brincadeirinhas de mal gosto, piadinhas bobas e até porque eu era a mais inteligente da sala,mas não ligava muito pras pessoas que me zoava, ou melhor fingia não ligar... Muitas pessoas olhavam um sorriso no meu rosto mas não sabia e talvez nem quissesem saber que atrás daquele sorriso escondia uma grande lágrima de dor e ódio. Mas eu tinha fé que brevemente isso iria mudar...
Em uma manhã que levemente as nuvem escuras cobria o sol eu acordei pra mas um dia de sofrimento,me arrumei e descir pra tomar café, com o elogio da minha mãe saí de casa e fui pegar o ônibus como sempre.
Chegando na escola tudo que eu via eram pessoas extremamente rebeldes, fazendo coisas erradas, destruindo todo o património escolar, começei a andar pelo corredor e me sentia "a excluída", de tudo e de todos mas aquela simples vergonha de ser rejeitada e machucada cada vez mais tirava a minha vontade de até talvez falar com alguns deles. Já estava acostumada em todos os dias chegar na escola e correr até a minha sala e aguardar o professor , como não tinha amigos aguardava sentada quieta no meu canto,mas pra muitas pessoas eu era a "queridinha dos professores ", talvez até por isso as pessoas não se exitavam a falava comigo , fiz as mesmas coisas de sempre, fiz as atividades, fui no quadro, fiz mas inimigos,tirei um dez na prova e outros... Ao soar o sinal sentir uma breve brisa de felicidade, feliz talvez que iria mudar de série e com isso eu poderia fazer amigos e não inimigos.
Como sempre esperei o ônibus na parada, como a parada era do outro lado da rua tive que atravessar , sendo que ela é considerada uma rua que tem acidentes constantes, neste momento eu atravessei a rua e com o meu descuido talvez, um carro que vinha em alta velocidade ia me atropelando, mas com um movimento meu esquisito o carro parou em cima de mim enconstando levemente em minha blusa vermelha rasgada. Como acontece em todos os acidentes nesse momento a rua parou , eu acho que talvez só assim as pessoas começaram a me perceber com olhos diferentes, então o homem que dirigia o carro foi me socorrer e ele desesperadamente perguntou :
- Você estar bem?
Então eu falei surpresa por ele ter preocupado comigo : - Claro que sim , estou ótima!
Então ele pergunta : - Você quer que eu te leve para um hospital? Você tem família? Oque você faz sozinha atravessando uma rua?
Eram tantas perguntas que até eu mesma não conseguia decifrar naquele momento então eu só respondi pra ele
- Não se preocupe comigo , eu acho que você tem coisas mas importantes pra fazer, que está aqui batendo papo comigo..
Talvez eu fui um pouco grossa, mas eu só estava agindo daquela forma nem foi pelo acidente , mas sim pelo carro ter parado sendo que ele estava em alta velocidade em minha direção, coisa estranha havia acontecido, mas talvez era coisa da minha cabeça.
Então ele falou : - Tudo bem!
Deixando de lado o ocorrido eu bati a poeira da roupa e como sempre peguei o ônibus e fui pra casa.
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A Estranha
Mystery / Thriller- Eu só queria ser respeitada! Esse era o desejo da jovem adolescente que mudou de série e tinha o desejo de fazer novos amigos, mas só que não foi tão fácil assim ou melhor não era pra ser. Espero que gostem! :D