✓ Always Been You | Hayden Christensen

74 HAYDEN §

Hayden Christensen

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A Maitê e eu estávamos... confortáveis enroscados no sofá, o som suave.... de um filme passando pela a televisão,.. mas nada que realmente nos tirasse a atenção um do outro. ...... O tempinho parecia estar desacelerado naquele momento, como se mundo lá fora fosse apenas um pano de fundo pra que estava acontecendo entre nós. Foi então que som de passos vindo do andar de cima e tirou minha concentração.

Olhei rapidamente pra escada, e vi. Os pais de Maitê descendo, os dois com aquele ar.

De quem está se preparando para uma noite fora de casa. Ela olhou para mim, com uma expressão entre divertida e desconcertada, já sabendo o que estava por vir. O pai dela, com o terno impecável, e a mãe com um vestido elegante, ambos estavam visivelmente prontos para saírem de casa e curtir.

— Vamos jantar fora, aproveitamos nossa última noite em Dallas. — disse a mãe de Maitê, com um sorriso.

— Tudo bem, aproveitem... E cuidado! — disse Maitê à ambos. Fiquei observando os dois saírem, um pouco mais solitário na sala do que antes, e então me permiti relaxar novamente ao lado de Maitê. No entanto, antes que pudesse me acomodar novamente, o som do meu celular vibrando na mesa de café me chamou a atenção.

— Com licença... — falei para Maitê, já pegando o aparelho. Era Briar. A tela exibia o nome da minha filha, e um sorriso involuntário apareceu nos meus lábios. Eu sempre sentia uma pontada de carinho ao ouvir sua voz.

— Oi, papai! — sua voz, doce e alegre, invadiu a linha. — Como você está ? Está se divertindo com a Maitê ?

— Oi, filha! Estamos ótimos. O filme está bom, e Maitê está me fazendo companhia. — respondi, olhando para ela, que me observava curiosa.

— Hum… Legal! Mas… eu estava pensando… — Briar fez uma pausa dramática, como se estivesse preparando algo importante. — Papai, quando você e a Maitê vão me dar um irmão ou uma irmã ? — silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Olhei para Maitê, que tinha um sorriso travesso no rosto, claramente tentando segurar a risada. Eu sabia que ela estava tão surpresa quanto eu com a pergunta. Tentei manter a compostura, mas foi impossível não me perder na situação.

— Ah... Briar, por quê isso agora, filha ? — tentei responder, sentindo uma leve risada prestes a escapar. Do outro lado, eu ouço a risada da Rachel. — Estamos apenas nos divertindo aqui, ainda não é hora para isso. — Briar, sempre direta, não pareceu se dar por vencida.

— Eu só estava pensando… se você e a Maitê tivessem um bebê, eu poderia ajudar a cuidar, né ? — o entusiasmo em sua voz era quase palpável. — Eu seria uma irmã mais velha ótima, você vai ver! Eu falei com a mamãe para saber se ela gostaria de me dar um irmão ou uma irmã, mas ela disse que é mais fácil você e a Maitê, do que ela, por isso estou perguntando. — Maitê não aguentou mais e explodiu em uma gargalhada. Sua reação foi imediata, espontânea, e eu, sem conseguir me controlar, acabei rindo também. Briar, provavelmente sem entender direito o motivo das nossas risadas, perguntou com a voz curiosa:

— Por que estão rindo, papai ?

— Porque você é um amor, Briar. Não precisa se preocupar com isso, ok ? Por enquanto, estamos muito felizes do jeito que estamos. — mas a conversa não terminava ali. Briar continuou insistindo, fazendo de tudo para convencer a nós dois de que um irmão ou irmã seria uma ótima ideia. Eu podia ver a Maitê se divertindo com a situação, e até eu, no fundo, comecei a achar graça da persistência de Briar. — Você tem certeza de que vai gostar de ser irmã mais velha ? — perguntei, tentando acalmá-la, embora minha mente já começasse a imaginar como seria ter mais uma criança.

— Claro, papai! Eu vou ser a melhor irmã do mundo! Só me deixe ajudar! — eu podia ouvir o tom dramático da voz de Briar enquanto ela concluía a conversa com um firme — Ok, papai, vou esperar até vocês decidirem. — no fundo, fiquei com um sorriso no rosto e um sentimento doce no coração. A preocupação de Briar com a família, sua vontade de dividir o amor que tinha comigo, me fez perceber o quanto ela estava crescendo. Quando terminei a ligação, Maitê me olhou com aqueles olhos brilhando de diversão. Ela estava radiante, mas também um pouco surpresa com a seriedade de Briar sobre o assunto.

— Bem, parece que a Briar tem planos grandes para nós, hein ? — ela brincou. Eu ri, ainda meio embaraçado.

— Ela tem um jeito único de colocar as coisas. — olhei para Maitê, e por um momento, me vi pensando no futuro, em possibilidades que eu nunca tinha realmente considerado. — Mas sabe... — me aproximo dela lentamente. — Eu acho que deveríamos praticar, você não concorda ?