CAPÍTULO 26 - Planejamento.

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"O que não te mata, te faz desejar estar morto

Tem um buraco na minha alma crescendo cada vez mais e eu não consigo aguentar

Mais um momento deste silêncio, a solidão está me assombrando

E o peso do mundo está ficando mais difícil de suportar

Isso vem em ondas, eu fecho meus olhos

Seguro meu fôlego e deixo isso me enterrar

Eu não estou bem e não está tudo certo

Você não vai procurar no lago e me levar para casa de novo?"

POV CRISTIAN

Tudo girou por um momento, mas me mantive em pé

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Tudo girou por um momento, mas me mantive em pé.

Os olhos sem vida, opacos, me encaram e eu não consigo desviar o olhar. Me agachei com cuidado, cauteloso, e olhei para o homem sem vida... o calor do seu corpo se dissipava aos poucos, seus lábios estavam perdendo a cor e eu não sabia dizer mas... era fascinante olhar seus últimos traços de vida, indo embora.

Era raro eu parar para olhar o que eu fiz assim, com tantos detalhes, me sinto em transe, o prazer de algo bem feito invade meu peito e um sorriso de canto cresce em meus lábios, eu estava apenas saboreando o momento.

Levantei-me e peguei um cigarro acendendo rapidamente e ao levantar meu olhar, vi Lucian vindo até em mim, sua postura sempre estava confiante e seu cabelo sempre arrumado, chegava a ser irritante.

― Isso demorou mais do que planejamos. ― Parou ao meu lado, analisando o morto como fiz antes.

— Sim, já era para eu estar em casa com a minha mulher — Soltei a fumaça lentamente — Mas serviu de algo, temos um endereço, mas quero entrar em contato com o Filipi primeiro.

— Acha que ele vai topar se encontrar com você? — A dúvida em sua voz calma era genuína, encontrei seu olhar em seguida.

— Ele não tem outra opção, ou é isso ou ele perderá uma parte do seu território. — Sorri animado. — Vou para casa, Olívia me ligou e estava agitada.

— Ela está bem? — Sua voz saiu distante, um tanto fria, como se não se importasse, mas eu o conhecia bem demais.

— Está sim — Me afastei e fui até uma torneira que tinha próxima de nós e comecei a lavar as mãos, tirando o sangue imundo e vendo alguns machucados.

Ao terminar, me afastei, esperando retirarem o corpo dali. Estávamos em um dos meus galpões, o lugar imponente dava lugar a imaginação, sentei-me e eu estava agitado com a ideia de finalmente falar com Filipi, nos encontramos apenas uma vez, mas ele não foi homem o suficiente de me encarar, não quando tinha seu exército em sua frente. Mas não era só isso... estava entrando no estado de mania outra vez... isso não acabaria bem, ainda mais que isso estava se tornando meu foco.

Promessa PerigosaOnde histórias criam vida. Descubra agora