{... Em casa}
- Viajar? - Eu digo, assustada.
- Sim, viajar.
- Mas para onde?
- Talvez Canadá. New York. New Orleans. Será legal sair um pouco da Coréia.
- Hm. Seria mesmo. Mas nossos pais concordaram com... - Arregalo os olhos. - Oh, me desculpe.
- Tudo bem.
- Eu... Bom, eu não sei.
- Ah, mas se por um acaso você decidisse ir, para onde iria?
- New York. Ou até mesmo Londres. Os ônibus de lá são bem bonitos, é frio e os garotos são uma beleza.
- Engraçadinha. - Ele faz careta e Sehun o imita, me fazendo rir.
- Katherine? - Alguém bate na porta. Conheço essa voz.
- Hm, Luhan, pode abrir? Diga que eu estou morta. - Luhan assentiu e se levantou, enquanto ele andava até a porta, eu me escondia atrás do sofá, quando finalmente Luhan abriu. Eu ouço a voz de Alan.
- Olá. - Luhan disse.
- Hm, a Katherine está?
- Ela está morta. - Dou risada, mas não alto.
- O que? - Ele diz, parece estar impressionado.
- Sim, ela se matou. Isso tudo por sua culpa.
- Mas... Meu Deus. Eu...
- Você é o culpado.
- Eu não fiz nada.
- Bom, eu poderia ter me matado. Mas não. - Saio de trás do sofá.
- Katherine... - Ele sussurra.
- E aí, o que quer?
- Eu... Quero conversar.
- Eu não tenho nada para falar.
- Mas eu tenho. Por favor, me escute.
- Tudo bem. Fale logo.
- Mas... Tem que ser a sós. - Reviro os olhos e vou até ele.
- Valeu, Luhan. - Ele assentiu e voltou a sentar. Fechei a porta atrás de mim.
- Então... - Alan começou.
- Eu não tenho minha vida toda.
- Eu não queria te iludir. Me perdoe, Katherine.
- Então porque iludiu?
- Meus amigos. Você não entende.
- Eles são uns idiotas.
- Não fale assim...
- Não fale assim? Está na cara de que eles são um bando de estúpidos, para fazerem um desafio ridículo desses tem que ser um estúpido.
- Sim, eles são uns estúpidos. Eu só demorei para ver isso.
- Hm, demorou mesmo. Teve que me iludir para perceber.
- Mas não foi tudo uma mentira. Durando nosso namoro... Eu acabei me apaixonando.
- Sinto muito.
- Como assim sente muito? Podemos voltar e ficar juntos.
- Não, Alan.
- Porque não?
- Porque agora tem outro no seu lugar.
- Outro? Que outro?
- Isso não te interessa.
- Interessa sim.
- Não. Você não é nada para mim.
- Alguns dias atrás eu era...
- Exatamente. Você era.
- Porque... Como me esqueceu tão rápido?
- Eu não sei. Mas você me magoou. Doeu muito, então eu tive que seguir em frente.
- Me desculpe... - Ele sussurra e abaixa a cabeça. Depois de alguns segundos em silêncio, ele pega meu pulso esquerdo e abre a boca. - O que...
- Hey! - Solto meu pulso.
- Você... Você não fez isso.
- Bom, eu fiz. Mas eu estava... Bêbada. E deu nisso.
- Não minta. Você fez isso por mim?
- Você não acha que você está se sentindo importante de mais?
- Katherine, isso é sério.
- Não, isso é estúpido. Cortes são estúpidos. Eu só fiz isso sem querer, eu bebi demais.
- Mas...
- Escute, não vamos voltar. Eu entreguei meu coração para você e você simplesmente jogou ele no lixo. Eu sempre achei que todas as pessoas merecerem segunda chance mas você não, o tipo de pessoa que você é, não merece uma segunda chance. Eu não quero mais chorar por você, não quero nem pensar em você, porque dói. Então, adeus, Alan. - Eu digo, entre as lágrimas. Sinto alguém me puxando, quando olho para cima, é Kris. Ele sorri e fecha a porta.
- Está tudo bem? - Ele pergunta e eu limpo minhas lágrimas.
- Sim. Estou bem.
- Podemos conversar?
- Pode ser depois? Tipo, mais tarde? Eu vou sair para tomar um ar.
- Tudo bem. - Ele beija minha bochecha. Ele mesmo abre a porta para mim.
- Valeu. - Eu digo, saindo. Ele fecha a porta.Katherine solta um suspiro, tentando não derramar mais nenhuma lágrima. "Chorar por garotos é estúpido", ela pensou. E então, ela começou a caminhar, estava indo em direção ao cemitério, ela gostava de lá, era calmo e bonito. Ou pelo menos era o que ela achava. Ela atravessou a ponte que havia ali, com medo. Katherine, desde pequena tem medos estranhos e sensações entranhas. Sempre que ela passava por aquela ponte, sentia que ela podia cair a qualquer momento. E assim, ela caminhou mais um pouco até chegar ao cemitério. Seria bom se ela estivesse indo apenas para relaxar, mas não, dessa vez ela tinha pessoas para visitar. Sua mãe e seu pai. Ela limpou a única lágrima que deixou cair ao pensar em seus pais e entrou, como sempre, silencioso. Claro, todos ali estavam mortos. Ela se aproximou da grande lápide de seus pais e sentou-se cruzando suas pernas. Ali, a grama era bem verde e bem cuidada. E o cemitério, por incrível que pareça tinha cheiro de flores e terra.
- Oi mãe. Oi pai. - Ela sorriu. - Eu espero que vocês não estejam triste por não ter tido funeral algum. - Katherine implorou que não tivesse, então seus tios e seu irmão concordaram. - Eu não queria jogar terra na cara de vocês. - Ela riu fraco. Ela apenas fica ali, olhando para as lápides, imaginando os dois rindo e sorrindo. Katherine podia não demonstrar, mas ela amava seus pais. Seu pai era um homem bom, gentil e doce, ele sempre fazia Katherine rir. Sua mãe era doce e tinha um sorrio perfeito, que faria qualquer um se apaixonar.{...}
- Então... - Kris começou, ele parecia nervoso. Preocupado com algo.
- Então...
- Posso ser direto?
- Ahn, sim.
- Eu estou gostando de uma pessoa mas eu não sei o que devo fazer. - Ele coça sua a cabeça.
- Kris, seja corajoso e diga a ela.
- Mas... E se ela não me amar?
- Bom, você vai ter que seguir em frente. Sem ela... - Meus olhos lacrimejam.
- Está tudo bem?
- Sim. Mas então...
- Eu tenho medo dela não me amar.
- Bom, você pode seguir sua vida sem ela ou... Fazer ela te amar.
- Fazer ela me amar?
- Hm... Você é bonito, Kris. - Ele sorri. - Tem um sorriso bonito, parece ser simpático. Seja você mesmo.
- Obrigado. Mas... Ah! Estou com tanto medo.
- Jogue esse medo no lixo. E seja corajoso. Diga a ela que você a ama. - Kris deixa uma lágrima cair. - O que foi? - Ele abaixa a cabeça.
- E se "ela" for ele?
- Você é gay? - Isso me lembra que sempre achei que ele tivesse um caso com Tao.
- Muito estranho?
- Eu sabia! - Eu digo, apontando meu dedo indicador para ele. Ele ri da minha reação. - Bom, faça o mesmo.
- Não vai me julgar?
- Te julgar? Porque?
- Por eu ser gay.
- Jamais faria isso. Isso é ridículo.
- Mas...
- Só não me diga que você está apaixonado pelo Tao... - Dou risada. Mas percebo que Kris está sério. Ele... Meu Deus! - Você não está...
- Sim, eu estou.
- Isso é estranho... Mas eu já sabia.
- Como?
- Eu sempre achei que vocês tivessem algo a mais.
- Hm, mas Katherine...
- O que?
- Eu nunca fiquei com nenhum garoto.
- Então como sabe que é gay?
- Eu sinto algo forte por garotos.
- Espero que ele sinta o mesmo por você.
- Obrigado, Katherine.
- Tudo bem, espero ter ajudado... Mas enfim, vou indo. - Ele puxa meus pulso assim que me levanto.
- Espera. Você quer... Conversar?
- Conversar?
- Sim. Tipo, desabafar. Eu sei que você não me considera nada mas... Eu estou aqui se precisar.
- Desabafar? Eu nunca fiz isso...
- Bom, você conversa com uma pessoa, conta sobre as coisas que te deixou mal, porque você está triste... - Meus olhos lacrimejam novamente.
- Sim, eu quero.
- Comece por Alan. - Então eu comecei. Eu falei sobre tudo, tudo que havia me deixado mal, Alan, Anna, meus pais. Falei até de Sehun, sem medo algum, ele até chorou junto comigo. Eu não fazia idéia do quão legal ele era.{...}
- Kath... - Ouço Lay sussurrando, quando abro meus olhos vejo ele, tão fofo.
- O que quer?
- Posso dormir com você?
- Porque?
- Eu tive um pesadelo. Não quero dormir sozinho.
- Mas porque logo eu?
- Porque... Eu não quero dormir com os outros meninos.
- Tudo bem. Pode sim. - Eu digo, e ele da um largo sorriso. Ele deita ao meu lado e suspira, alguns minutos depois sinto suas mãos na minha cintura, me viro para ele e o abraço.
- Obrigado. - Ele sussurra.
- Shhhhh! Vá dormir. - Ele ri.
- Okay, senhora The Killer. - Dou risada.{...}
Desço as escadas, arrumado meu casaco em meu corpo. Está frio hoje. Isso é ótimo. Não vejo ninguém na sala então vou até a cozinha, vejo Luhan praticamente dormindo no balcão e Xiumin comendo panquecas.
- Bom dia. - Eu digo, sorrindo.
- Bom dia, Katherine.
- Luhan está dormindo?
- Bom, parece que sim. - Xiumin riu.
- Está frio. Muito frio. Eu preferia ter ficado na cama.
- Eu também mas... Tive pesadelos e não consegui dormir.
- Parece que todos estão tendo pesadelos. Primeiro, eu. Depois Lay e agora você. Não é um bom sinal.
- Lay também?
- Sim. Ontem, na madrugada, ele pediu que eu deixasse ele dormir comigo. Mas enfim, você sonhou com o que?
- Eu não sei muito bem... Era um acidente, um acidente de carro.
- Acidente de carro?
- Sim. Havia uma garota e um garoto, mas eu não faço idéia de quem eles eram. O garoto estava quase morrendo, mas a garota estava com poucos ferimentos, ela gritava e gemia de dor. Então quando ela olhou para ele, ele disse algo do tipo "Eu te amo, ok? Não se esqueça.", então ele se foi. - Uma lágrima rolou pelo rosto de Xiumin e eu a limpei. - Desculpe. Foi perturbador.
- Eu imagino, Xiumin.
- Mas ainda sim... Estranho.• Me perdoem mas eu havia esquecido do funeral. Sério mesmo, se vocês quiserem que eu escreva um capítulos bônus, somente para o funeral dos pais da Katherine, eu escrevo. Eu realmente tinha esquecido então eu dei qualquer desculpa na fic, me perdoem. Se quiserem eu faço de como seria.
• Me perdoem qualquer erro, até porque eu não sei nada sobre o EXO. (Ainda), nem sei se eles moram na Coréia. Eu sou poser, nossa Jesus! Eu hein.
• Comentem.
• Aaaah! Eu coloquei essa foto porque... Porque eu amo ela :v Cara... São idênticos, não é?
• Esse capítulo eu fiz duas vezes Sabem porque? Porque em vez de eu colocar que o Kris estava apaixonado no Tao, eu coloquei que ele estava apaixonado no D.O (Edward) Eu sou burra.