Trabalhando na Funerária

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CENA 1: O DIA QUE COMEÇOU ERRADO

(Renato e Khalil, vulgo Kah, estão em frente a uma funerária vestindo uniformes pretos. Uma placa no prédio diz "Funerária do Descanso Eterno".)

Renato: (olhando pro Kah com cara de desgosto) Amor, de todas as missões que a gente podia fazer, TU acha uma boa ideia trabalhar numa funerária?

Kah: (irônico) Relaxa, amorzinho. Só botar os corpos no freezer e pronto. Bem tranquilo.

Renato: Tranquilo é o cacete, baby. Eu assisti Supernatural, sei que essas paradas sempre dão merda.

(Leonardo e Coronado chegam na maior animação com uniformes, e Leonardo está segurando um pão com mortadela.)

Coronado: Já avisando que eu não encosto em defunto.

Leonardo: Que frescura, Coronado. É só gente morta, não morde.

Coronado: Tua mãe morde.

Leonardo: (mordendo o pão e apontando o dedo pro Coronado) Respeita a véia!

(O Boquinha e Miguel aparecem. Boquinha está rindo sozinho com uma vassoura na mão.)

Miguel: E aí, o que vocês tão reclamando? Bora fazer dinheiro.

Renato: Dinheiro? A gente ganha é um vale-coxinha nessa merda.

Boquinha: (rindo enquanto varre) O que importa é a experiência.

Renato: Experiência? Cê acha que isso vai pro meu LinkedIn? "Carregador de defunto nível 3"?

CENA 2: PRIMEIRA TAREFA

(Os casais estão na sala principal. Thiago e Renan entram atrasados, com cara de sono.)

Thiago: Que cheiro é esse?

Renan: Sei lá, parece a comida do Renato.

Renato: Cala a boca, Renan! E lava esse cabelo, tá parecendo um mendigo de filme apocalíptico.

Thiago: (rindo e cutucando Renan) Essa foi boa, vai ficar quietinho agora?

Kah: (batendo na mesa) Chega, desgraça! Vamos focar!

(Uma senhora idosa aparece na porta com lágrimas nos olhos.)

Senhora: Meus meninos, eu vim velar meu cachorrinho, o Fofucho.

Coronado: (sussurrando pro Leonardo) Não é só gente que morre aqui?

Leonardo: Cala a boca, deixa ela.

(Enquanto a senhora entrega uma caixa com o cachorro dentro, Boquinha tenta abrir, mas Miguel o puxa para o lado.)

Miguel: Tá doido, Boquinha? Não abre isso na frente dela!

Boquinha: Ué, vai que ele tá só dormindo.

Renato: Dormindo igual tua inteligência, né?

(A idosa sai chorando e todos olham pro Kah.)

Kah: Certo, alguém leva isso pro freezer.

Thiago: Ah, não. Eu passo.

Renan: Eu também.

Boquinha: Pode deixar, eu levo.

(Boquinha pega a caixa e tropeça, derrubando o cachorro no chão. Todos gritam.)

Renato: BOQUINHA, SEU ANIMAL!

Kah: (desesperado) Pega o bicho, Boquinha!

(Miguel tenta ajudar, mas pisa no cachorro sem querer.)

Miguel: P**A MERDA, BOQUINHA! Agora o Fofucho tá mais achatado que minha conta bancária!

CENA 3: A CONFUSÃO NO VELÓRIO

(Enquanto isso, Leonardo e Coronado estão organizando o velório de um senhor. Coronado fica encarregado do caixão, mas percebe que algo tá estranho.)

Coronado: Ei, Léo, acho que colocaram o defunto errado aqui.

Leonardo: Como assim, errado?

Coronado: Sei lá, tá com um sorrisinho sinistro. Parece que ele tá zoando a gente.

(Renato aparece.)

Renato: Vocês tão falando sozinhos com o morto? Tá precisando de terapia?

Coronado: Olha aqui! Isso é sorriso de quem sabia de alguma coisa antes de morrer.

(Renato olha e faz cara de quem concorda.)

Renato: Realmente. Deve ser parente do Boquinha.

Boquinha: (lá do fundo) Eu ouvi isso, hein!

(De repente, a luz pisca e o clima fica tenso. Kah surge com uma lanterna na mão.)

Kah: (rindo) Relaxa, galera. Só problema na fiação.

(O grupo suspira aliviado, mas de repente ouvem um barulho vindo do freezer.)

Renan: Tá vendo? Eu falei que isso ia virar filme de terror.

(Eles abrem o freezer e percebem que Boquinha esqueceu a porta aberta. Tudo tá descongelado.)

Miguel: BOQUINHA, SEU C* DE GALINHA!

Boquinha: Foi sem querer, pô!

CENA FINAL: A DEMISSÃO

(No dia seguinte, todos estão reunidos no escritório do dono da funerária, que os encara com uma cara de raiva monumental.)

Dono: Vocês conseguiram transformar um lugar de luto num episódio de Chaves. Tão todos demitidos.

(Renato, Kah e os outros se levantam, tentando segurar o riso.)

Renato: Pelo menos ninguém morreu de novo, né?

*(Todos saem gargalhando, enquanto o dono fica incrédulo no escritório.)

FIM.

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