Reencarnei como Clare Beddor.
Dentre tantos personagens fodas pra virar, me transformei logo numa humana meia boca que vai morrer no primeiro livro no lugar da protagonista.
Seja lá que divindade decidiu fazer chacota da minha cara, eu que n...
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Depois de quase quarenta e nove anos, finalmente Tamlin havia decidido fazer alguma coisa que preste. Sinceramente, não entendia como ele foi capaz de ficar tanto tempo sem fazer porra nenhuma enquanto todas as Cortes sofriam nas garras de Amarantha por causa DELE.
Foi a vadia que tinha me mandado checar a "agitação" na Primaveril. Ao menos, eu poderia ver com meus próprios olhos se o babaca realmente arrumou uma solução ou se tava só enrolando para tentar passar informações falsas pra cretina.
Eu atravessei direto pro jardim da sua mansão e de imediato seus criados se agitaram, alguns tentaram disfarçar, mas a maioria simplesmente sumiu e muitos entraram na casa, provavelmente para avisar sobre minha chegada, embora eu sabia que Tamlin me sentiu por perto antes mesmo de me aproximar.
Curiosamente, um aroma que não reconhecia me rodeava, não condizia com esse lugar, um cheiro fraco meio doce, mas olhando ao redor, notei que vinha detrás de mim, da fonte d'água. Jogada no chão, com o rosto encostado na beirada da fonte e os braços dentro água, avistei uma fêmea coberta por um lençol.
Com passos sorrateiros, me acerquei e me inclinei de leve para verificar visualmente se havia batimentos. Seu peito subia e descia, lentamente.
Essa coisinha... é a agitação?
Com o pé, a cutuquei na coxa umas três vezes até que recebi resposta.
─ Lu, eu vou cortar seu dedo fora.
Arqueei a sobrancelha, segurando a vontade de rir.
─ Esse é o novo apelido do Lucien?
Por não esperar ouvir minha voz, a agitação desescorou o corpo do chão e ainda sentada, olhou pra cima assim que reparou onde estava e com quem. O pano a sua volta simplesmente caiu um pouco, me permitindo ver dos seus seios pra cima.
Tamlin havia dado sorte.
─ Finalmente acordou, agitação.
Ela não falou, somente me encarava séria, de cima a baixo. Não havia medo algum vindo dela e seu corpo seguia extremamente relaxado.
Quem é essa? Não podia ser uma mortal comum.
Semicerrei os olhos, a julgando e entrei em sua mente. Sem escudo mental algum.
"E se ele ler minha mente? Ah, eu vou cortar o pinto dele"
Automaticamente olhei pra baixo, pra minha calça.
"Rhysand maldito, se tiver invadindo minha privacidade, vou te fazer virar purê"
