◁━━━━◈ PARTE ✙ TRÊS ◈━━━━▷
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彡★ Capítulo 23: O deserto.
Expliquei o plano que havia elaborado mentalmente aos nobres, aos poucos. Mencionei que seria adequado encontrar a Pedra da Lua para quebrar a maldição de Xariar e, de quebra, se conseguíssemos obtê-la, poderíamos utilizá-la como um catalisador para derrotar o Ifrit.
Os nobres trocavam olhares, incrédulos. Alguns até esboçavam sorrisos céticos, mas percebi que a maioria estava genuinamente interessada, especialmente por causa do mapa que Xaya havia me dado.
Mostrei o mapa perolado, inicialmente vazio. Mal tive tempo para analisá-lo, mas tinha uma vaga ideia de que seria necessário realizar algum tipo de "cerimônia" ou feitiço para revelar o conteúdo. Sempre era assim. O problema era descobrir como.
Graças ao meu encontro com Xaya, os nobres pareciam confiar no meu plano. Afinal, não tinham como deduzir que o mapa poderia ser falso, pois muitos presenciaram a deusa entregando o pergaminho em minhas mãos. O grande desafio seria encontrar a Pedra da Lua às cegas, sem saber onde procurar e, além disso, enfrentar os desafios do deserto, o que seria extremamente perigoso. Certamente, nenhum nobre estaria disposto a arriscar sua vida nessa missão. Contudo, com o mapa revelando a localização, o processo se tornaria mais fácil. A questão era: como desvendar aquele material divino?
Estávamos todos exaustos, ainda usando as roupas do dia anterior. O cheiro de suor e fumaça impregnava os corpos presentes na sala. Precisávamos tomar uma decisão rápida, já que o Ifrit representava uma ameaça iminente. Tínhamos menos de uma semana para agir, pois sabíamos que o castelo não suportaria outro ataque nessas condições. Xariar encarava suas mãos sobre a mesa, a testa vincada em sulcos profundos, parecendo uma estátua, bela e pensativa, enquanto cada nobre sugeria uma ideia diferente. Alguns queriam enviar os poucos guardas não feridos para procurar a pedra; outros sugeriam oferecer uma recompensa a quem se dispusesse a encontrá-la, deixando a missão aberta a voluntários.
Xariar recusou todas essas sugestões de imediato. Enviar os guardas saudáveis seria um tiro no pé caso surgisse uma emergência em que precisássemos deles, deixando-nos desprotegidos no castelo. Permitir que caçadores de recompensa se envolvessem seria arriscado, pois estaríamos revelando a localização exata da Pedra da Lua a qualquer um, seja com boas ou más intenções. E qual garantia teríamos de que, caso alguém encontrasse a pedra, ela seria entregue a nós? Pelo que me contaram, nenhuma fortuna seria capaz de compensar o valor de um artefato divino como aquele, e a pessoa poderia simplesmente desaparecer com a pedra, frustrando nossos planos e prolongando minha permanência aqui.
Rosa tocou minha mão, ansiosa para falar. Eu vi em seu rosto que ela tinha uma boa ideia, então assenti. A fada, disfarçada de criada, se levantou e, com a voz baixa e solene para manter seu disfarce, sugeriu formar um grupo de busca composto por nobres, magos e guardas, que partiria imediatamente em busca da pedra. Os nobres murmuravam entre si, sem muita confiança, mas Xariar levou a mão ao queixo, como se considerasse a proposta.
— Seria a opção mais prática. Poderíamos reunir pessoas com diferentes habilidades e, se nós mesmos formos buscar a pedra, não correremos o risco de sermos enganados por alguém de fora. — Rosa sugeriu, sorrindo. Ela realmente parecia uma nobre, ao se incluir naturalmente no plano, e eu torci para que os outros nobres não a achassem insolente.
De fato, era uma boa ideia. Na verdade, a melhor até o momento, considerando o pouco tempo que tínhamos.
— Mas, para isso, precisamos primeiro desvendar este mapa. — Xariar comentou, soltando um suspiro. Ele estava certo.
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O feiticeiro e o deserto.
FantasyTorthaí é um lugar pertencente ao domínio dos Astris, uma espécie de fada. Jade, uma jovem humana que após ser levada para trabalhar na mansão do um duque de Limethorm, um Astris, por conta de uma dívida, acaba descobrindo um livro que ao abri-lo, f...