Hoje, era pra ser um dia normal daqueles de interclasse escolar, não exatamente normal, por que ser normal é algo longe de mim.
E também, sei que não seria um dia tão normal por eu gostar bastante de futebol e sempre ficar gritando feito louca nos jogos.
Eu e a Carol somos as únicas torcedoras do time da nossa sala, e que assiste todos os jogos, literalmente.
As outras meninas normalmente preferem os "Jogadores".
Ouço meu despertador tocar ás 7:30 da manhã, os jogos ocorrem as sete horas em ponto, mas, não sou obrigada a ser pontual.
Acordei assustada com o som da música do meu despertador por hoje não ser a música da Jessie J, e sim, do Ed Sheeran.
Mas pra falar a verdade, como não relaxar depois de ouvir a voz do Ed.
Estava até animada pra quem acordou cedo, me levantei da cama primeiramente, óbvio, mas tenho que admitir que é um grande sacrifício.
Fui ao banheiro para escovar meus dentes, cheguei frente ao espelho, e é doloroso dizer mas, nunca terei outra reação ao me olhar no espelho de manhã se não, de susto.
Me arrumei, nada de fazer aquela produção toda por que certamente estava indo pra uma quadra não para uma festa, e como sou largada, não iria fazer questão de perder todo meu tempo me arrumando.
Vesti um short preto com taxinhas de cintura alta, e uma blusa até formal com um retrato de uma mulher, meus cabelos não estavam com seus cachos, e não usei muita maquiagem.
Estava esperando a Carol chegar, já que Paloma não curte muito jogos, e quase nunca vai, e quando vai, fica pouco só pra marcar presença pra não levar faltas na caderneta do colégio. Enquanto Carol não chegava fui dá a ultima arrumada á mais no meu cabelo já que ele é feito de cachos e escovados não ficam certamente bem aperfeiçoados.
Na linguagem da Carol, fica horrível, por que ela gosta dos cachos.
Mas, ás vezes é bom ser do contra.
Quando estava á frente do espelho terminando minhas "arrumações", ouvi uma voz chamar meu irmão, e quem joga com o joão, é o David.
E sim, era ele.
- Já estou indo. - Ouvi o João responder do quarto. - Entra aí. - Concluiu.
- Meu deus. - Sussurrei baixo.
É, quem saiba já esteja me sentindo um pouco nervosa, talvez muito.
O David entrou e se sentou no sofá da sala próximo ao espelho onde eu estava me arrumando ao lado dele, mas não me viu por conta da porta que tinha.
- João já deve tá terminando de se arrumar. - Digo sorrindo.
E se tem uma coisa que nunca me esquecerei, será de sua reação de susto ao me ver.
- Cc-certo. - disse ele tímido gaguejando assustado ao mesmo tempo, e com um sorriso no canto de sua boca.
O motivo por ele me balançar tanto, desde sempre, e sempre. Esse sorriso de canto.
Mas voltando a situação, eu falei com o David pessoalmente sem ficar constrangida? É hoje eu deva estar me sentindo muito bem, talvez corajosa.
Melhor parar de pensar e me afastar pra não acabar com o clima, que por sinal está legal, pelo menos pra mim.
Fui para a porta olhar se Carol já estava vindo, e graças á deus, á avistei.
- vamos? - Perguntou Carol se aproximando.
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O diário de uma vida.
PoésieO diário de uma vida conta uma história verídica. Bem, quem sou eu?