Aemond Targaryen sempre fora alheio a presença de sua sobrinha, a casta e perfeita aos olhos de todos que ficavam a sua volta. Visenya Targaryen, filha de um pecado, não passava de uma garota mimada a qual ele jamais olharia.
Até ele a ter, até a d...
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Os passos do príncipe Aemond eram ouvidos por todo corredor, tão altos que até mesmo acordou sua irmã Helaena com a brutalidade que deu até seus aposentos. Lá foi onde sua jarra de vinho colocada lá por uma de suas criadas fora jogada ao chão com uma força desconhecida pelo pobre utensílio.
Aemond pensou em diversas maneiras de interrogar a sobrinha, agora sua noiva. Ele poderia chegar aos seus aposentos como um homem irritado por ter sua propriedade, como gostava de pensar possessivamente nela, com outro homem sem algum acompanhamento em seus ou apenas poderia dizer que não a queria perto dele, simples assim.
As duas opções não eram boas o suficiente na conclusão de sua ira. Queria a todo tempo que andou pelas passagens até o quarto da sobrinha dizer a si mesmo que sua raiva tratava-se apenas de honra, uma questão masculina da situação e não porque se importava com quem a sobrinha andava.
Quando adentrou no quarto de Visenya por uma das passagens secretas teve a visão perfeita dela penteando seus cabelos apenas de roupas de dormir, feitas da maior seda do reino e que combinava perfeitamente com sua pele macia, fresca.
Seu olhar, o único que tinha, foi diretamente nela.
Como o esperado por ela sabia que a presença estranha em seus aposentos seria dele, como dito mais cedo. Não pôde negar que tinha tomado um banho de horas, escolhido suas melhores vestes de dormir e se perfumado como nunca à espera dele.
Aemond parou em frente ao espelho olhando seu reflexo, o encarando pelo mesmo lugar. Ambos paralisados pela presença um do outro.
Ela foi a primeira a falar, com sua natureza ansiosa:
— Espero que tenha vindo com a minha resposta, tio. — sorriu cínica. — Embora não seja bem-vindo em meus aposentos...
Murmurou ela com sarcasmo apenas para ter a reação do tio, se orgulhava de saber que o causava as piores sensações.
Aemond, no entanto, cuspiu as palavras:
— Não sou tão bem recebido quanto seu amante deve ser, não é mesmo? — Ele perguntou retórico, com o tom ríspido.
Suas mãos grandes e firmes tocaram atrás da cadeira onde Visenya estava sentada de frente ao espelho, com uma brutalidade antes desconhecida por ela. Seus arregalaram-se instantaneamente e tudo pareceu ficar preto, cega pelas palavras deferidas.
A única resposta possível seria fingir que não sabia do que ele a acusava.
— Não sei do que está falando. — Mentiu descaradamente olhando para seu reflexo no espelho, ainda sim.
O estrondo das mãos fechadas dele baterem na penteadeira com um soco, chamando - a atenção de imediato.
— Irei perguntar apenas uma vez. — a rispidez de suas palavras combinavam perfeitamente com a expressão de ira que exibia. — E vou aconselhar a não me fazer perder a pouca paciência que me resta com você, Visenya.