027- de volta em casa

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Laura Freitas.

Finalmente vou sair desse hospital, não aguentava mais, só quero minha casa, minha cama, e principalmente, meu filho. Tá que os quatro dias que passei aqui, eu estava desacordada, não sentindo nada, e nem sabendo direito aonde eu estava. Mas no fundo, eu sentia que estava num hospital, sentia que estava adormecida, sentia que estava distante do Arthur. Eu ficava lutando para acordar, enquanto ouvia a voz da Gi, dos meus pais, do Gerson, e dos médicos. E sempre com a maior vontade de ir ver o Arthur, sentir seu abraço, e o encher de beijos.

Acordei perfeitamente bem, a única coisa que incomoda, são as pequenas dores pelo meu corpo. Mas é normal, devido a porrada na hora do acidente.

- aqui seus remédios para as dores no corpo, Laura - o doutor me entregou uma pequena sacola, sorrindo simpático - e se ficar com febre, tem remédios pra isso também

Desde que acordei, senti que esse médico está meio que dando em cima de mim, através dos seus sorrisos e olhares. Ele é até bonito. Alto, forte, loiro, com um sorriso bonito, super simpático e cheiroso. Mas não faz meu tipo. Meu tipo? O homem que decidi dar uma segunda chance ontem, a última chance de darmos certo.

- obrigada, doutor - devolvi o sorriso

Gerson estava de cara fechada nos encarando, e desde ontem percebi seu olhar pro médico. Já sei que também percebeu ele tentando dar em cima de mim discretamente, e da pra perceber de longe o ciúme que o camisa oito está sentindo. Ele deve estar se segurando pra não bater nesse doutor, porque conheço a peça.

- qualquer coisa, se sentir algo a mais, só me ligar - me entregou um pequeno papel dobrado - estarei a disposição pro que precisar - o camisa oito franziu o cenho, fechando o punho. Tive que segurar a risada com a cena

Tive que assinar alguns papéis, e aí finalmente saímos daquele hospital, indo até o carro do meia, que estava no estacionamento do local.

- deixa eu ver o papel que aquele arrombado te deu - Gerson me encarou, com o automóvel ainda desligado

- por que? - me fiz de desentendida

Gosto de deixar ele com ciúmes. Fica ainda mais gostoso quando está sério.

- deixa eu ver, Laura - insistiu, estendendo a mão na minha direção

Tirei o pequeno papel do bolso da minha calça, e botei na palma da sua mão. Ele abriu o papel, e viu que era o numero do doutor anotado, imediatamente rasgou, e jogou os pedaços pela janela, me fazendo rir.

- isso tudo é ciúmes?

- não estou com ciúmes - ligou o carro

- não mesmo!? - cruzei os braços, sorrindo de canto - não foi isso que essa sua atitude disse

- estou apenas marcando território

- marcando território!? Eu não sou sua ainda

- ainda!? - me olhou rapidamente, sorrindo convencido - ouvir isso vindo de você, já é um ótimo avanço. Quer dizer que AINDA vai ser minha

- só se você merecer - pisquei um dos olhos

Eu já sou dele a muito tempo, eu só não queria admitir isso pra ele, e nem pra mim mesma.

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