In Our Pocket of the Universe | jeongcheol

VIII

＊° ☆ °＊

— Hyung, você pode vir nos procurar agora? Subin noona nos achou muito rápido!

As pequenas mãos puxando suas mangas teriam recebido toda a sua atenção em qualquer outro dia, em qualquer outro momento. No entanto, a cena que se desenrolava a poucos metros de distância era muito emocionante para parar de olhar.

Jisoo estava bravo. Incrivelmente. A última vez que Jeonghan o viu tão furioso foi quando o pai de Jeonghan reagiu desfavoravelmente ao relacionamento do filho com um homem. O fotógrafo estava preparado para a frieza de seu pai, mas Jisoo não aguentou e disse coisas que Jeonghan nunca ouviu saírem dele antes ou desde o incidente.

As coisas estavam melhores entre Jisoo e seu tio agora, principalmente porque ele finalmente decidiu agir indiferente ao assunto e, eventualmente, começou a tratar o filho normalmente de novo. Até que Jeonghan abandonou a faculdade, o que parecia ser o maior pecado aos olhos de seu pai, curiosamente.

Ver Jisoo enfrentar Seungcheol quando o último saiu do carro trouxe de volta todas essas memórias, dessa vez acompanhadas pelo medo de que ele estivesse prestes a fazer algo precipitado que só prejudicaria a si mesmo.

— Jeonghan-ah, as crianças querem que você brinque com elas. Dá para não ficar aí parado igual uma estátua?

Jeonghan ouviu a voz de sua tia repreende-lo. Ele se virou na direção dela, percebendo que ela estava carregando uma cesta cheia com algumas coisas para fora do corredor antes que seus olhos caíssem no tenso impasse dos três à distância.

— Por que eles estão parados ali quando se tem tanta coisa para fazer lá dentro? — ela resmungou, deixando a porta aberta para poder pegar outra cesta. Jeonghan entrou em ação, afastando-se rapidamente das mãos agarrando-o para acalmar a situação.

— Eu só ia conversar com ele. Juro que não foi nada-

— Sério? Então, sobre o que vocês conversaram, hein? — Jisoo interrompeu Bora, dando mais um passo até Seungcheol, quase ficando cara a cara com ele. O mais velho permaneceu inabalável, não respondendo à pergunta de Jisoo, mas também não desistindo.

— Jisoo-yah, sua mãe está assistindo. Talvez devêssemos resolver isso em outro lugar... — Jeonghan disse, tentando entrar no meio dos dois, sendo empurrado para trás pelo primo.

— Ei, cuidado! — Seungcheol murmurou, esticando a mão para equilibrar o fotógrafo antes de voltar sua atenção para Jisoo. — Olha, eu não vim aqui para causar problemas, ok? Eu só queria trazê-la aqui e depois ir embora.

— Para de fingir que se importa com alguém além de si mesmo! Você vem manipulando meu primo enquanto tenta se vingar de nós dois.

— Jisoo-yah, eu o chamei. Eu queria conversar com ele sobre como as coisas terminaram — Bora interviu.

— O que resta para falar? Você tem alguma dúvida em relação a isso?

— Jisoo-yah, Jeonghan-ah, o que está acontecendo?

Tia Minji se aproximou deles, com a feição preocupada. Ela provavelmente tinha visto a pequena briga há poucos segundos atrás, e foi exatamente por isso que Jeonghan sugeriu que isso fosse resolvido em outro lugar.

— Você pode, por favor, parar com isso e vir comigo? Eu vou te contar tudo... — Bora implorou, pegando a mão do noivo para puxa-lo junto. Mas Jisoo não se moveu, não cedendo ao olhar.

— Vamos resolver isso aqui mesmo. Você não pode continuar vindo atrás dela assim. Não fizemos nada de errado. Ela não era mais sua quando nos reencontramos de novo. Mas ela é minha agora e eu vou lutar por ela quantas vezes for necessário.