Capitulo Dezenove (Kaio)

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Assim que sai da faculdade naquele dia eu fiquei preocupado com a Clara, era pra mim ter levado ela em casa.. pensei, acabei voltando para ir atrás dela.

Assim que voltei ela tinha ido, recebi uma mensagem no whatsapp da Fernanda e quando olhei meu coração se travo, era uma foto da Clara abraçada pelo Pedro no Shopping, sai correndo para o carro indo em direção ao shopping, eu apertava o volante de uma forma que meus dedos ficavam brancos, estou altamente nervoso.

Desci correndo do carro e vi a chuva cair, cheguei e só encontrei a Leh, ela estava um pouco nervosa ao me ver se aproximar.

- Cadê a Clara?- pergunto serio.

- Oi pra você também.- ela da um sorriso fraco.

- Cadê ela? - meus punhos estão fechados, estou tentando me manter controlado.

- Ela já esta em casa, OK?- ela coloca uma das mãos na cintura e só agora percebo que a barriga dela esta maior.

- Ela foi com quem?- ela me olha e faz uma careta.

- De táxi.- da um baita de um trovão e a Letícia se assusta.- meu deus!

- Porque você esta sozinha?- me tranquilizo.

- Estou esperando o idiota do meu namorado.- ela se abraça e percebo que esta com frio.

- Quer uma carona?- vejo ela fazer mais uma careta.

- Pra mim não iria oferecer.- dou um breve sorriso.

Caminhamos até o carro e a chuva batia forte em nos.

Abro a porta e Letícia passa para dentro, em seguida eu também estou bem acomodado no acento.

- Como soube que ela estava aqui? - ela me olha de relance.

- Eu sei de tudo que acontece com ela..- o trânsito ate que não está nada mal.- para sua casa ou para o apartamento do Junior?

- Minha casa, por favor.- percebo que ela esta um tanto irritada com o Junior.

Logo chegamos e ela já foi descendo.

- Obrigado!- grito em direção a ela. Vejo que ela tem um sorriso brincalhão no rosto.

- Não fez mas que sua obrigação, eu quase tive que pedir.- dou um gargalhada.

Espero ate que ela entre em casa, penso um instante em ir na casa da Clara mas já esta um pouco tarde, quando acorda irei lá.

Já amanheceu e eu estava morrendo de preguiça de ir na casa da Clara, isso até a Fernanda me manda uma foto do carro do Pedro parado em frente ao prédio dela.

Eu nunca me arrumei tão rápido, aquele idiota fica cercando ela e ela ingênua pensa que é por amizade.

Passo tão rápido pela minha mãe que nem escuto ela falar.

Em poucos minutos me encontro parado de frente ao Prédio dela e tocando o interfone.

- Oi.- ouço um bocejo, ela acabou de acorda? Então.. Ele dormiu aí?

- OQUE O PEDRO FAZ AI? Estou subindo.- literalmente grito.

Se eu soubesse no que aquilo iria me causar, nossa..

Eu desisti dela.

As vezes perdemos o controle e fazemos ou falamos coisas que não queremos, foi isso que aconteceu, eu falei, mas não porque não queria, mas sim porque eu necessitava falar.

Ver ela naquele estado na minha frente me quebrava por dentro, mas nem por isso eu parei, quando eu dei as costas a ela, eu estava dando as costas a única alegria que eu estava tendo naquele momento, meu pai estava querendo deixar minha mãe sem nada, os cabelos dela estavam caindo e toda noite que eu chegava em casa a via chorar, aquilo me matava. Quando Nina foi na faculdade falar comigo, ela me disse que tiveram que tirar os cabelos da minha mãe e ela estava profundamente triste, mas não chorando, somente tristemente calada. E mesmo assim eu deixei para ver minha mãe depois para ir atrás dela, da Clara.

O Reencontro Com o Amigo do Meu Irmão (2° Livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora