Reencarnei como Clare Beddor.
Dentre tantos personagens fodas pra virar, me transformei logo numa humana meia boca que vai morrer no primeiro livro no lugar da protagonista.
Seja lá que divindade decidiu fazer chacota da minha cara, eu que n...
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Rhysand fez questão de sumir lentamente ao ser consumido por suas sombras enquanto que Andras fungou e se aproximou de mim, me ajudando a levantar. Ele tirou o próprio sobretudo bege-escuro, o pondo sobre meus ombros como se soubesse que estou com frio.
Andras aspirou, fechando os olhos por um momento.
─ Você está fedendo. Não tomou banho até agora?
─ Vai comigo? ─ sorri de orelha a orelha, mas fiz bico ao ouvir seu "não".
Alguém se acercou de nós e pela voz nem precisei me virar pra saber o dono.
─ Gostou do passeio?
Andras me segurou pelos ombros, me girando pra encarar Lucien - me fazendo sentir que sou uma marionete -, ao dizer:
─ Não é momento para gracinhas, Lucien.
O ruivo nem deu bola, nos acompanhando para dentro da mansão; eu sendo "empurrada" pelo branquelo.
─ O que aconteceu lá?
Olhei de relance para a raposa safada, abri a boca pra responder, mas Andras pigarreou:
─ Depois coletamos as informações, antes ela tem que tomar banho.
Fiz careta, revirando os olhos.
─ Não é possível que tô tão fedida assim!
─ Mas está.
A gargalhada de Lucien invadiu o hall, alguns funcionários até espiaram por canto de olho ao passar de porta em porta.
─ Sempre tão metódico, em Andras?
Antes de sequer subirmos as escadas, risadas soaram vindo de uma das portas do salão de entrada. Franzi o cenho, encarando os dois caras.
— Eles estão fazendo bolo — Lucien explicou, desinteressado em falar sobre Tamlin e Nihil —, ou destruindo a cozinha.
— Ah... — permiti que continuasse sendo guiada até o quarto, o de Andras especificamente.
Andras me deixou dentro do banheiro, me dando um empurrãozinho pra poder fechar a porta. Pelos passos vindo do outro lado e barulho da cama rangendo, deduzi que ambos sentaram ou deitaram nela.
Fui até a banheira, ligando a torneira e voltei a porta, grudando o ouvido na madeira. Lucien foi quem falou primeiro:
— Não acha estranho que ele a tenha devolvido? Tipo, do nada.
— É riscado, de fato, mas o quer que eu faça?
— Sei lá, mas ela pode tá encantada para passar nossas informações.
— Uma bruxa deve saber como defender a própria mente de um daemati.
Tecnicamente, estou protegida agora, mas não porque sou uma bruxa...