Day four

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Louis havia ido para o trabalho e eu estava sentado no sofá de sua casa, folheando o pequeno diário em minhas mãos.

Ali havia relatos de todas as minhas trinta e nove vítimas, agora quarenta. Havia relatos dos dias com o pedófilo até os primeiros dias com Louis.

Folheei-o, parando no relato de uma mulher um pouco antes de Taylor, seu nome era Kallie. Morena, olhos verdes como uma floresta e bastante alta. Um corpo bonito, o rosto ainda mais.

Mas aos poucos eu fui notando que mulheres já não me atraíam, não me atraíam como os homens. Eu não precisava ter cuidado quando estava fodendo um homem, era totalmente normal, eles gemiam meu nome e não parecia como se fossem quebrar a qualquer momento. Seus gemidos não eram como os de uma cadela no cio.

Passei as páginas rapidamente, parando no dia trinta, o dia de sua morte. A morte da querida Kallie. Sorri com a forma em que a matei, pois ela realmente estava completamente apaixonada por mim, falando que me amava todo dia e dizendo que entendia os meus motivos para não corresponder.

Não, ela não entendia.

Flashback ON

Kallie estava dormindo ao meu lado, após nosso almoço, estávamos no dia trinta. Os ponteiros de meu relógio marcavam 15 horas e eu percebi que tinha um pequeno espaço de tempo para me divertir, já que as outras vítimas eu havia matado tão rápido com armas ou facas.

Calmamente, levantei-me da cama e fui em direção às minhas roupas em seu guarda-roupa, cuidadosamente pegando a arma, a faca, o martelo, o ácido e as correntes que ali havia.

Amarrei - com cuidado - as correntes em cada membro da mulher ainda dormindo, duas em seus braços e duas em suas pernas. Ativei cada arma mortífera ali e sentei-me na poltrona confortável do quarto, esperando Kallie acordar para ser morta.

Soltei uma risada abafada pela minha mão, ela acordaria, eu diria minhas regras para o nosso joguinho e os aparelhos iriam ser ligados.

Quando, enfim, ela acordou tentando se espreguiçar eu sorri. Suas mãos e pernas estavam amarradas e ela não podia fazer nada contra isso, mesmo se tentasse.

- Bom dia amor. - Proferi com minha voz mais irônica, ainda sentado na poltrona.

- H-Harry?

Soltei um sorriso cínico e andei em sua direção, vendo sua expressão assustada e rindo disso. Peguei meu celular do meu bolso e registrei o momento com uma foto, logo o guardando novamente.

- Nós vamos brincar. - Ela deu um sorriso malicioso e eu gargalhei. - É um jogo raro, insano e muito divertido.

- Sadomasoquismo? - Sua voz fina pronunciou.

- Quase.

Ela olhou em meus olhos - realmente perto dos seus - e soltou um gemido, contorcendo seu corpo e fechando os olhos.

Respirei fundo. Por que toda mulher tinha que ser tão atirada?

- As regras são as seguintes... - Seus olhos abriram-se, brilhando. - Se você mexer algum de seus membros, você morre.

- De prazer? - Soltei uma gargalhada.

- Para mim será um prazer imenso.

circus » larryOnde histórias criam vida. Descubra agora