My friends (fanfic com a banda fly)

Uma amiga

Versão Júlia

  Depois de uma tarde cheia de ensaios tomei um bom banho e me joguei na cama macia do hotel. Amanhã seria o meu ultimo show no Rio de Janeiro e então iria voltar para São Paulo. Peguei o meu celular pela primeira vez no dia e assim que o liguei vi milhares de notificações, dei uma lida no máximo que consegui e não sei como, ou onde, eu apertei que abriu em um site de fofocas. Não sei porque, mas esperei a página abrir totalmente e vi o nome do Paulo no meio do post principal.

O cantor Paulo Castagnoli da Banda Fly é flagrado beijando uma loira misteriosa.

  Eu sabia que não deveria clicar naquelas letras azuis, mas como eu sou do tipo teimosa, cliquei. Varias fotos do Paulo com a Lena estavam no link incluindo uma em que os dois aparecem claramente de beijando. Alguém bateu na porta, mas eu fiquei paralisada na frente do meu celular, o som se intensificou até o Heitor entrar com uma cara de panico:

_Você está bem? _ Eu balancei a cabeça para os lados. _ O que ouve? _ Ele se aproximou.

  O Heitor tirou o meu celular das minhas mãos, eu teria gritado se meu corpo não estivesse totalmente paralisado enquanto meu coração caia no chão e se quebrava em milhares de pedacinhos insignificantes.

_Eu sabia que ele faria isso! Sabia que ele ia te magoar! _ O Heitor gritou. _ Pelo amor de Deus fale alguma coisa! _ Mas eu não me mexi.

_Eu vou dar uma volta. _ Falei depois de um longo período de silencio.

_Ok. Ligue-me se precisar.

  O Heitor estava certamente mais irritado com o Paulo do que eu. Na verdade eu não sei ao certo o que estou sentindo pelo Paulo agora, não é raiva, mas com certeza doí. Quando saí do hotel dei de cara com um monte de pessoas que queriam tirar uma foto comigo. É nessas horas em que se tem que entrar no papel de artista e deixar os problemas pessoais de lado. Limpei as minhas lágrimas e abri o mais sincero sorriso, por aquela pessoas, elas mereciam no mínimo um sorriso de verdade e quando comecei a entrar mais na multidão fui preenchida pela alegria deles.

  Quando tudo acabou peguei um táxi até onde aconteceria o meu próximo show. Cheguei la'e me deparei com um monte de gente trabalhando em funções especificas. Como se tudo fosse uma maquina e cada um uma peça que a faria funcionar direito. Uma garota ruiva se aproximou de mim sorrindo largamente:

_Oi, sou a Alina e você é a Júlia, certo? _ Ela me cumprimentou.

_Sou sim. Prazer. _ Dei um abraço nela e percebi que ela carregava uma câmera fotográfica consigo. _ É fotografa?

_Sua fotografa. Estava tirando algumas fotos do pessoal arrumando tudo. _ Eu não sabia que tinha ma fotografá. _ Precisava de um estagio para concluir a faculdade. _ Ela me explicou.

_Está gostando?

_Muito e fico feliz em ti conhecer.

_Eu também.

_Já conhece todos da sua produção? _ Ela me pergunta.

_Achei que sim. _ Respondo lembrando que não conhecia e nem ao menos sabia que tinha uma fotografá.

_Você não devia me conhecer porque fui contratada ontem. _ Ela riu e eu a acompanhei.

_Gostei de você Aline.

_Me chame de Ali e você é bem mais legal do que eu pensei. _ Nós rimos novamente, mas eu parei quando lembrei que foi exatamente isso que eu disse ao Paulo quando fiquei na casa dele pela primeira vez. A dor voltou. _ Você está bem?

_Eu não sei.

_Quer conversar? Não sou do tipo fofoqueira.

_Acho que vou me sentir melhor falando com uma garota do que com o meu empresario.

_Pode falar.

  Não sei porque, mas a Ali me transmitia segurança e nisso ela me lembrava muito o Nathan e ela também me fazia rir isso me lembrava o Caíque e lembrar desses ois me trouxe de volta ao Paulo e o Paulo me lembra ele beijando a Lena. E lá vamos nós com mais lágrimas.

_Posso te contar desde o começo? O começo de tudo mesmo? _ Perguntei limpando as lágrimas.

_Claro que pode. _ A Ali me encorajou.

_Tudo começou quando eu tive uma discussão com meus pais. Foi depois disso que eu resolvi arranjar um emprego pra mostrar para eles que eu poderia me virar sozinha. Que eu era uma adulta! Procurei por emprego na internet e eu vi um anuncio dizendo que uma banda nova procurava por uma figurinista. Me inscrevi no site para participar da seleção e por mais que ninguém, nem mesmo eu, acreditasse fui contratada.